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A Maquiavel: A Essência do pragmatismo político

Por:   •  24/12/2018  •  1.397 Palavras (6 Páginas)  •  357 Visualizações

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A POLÍTICA ALÉM DAS NORMAS ÉTICAS E MORAIS

(resumo da sexta lição)

Maquiavel, como um dos grandes legados que a Renascença trouxe à humanidade, decreta o fim da ótica normativa que regia a política sob o olhar ético e moralista, a partir do nosso chanceler, a prática política se sobrepõe as abordagens idealistas pregadas por filosofos, como Platão, que prescreviam a administração do aparelho estatal com intervenções utópicas, ao tratar a condução da polis norteado pelo normativismo moral.

Com a fundação do Cristianismo e aparelhamento ao Estado, os princípios da moralidade na administração estatal, permanecem, desta feita, as diretrizes da doutrina Cristã coordenada pelos doutores da Igreja, norteiam o governo. Deste modo, o bom governante, deve primar a moralidade, justiça, e a magnanimidade em suas ações, mesmo que seja prejucial aos interesses estatais, como a liberdade e soberania.

O Diplomata Florentino, rompe com esta realidade, quando traz a visão que o cosmos político deve ser dirigido com autonomia, o analisa como um campo sujeito as suas próprias leis e lógica, um universo que não deve sofrer a intervenção da moral, ética e do Direito. Assim, o bom político segundo o ensino maquiaveliano, terá sucesso por possuir a habilidade de reconhecer os procedimentos próprios do espaço político, não por portar um comportamento ético, moral e implacável.

Portanto, pode ser dizer que sob a ótica do Segundo Chanceler, a política e a moral são compreeendidas como dois campos distintos que, estão resignados a juízos divergentes. No universo político o que irá valer é o resultado, já no campo moral, não será compreendida a ética do resultado, pois, para que uma prática seja julgada como boa, deve ser executada sem nenhum interesse secundário.

O ESPÍRITO PRAGMÁTICO E REPUBLICANO

(resumo da decima lição)

As glórias passadas que a Antiga Roma testemunhou, não mais existem nos escritos maquiavelianos. A Península Itálica, diferentemente da realidade vivida por grandes Estados centrais como a Espanha e França, seguia fragmentada em Estados insignificantes quando comparados a estas monarquias nacionais. Dentro da península, não havia um regime político que unificasse estes Estados que compunham aquela região.

Diante desta realidade caótica de divisão, Maquiavel escreve “O Príncipe”, esta obra que, de forma equivocada é entendida como sendo um manual de tiranos, pois, através dele, o Segundo Chanceler, começa a traçar o caminho a ser seguido pelo Príncipe que se encarregará de unificar a península em um só reino. Diferente desta visão equivocada, quando o Secretário da Segunda Chancelaria escreve os “Discursos da Primeira Década de Tito Lívio”, exalta o governo republicano e o viver lívre deste sistema. Desbravando este caminho de unificação, o Príncipe será regido pela ética do resultado, os mais perversos meios que forem utilizados para alcançar os objetivos, justificados serão pelo resultado final.

O Espírito pragmático e republicano nos escritos de Maquiavel, se expressam quando o ilustre secretário defende que as cidades que vivem sob um regime de liberdade sejam destruídas, tendo em vista que, a população daquela localidade, estaria acostumada com o seu regime vigente, e se porventura fossem subjulgadas, os interesses do seu novo líder, sofreriam inúmeras dificuldades, haja vista que, um povo livre, não se subordina a um regime autoritário e opressor. Por meio destas afirmações, o Diplomata Florentino, exalta as liberdades republicanas, e defende que, o Príncipe responsável pelo agrupamento italiano, tomaria essas medidas, a fim de alcançar novamente a glória da antiga República Romana, sendo o objetivo final deste caminho.

O amor patriótico do nosso Secretário é tão imenso, que o mesmo defende uma ditadura transitória que seria responsável por reagrupar os Estados Italianos em um só regime político, somado a isso, a lição de pragmatismo que Maquiavel transmite através de seus escritos, mostra que, não se trata do poder pelo poder e sim de medidas que são tomadas para salvaguardar os interesses do Estado e promover o bem comum à sua população.

A ditadura de transição pregada pelo Segundo Chanceler, nada mais é que, um mecanismo já utilizado pela antiga República Romana, onde se instaurava uma ditadura que, durava um determinado período de tempo, e possuia a finalidade de defender a manutenção da ordem estatal, mesmo que para isso, medidas de supressão de direitos e liberdade fossem impostas.

Maquiavel quando escreve “O Príncipe”, se adequa a conjuntura vivida pela Itália, onde é requerido o uso da força a fim de se implantar uma ordem estatal moderna e segura. Já os “Discursos”, nos levam a entender o pensamento intransigente de Nicolau, em defender a liberdade vivenciada numa república organizada, sendo assim, a segunda obra retrata, um momento de estabilidade,

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