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Tecnologia de Última Geração e Elevado Custo

Por:   •  17/11/2018  •  4.939 Palavras (20 Páginas)  •  259 Visualizações

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Este trabalho procura analisar o se valor concedido à tecnologia nas organizações, é, de fato, mais importante do que a valorização do ser humano, no processo produtivo e decisório.

1.1 OBJETIVOS

O presente trabalho tem por objetivo geral analisar a valorização excessiva da tecnologia, que vem sendo concedida, em detrimento à valorização da informação e do conhecimento nas organizações, tendo o ser humano como centro, na concepção da informação e do conhecimento. O trabalho tem como objetivos específicos:

- analisar até que ponto o valor concedido à tecnologia nas organizações é mais importante do que a valorização da informação e do conhecimento;

- analisar a importância do ser humano na geração da informação e o conhecimento para as organizações.

2 SER HUMANO E TECNOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES

O presente trabalho fundamenta-se a literatura existente sobre de sistemas de informação, e, considera, além da tecnologia, a importância do ser humano nas organizações.

Em plena era do conhecimento, somos constantemente bombardeados por todos os tipos de informação, vindas de todos os lugares do planeta. Dentro destas, a informática é a que exerce maior atração nas pessoas, dentro e fora das organizações. No presente trabalho, os autores se deterão apenas no ambiente organizacional.

As organizações são como sistemas abertos, portanto, sofrem as pressões do ambiente externo. (Bio, 1985). Cada vez mais, turbulento e competitivo, este ambiente gera a necessidade de grande habilidade das organizações, na adaptação ao processo de mudanças continuas para conseguirem sobreviver.

Dentro desse contexto, as empresas primam pela aquisição de equipamentos e programas de informática de última geração e elevado custo, atribuindo uma importância muito maior à tecnologia do que à informação. Porém, essa tecnologia, por melhor, mais atual e mais cara que seja não servirá de nada se seus usuários não souberem como utilizá-la de forma adequada, na transmissão e compartilhamento da informação e do conhecimento nas organizações.

Informação e conhecimento, como fator intrínseco ao individuo, não devem, de forma alguma, serem considerados secundários, em relação à tecnologia, muitas vezes, considerada erroneamente, fator preponderante para o sucesso das organizações. É através, do conhecimento que se dá a interação entre o individuo com a organização (NONAKA e TAKEUCHI, 1997).

Corroborando o pensamento de Nonaka e Takeuchi, Davenport (1998), afirma que por muito tempo, as pessoas se referiam a dados com informação, porém, agora, são obrigadas a buscar o conhecimento para falar sobre a informação.

2.1 DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

Ainda hoje, a definição a respeito de dados, informação e conhecimento, continua muito vaga, pois, freqüentemente, as pessoas e as organizações acabam confundindo seus significados. Davenport (1998), afirma que “Informação é o termo que envolve todos os três, além de servir como conexão entre os dados brutos e o conhecimento que se pode eventualmente obter”.

Entende-se por informação, os dados já devidamente moldados de forma significativa para as pessoas. Dados são sucessões de fatos brutos que representam eventos que acontecem nas organizações ou no ambiente físico antes de serem tratados de maneira compreensível para todos. (LAUDON & LAUDON, 1999).

A informação passa a ser a origem do conhecimento, quando a ela são agregados outros elementos. (Beal, 2004). Esta afirmação reforça a subjetividade do conhecimento, que é inerente ao ser humano e não à máquina. Assim, os dados se transformam em informação quando são trabalhados pelas pessoas, independentemente da tecnologia.

Peter Drucker, apud Davenport (1998, p. 19), definiu Informação como “dados dotados de relevância e propósito”.

Deste modo, percebe-se que informação é algo bem mais depurado do que os dados, porque é analisada e qualificada; enquanto que, conhecimento é a informação que teve seu valor agregado, a partir de uma interpretação. Tendo recebido tratamento, a informação não pode ficar à mercê apenas da tecnologia, pois, neste momento, já transformou-se em algo subjetivo, servindo de apoio ao processo decisório da organização.

A informação é um ativo de fundamental importância para as organizações, assumindo uma importância ainda maior por não ter seu valor depreciável e ainda podendo ser reutilizada continuamente, sem sofrer desgaste.

Não é tão fácil definir conhecimento, pois este é altamente subjetivo e intuitivo. Davenport e Prusak (1998), reconhecem isto ao afirmar que não pretendem dar uma definição final do que seja conhecimento, definindo-o como uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é aplicado nas mentes dos conhecedores.

Dentro da abordagem ecológica da informação, Davenport (1998), considera conhecimento como a informação mais valiosa e, conseqüentemente, mais difícil de gerenciar. Para este autor, o valor do conhecimento se dá no momento em que alguém avalia e dá significado pessoal. Na tabela nº 1, seguem as comparações entre os três termos, segundo Davenport (1998):

Tabela 1 - Dados, Informação e Conhecimento, dentro da abordagem ecológica da informação

Dados

Simples observações sobre o estado do mundo

- Facilmente estruturado

- Facilmente obtido por máquinas

- Freqüentemente quantificado

- Facilmente transferível

Informação

Dados dotados de relevância e propósito

- Requer unidade de análise

- Exige consenso em relação ao significado

- Exige necessariamente a mediação humana

Conhecimento

Informação mais valiosa da mente

Inclui

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