TRABALHO DE MOEDAS E INSTITUIÇOES FINANCEIRAS
Por: Evandro.2016 • 29/3/2018 • 4.063 Palavras (17 Páginas) • 463 Visualizações
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Os cincos elementos do sistema financeiro
O sistema financeiro É composto por 5 elementos principais que desempenham um papel fundamental nas nossas economias: a moeda, os instrumentos financeiros, os mercados financeiros, as instituições financeiras e as autoridades de supervisão (bancos centrais e outros reguladores). (Abreu, Afonso, Escária, & Ferreira, 2007,2012)
Identificar cada um destes elementos e respetivos papéis é fundamental para perceber o funcionamento do sistema financeiro e as funções que desempenham nas nossas economias:
- A moeda é fundamental como meio de pagamento e de reserva de valor;
- Os instrumentos financeiros servem para canalizar recursos dos agentes que têm recursos disponíveis (com poupança) para aqueles que necessitam de recursos para investir. Também servem para transferir o risco para os agentes com melhores capacidades para o gerir. Obrigações, ações e apólices seguros são exemplo de instrumentos financeiros;
- Os mercados financeiros permitem a compra e venda dos instrumentos financeiros de forma rápida e com baixo custo, o que os torna interessantes para os agentes económicos;
- As instituições financeiras oferecem um leque variado de serviços, incluindo acesso aos mercados e disponibilização de informações sobre a qualidade dos devedores. Os bancos, seguradoras, e sociedades financeiras são exemplo de instituições financeiras;
- As autoridades de supervisão, em particular os bancos centrais, têm um papel determinante na monitorização e estabilização do sistema.
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Fluxos de financiamento na economia
Os mercados financeiros e os intermediários financeiros têm como missão angariar fundos junto dos agentes económicos que possuem um excedente de fundos (aqueles cuja as despesas é inferior as receitas) e canalizá-los para aqueles que necessitam de financiamento exterior (aqueles que desejam efetuar maior despesa do que o rendimento de que dispõem). (Abreu, Afonso, Escária, & Ferreira, 2007,2012)
Um bom funcionamento dos mercados financeiros e intermediários financeiros eficientes É absolutamente vital para garantir o bem-estar e a eficiência na afetação dos recursos da economia.
Os agentes que observam um excedente de fundos são os mutuantes ou aforadores primários (lender-savers) e são a origem de todos fluxos de financiamento. São normalmente as famílias mas poderão ser o Estado (se as contas publicas forem excedentárias), as empresas ou os agentes não residentes (o resto do mundo).
Os agentes que observam um défice de fundos são os mutuários ou devedores primários (borrower-spenders) e são os destinatários últimos dos diferentes fluxos de financiamento. São normalmente as empresas, mas o Estado (se as contas públicas forem deficitárias), as famílias ou o resto do mundo podem igualmente assumir este papel. Os fundos deslocam-se dos aforradores primários por duas vias: financiamento direto (direct finance) e financiamento indireto (indirect finance).
Através do financiamento direto, os devedores primários endividam-se diretamente junto dos aforradores primários nos mercados financeiros, vendendo-lhes títulos (ativos financeiros). Esses títulos constituindo direitos de saque sobre rendimentos futuro dos endividados primários ou sobre seu ativo, representam um ativo para aqueles que os compram e uma responsabilidade (uma dívida) para os indivíduos ou empresas que os vendem. (Abreu, Afonso, Escária, & Ferreira, 2007,2012)
Porque nem sempre é fácil fazer coincidir os desejos dos aforradores primários com as preferências dos vendedores primários, o fluxo de fundos pode ser mediado por uma terceira categoria de agentes: os intermediários financeiros, a essa via de financiamento chamamos financiamento indireto. (Abreu, Afonso, Escária, & Ferreira, 2007,2012)
Financiamento indireto [pic 1][pic 2]
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Financiamento direto
A função dos intermediários financeiros é a de canalizar os fundos dos agentes com capacidade de financiamento (tradicionalmente as famílias) para os agentes com necessidade de financiamento (tradicionalmente as empresas), em função dos desejos de uns e outros. Para o fazer, ele compram títulos de divida primária (emitidos pelas empresas) e vendem títulos de dívidas secundárias (por eles próprios emitidos) aos agentes com capacidade de financiamento (aas famílias). Os títulos que os intermediários financeiros compram aparecem no ativo do seu balanço e os títulos que vendem constituem responsabilidade e por isso figuram no seu passivo.
Os intermediários financeiros são os agentes «transformadores» encarregues de adaptar um montante global de dívida primária emitida pelos agentes com necessidade de financiamento às preferências dos agentes com capacidade de financiamento. Chamamos endividamento ou financiamento primário ao endividamento ou financiamento dos agentes não financeiros, sendo o endividamento ou financiamento secundário aquele que é contraído ou concedido pelos agentes financeiros. (Abreu, Afonso, Escária, & Ferreira, 2007,2012)
O processo de poupança e investimento
… Keynes (1936) formalizou teoricamente o processo poupança – investimento. Define-se renda como quaisquer recursos obtidos por um indivíduo. Assim, salários, juros, alugueis e lucros constituem renda. Poupança refere-se à renúncia ao consumo imediato de bens e serviços, o que disponibiliza parte da renda para o investimento. O investimento é definido como a aplicação de recursos visando, direta ou indiretamente, a produção de bens e serviços, possibilitando maior consumo, ou maior renda no futuro. A totalidade da renda de um individuo somente pode se destinar ao consumo ou à poupança. E o investimento somente pode ser feito se houver poupança. À medida que aumenta a renda individual e, portanto, são satisfeitas as necessidades básicas do consumidor, aumenta a sua capacidade de poupança e sua propensão ao
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