Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

RESENHA - POLANYI

Por:   •  5/6/2018  •  1.677 Palavras (7 Páginas)  •  237 Visualizações

Página 1 de 7

...

A economia neoclássica estabeleceu-se sobre a premissa de Carl Menger, em que a economia cuidava da alocação dos meios insuficientes para prover o sustento do homem, demonstrando que a ação racional ocupava um local elevado entre as realizações humanas. Mais tarde o autor introduziu o estudo sobre as sociedades primitivas, revelando que o ser humano poderia produzir entre outras tantas variáveis além do objetivo da lucratividade. Menger definiu duas vertentes: A economizadora, proveniente da insuficiência de meios e a a orientação “tecnoeconômica”, sobre a necessidade de meios de produção independente da suficiência ou suficiência dos meios. Graças a ele, o novo significado de economizador foi instaurado e o mais antigo, em que a necessidade material não estava ligada a escassez, foi esquecido.

A economia tem por objetivo atos de escolha ou insuficiência dos meios, quando acabam antes de chegar ao fim, ou quando é inconveniente ou fisicamente impossível, mas não deve-se considerar apenas a insuficiência, é preciso ver quais os fatores além desses fez com que ocorresse essa escassez. A obtenção do uso racional dos meios insuficientes pode ser usado para outras áreas além da economia, por exemplo, é um advogado ao reunir provas para defender algum réu, segundo Polanyi.

Ao aceitar apenas que a escassez é o único que representa o termo econômico, as ciências sociais são impedidas de adentrar na economia. Sendo necessário voltar ao significado substantivo. A economia, é um processo instituído de interações cujo objetivo é satisfazer as necessidades materiais, base em todas as sociedades, base do conceito de economia humana como um processo de interação cuja função é suprir a sociedade com recurso materiais para suas necessidades ilimitadas. Esta interação é o resultado material em termo de sobrevivência. O homem ao realizar o trabalho e a produção, alcança o avanço ordenado de todos os meios materiais para a etapa de consumo dos meios de subsistência, juntos completam o processo de economia cuja função é suprir os recursos materiais dos quais a sociedade necessita.

“A integração está presente no processo econômico na medida em que há uma institucionalição dos movimentos de bens e pessoas para superar os efeitos dos diferenciais de espaço, tempo e ocupação.” (Polanyi, p. 83, 2012) , isto torna eficaz a distribuição do trabalho, plantio e manufaturas. As principais formas de integração da economia humana são o que o autor chama de reciprocidade, redistribuição e troca, influenciando o modo com que a economia se relaciona em diferentes ocasiões. É possível exemplificar estas formas de integração como diagramas, em que representam a movimentação de bens e pessoas, já a reciprocidade é o movimento de bens de serviços e a redistribuição é a disposição de bens e a troca representando a direção entre os indivíduos, é necessário um sistema de mercado (instituição), para que ocorra.

O grupo que decide em se organizar em reciprocidade, deve estabelecer a simetria como principal, para que se vejam em iguais, estabelecendo relação de mutualidade, Polanyi apresenta um exemplo em que as famílias, morando em cabanas, formassem um círculo, assim poderiam ajudar os que estão a direita e a esquerda, tendo reciprocidade, mas sem mutualidade. Desinteressando qualquer interesse econômico pessoal nestas relações.

A redistribuição é estabelecida em grupos nos quais os bens são recolhidos e distribuídos, conforme o costume ou lei, definido dentro daquele grupo, com isso busca-se a divisão do trabalho e demonstra que em grupo de caçadores, qualquer outro método levaria a desintegração destes. Para que isso ocorra é necessária uma centralização, em que esta redistribuição seja justa, por exemplo, a tributação do Estado moderno é distribuída de acordo com seus objetivos sociais. Em suma importância identificar que nos tempos primórdios da sociedade humana, o indivíduo agia menos em beneficio próprio.

O escambo ou a permuta são os comportamentos de pessoas que buscam obter o máximo de proveito, a pechincha é essencial nessa prática, não pode ser definido como uma fraqueza humana, mas como um padrão comportamental exigido pelo mecanismo do mercado e requer uma estrutura especifica para que ocorra, a permuta, a troca e o comercio.

No século XIX, ocorreu a separação institucional da economia do resto da sociedade. Em uma economia de mercado, a produção de bens materiais é efetuada por meio de um sistema autorregulador de mercado, separando das instituições não econômicas, tais como a organização do parentesco e sistemas políticos e religiosos. Excluindo-as os únicos objetivos em que seria prevenir a fome e obter o lucro.

Muitas sociedades modernas se estabeleceram através de contratos, inicialmente era dado através de status, este que era adquirido pela posição familiar, esses determinavam os direitos e deveres do indivíduo, persistente na época feudal, aos poucos foi substituído pelo contrato, em que os direitos e deveres eram estabelecidos pelas transações consensuais. Tönnies idealizava uma comunidade em que os seres humanos eram ligados pela experiência em comum, em quanto a sociedade atual seria encaminhada através da impessoalidade e a importância do dinheiro. Esta comunidade seria cooperativa, conservando os progressos tecnológicos e a liberdade individual.

CONCLUSÃO

É conclusivo que o Polanyi quis mostrar que o homem e a sociedade foram transformados em mercadorias na economia, sendo necessário obter um salário ou renda através

...

Baixar como  txt (11.1 Kb)   pdf (51.7 Kb)   docx (14.8 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no Essays.club