Princípios Econômicos Presentes no Filme Robinson Crusoe
Por: YdecRupolo • 25/6/2018 • 821 Palavras (4 Páginas) • 329 Visualizações
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- Relações de trabalho e escravidão
Um dos pontos de maior controvérsia do romance é o uso de “Sexta-feira” como um servo, visto por muitos interpretes como um escravo. Porém, devemos lembrar que a história foi escrita em 1719, e na época, ainda havia muita escravidão no mundo, e era considerada um meio legítimo de trabalho.
O protagonista assim que descobre não estar sozinho na ilha, mantém uma distância segura dos habitantes nativos, pois eles eram canibais, e portanto, perigosos. Mas ao ver uma cena em que a tribo persegue um nativo, ele vê uma oportunidade, e salva o nativo para fazê-lo de seu empregado.
Apesar da dificuldade de comunicação, se estabelece uma relação de troca. Robinson Crusoe ofereceria comida e proteção dos outros nativos, e em troca, Sexta-feira realizaria os diversos trabalhos rotineiros e o acompanharia.
Do ponto de vista moderno, é claramente um modelo exploratório, pois o Sexta-feira não possuía entendimento dos termos, nem opção, o regime trabalhista foi imposto a ele. Porém, a ilha é um ambiente econômico demasiado primitivo para ter direitos trabalhistas, que foram conquistas da sociedade organizada. Além de que não cabe julgamento quanto a moral do protagonista, pois este estava envelhecendo, e os trabalhos braçais se tornavam cada vez mais difíceis. Não estava claro no filme, mas este possivelmente foi o principal motivo para a exploração.
- Referências
1. HYMER, Stephen. Robinson Crusoe and the secret of primitive accumulation. Robinson Crusoe’s Economic Man: A Construction and Deconstruction, p. 42-61, 2012.
2. KELSEY, Janet; STUDIESW, Social. Shipwrecked in the Early Modern World: Reflections on Robinson Crusoe.
3. ROBINSON CRUSOE. Produção de Njeri Karango. Estados Unidos: MIRAMAX e RHI ENTERTAINMENT, 1997.
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