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O Portfólio de Investimentos

Por:   •  19/2/2018  •  4.190 Palavras (17 Páginas)  •  273 Visualizações

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de desempenho podem ter contribuído para se frear esta euforia no mercado internacional. Este fato acabou resvalando no Brasil principalmente, após as declarações do BC sobre a posição do FMI em relação ao desempenho da economia brasileira.

No setor de siderurgia, observamos uma de suas piores crises, pois questões

conjunturais e estruturais levaram a indústria a essa situação, a qual ficou mais evidente no ano de 2015 com as grandes dificuldades econômicas no país, com PIB em quase 4% de queda.

Em 2008, o setor também atravessou forte crise, entretanto, naquele momento a China funcionou como uma âncora de salvação por conta de seu crescimento, o qual absorveu grande parte da produção mundial de matérias-primas, por exemplo. Outro ponto que vem pesando para o setor é o alto excesso de capacidade de aço no mundo, estimado em 720 milhões de toneladas. Ainda assim, não há boas projeções para os próximos 2 anos, pois espera-se um incremento nesta capacidade em 106 milhões de tons., sendo que 40 milhões devem vir da China, havendo uma pressão do aço chinês no mercado internacional.

Um setor que andou na contra mão nesta recessão econômica foi papel e celulose, aonde cresceram 8,5% suas receitas e 12% suas exportações. A Europa se manteve como principal destino da celulose brasileira e foi responsável por aproximadamente 39% desta receita, seguida pela China e América do Norte.

Por fim, a indústria de bens de consumo obteve retração de 8% em 2015. O IBGE ressaltou o fato de que com a retração no último mês do ano, a indústria encontra-se atualmente 20% abaixo do nível recorde alcançado pelo setor em junho de 2013. Com isso, no fechamento de 2015, a queda acumulada de 8% além de ser a mais intensa da série histórica, iniciada em 2003, aponta predomínio de taxas negativas entre as grandes categorias econômicas e as atividades pesquisadas. Destacam-se recuos nos setores de bens de capital e bens de consumo duráveis. Analisando separadamente a Ambev, esta obteve movimento de receitas contrario à maioria dos bens de consumo, crescendo 14% em sua receita liquida no ano de 2015, principalmente por conta do aumento do peso das cervejas “premium” e pelo

avanço da distribuição direta. Na parte de cervejas, cresceu 35% em suas receitas em função de um clima favorável e uma base de comparação (2014) mais “fraca”. Na parte de refrigerantes e não alcoólicos, houve recuo de 10% nas receitas.

Visando o cenário macroeconômico, um dos principais índices a serem analisados é a inflação, a qual fechou o ano de 2015 em 10,67%, a maior taxa desde 2002, fechando bem acima do teto da meta do BC, o qual seria, com o intervalo de tolerância, de 2,5% a 6,5%. Com isso, o que mais pesou nos bolsos dos brasileiros foi o aumento nos preços de comidas e bebidas, com aumento de 12% da taxa. Especialmente no caso dos alimentos, o clima fez com que alguns produtos fossem prejudicados não só na quantidade, mas na qualidade, em função da chuva principalmente nos estados do Sul, as quais prejudicaram as lavouras, e os produtores já estavam sacrificados por custos de aumento de energia, frete, combustível e majoração de preços. O maior impacto do ano com base na análise individual dos itens partiu da energia elétrica e combustíveis. As contas de luz ficaram, em média, 51% maiores que em 2014 e o reajuste nos combustíveis chegou a 21%. Para 2016, a expectativa dos economistas é de 7,26% para o IPCA, permanecendo acima do teto da meta. Já para 2017, a estimativa ficou em 5,80%, sendo que esta já fora elevada 3 vezes nos últimos meses, em função do BB manter a taxa básica de juros estável em 14,25% ao ano, o maior patamar em quase 10 anos.

Outro índice a ser analisado macroeconomicamente é o PIB (produto interno bruto), teve queda de 3,8% em 2015, a maior desde o início da série histórica atual, iniciada em 1996.

A retração da economia em 2015 reflete retrações em praticamente todos os setores da economia, com destaque para formação bruta de capital fixo (investimentos em bens de capital), com queda de 14%, além de indústria (6%) e serviços (3%). O único setor que registrou crescimento foi a agropecuária, com 2% de aumento, além da extrativa mineral, principalmente influenciadas pela desvalorização do real, houve uma exportação muito grande de soja, milho, petróleo e minério de ferro. Ao contrário das exportações de bens e serviços que cresceram 6,1% em 2015, as importações de bens e serviços fecharam com retração de 14,3%. Com o PIB de R$ 5,9 trilhões em valores correntes, o PIB per capita do país fechou em

R$ 28,876 mil, o que representa queda de 4,6% sobre 2014.

Para 2016, prevê-se uma retração de 3%, havendo dois anos seguidos de contração na economia. Já para 2017, após reduções nas projeções por conta do cenário pessimista, projeta-se crescimento de 0,7%

Quanto aos juros, os analistas mantiveram a estimativa para a Selic ao fim deste ano em 14,25%. Eles esperam que a taxa seja reduzida a partir de 2017 até chegar a 12,75%. Antes, esperava-se queda até 12,50%. A projeção para a Selic média de 2016 continuou em 14,25% e, de 2017, subiu de 12,96% para 13%. A perspectiva de juros altos deve favorecer aplicações

ligadas a juros pós-fixados, como fundos DI, títulos pós fixados do tesouro direto, LCI’s, LCA’s e CDB’s. Pelo alto risco ainda esperado em 2016, investimentos em câmbio, imóveis, fundos imobiliários, poupança e bolsa seriam investimentos mais arriscados e com menor retorno esperado.

A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no final de 2016 subiu para R$4,35, sendo que esta fechou 2015 com R$3,90, valorização de 40%. Para 2017, a previsão é de permanecer em R$4,40. Já a perspectiva para o resultado da balança comercial (exportações – importações) em 2016 subiu para USD37,90 bilhões de resultado positivo, e USD 40 Bilhões para 2017. Quanto à entrada de investimentos estrangeiros no Brasil ficou

inalterada para USD55 milhões e USD60 Milhões em 2017.

Quanto ao desemprego, o Brasil fechou com 8,4% em 2015, superando as taxas médias registradas em 2014 (6,9%), 2013(7,4%) e 2012 (7,5%), uma desocupação que vem crescendo em função de mudanças que ocorrem na estrutura do mercado de trabalho. No último trimestre de 2015, houve uma queda expressiva no número de pessoas trabalhando com carteira assinada. Foram 1,27 milhão de pessoas a menos em relação a 2014. Essas pessoas, que estavam sob uma rede de proteção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do

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