MARX E O PANOPTICO
Por: Carolina234 • 25/2/2018 • 2.235 Palavras (9 Páginas) • 281 Visualizações
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2ª Parte das Questões
1.
Para Marx o que determina uma elevação na produtividade é a diminuição do tempo de trabalho social necessário para gerar o valor e portanto um aumento da mais valia do trabalho, também deve ocorrer o crescimento do produto total em valor/tempo. O valor da força de trabalho, diz Marx, é “[...] determinado, como o de qualquer outra mercadoria, pelo tempo de trabalho necessário à sua produção e, por conseqüência, à sua reprodução” (MARX, 1999, p. 200). Portanto aumentando sua produtividade definida acima tende a aumentar a acumuluação de capital. “A venda da força de trabalho ocorre ideal ou juridicamente nesse primeiro processo, embora só se pague o trabalho após a execução, no fim do dia, da semana etc. Essa circunstância em nada altera a transação em que se vende a força de trabalho. O que aí diretamente se vende não é mercadoria em que o trabalho se realizou e sim o uso da própria força de trabalho, de fato portanto o próprio trabalho, pois o uso dessa força é a ação dela, o trabalho.[...] O salário - o valor da força de trabalho - toma por isso a aparência, conforme se explicou antes, de preço direto de compra, preço do trabalho.” (Livro 4 - Teorias da Mais Valia. Volume 1. São Paulo:Bertrand Brasil, 1987. - pp. 384-406.) Mas, ao mesmo tempo, a força de trabalho só é comprada porque o trabalho, que pode realizar e se obriga a executar, é maior que o trabalho necessário para reproduzir a força de trabalho, e se apresenta por isso, em valor maior que o valor da força de trabalho, esta é a peculiaridade do exemplo da venda de força de trabalho. “ A produtividade do capital, antes de mais nada consiste, mesmo considerando-se apenas a subsunção formal do trabalho ao capital, na coerção para se obter trabalho excedente trabalho acima da necessidade imediata, coerção que o modo capitalista de produção partilha com modos de produção anteriores, mas que exerce e efetiva de maneira mais favorável à produção. ” Dois tipos de troca acontecem entre capital e mão de obra. A primeira ilustra apenas a compra da força de trabalho e por isso, na realidade, do trabalho e, em consequência, do respectivo produto. A segunda, a materialização do trabalho vivo como sendo feita do capital. ” Nesse processo, onde as características sociais de seu trabalho a eles se contrapõem, por assim dizer, capitalizadas (na maquinaria, por exemplo, os produtos visíveis do trabalho se revelam dominadores do trabalho), o mesmo se dá naturalmente com as forças naturais e com a ciência, o produto do desenvolvimento histórico geral em sua quinta-essência abstrata - elas os enfrentam como forças do capital. Na realidade separam-se da habilidade e do conhecimento do trabalhador individual e, embora na origem também sejam produto do trabalho, onde quer que entrem no processo de trabalho, apresentam-se incorporadas ao capital. O capitalista que emprega uma máquina não precisa ter o conhecimento de seu mecanismo. Mas, em relação aos trabalhadores, a ciência realizada na máquina se revela capital. E na realidade todo esse emprego, fundado no trabalho social e em grande escala, da ciência, das forças naturais e dos produtos do trabalho só aparece mesmo como meio de explorar trabalho, de apropriação de trabalho excedente, portanto, para o trabalhador, como aplicação das forças pertencentes ao capital. O capital emprega naturalmente todos esses meios apenas para explorar o trabalho, mas, para explorá-lo, tem de empregá-los na produção. E assim o desenvolvimento das forças produtivas sociais do trabalho e as condições desse desenvolvimento aparecem como ação do capital, em relação à qual o trabalhador individual tem mero comportamento passivo, e que em oposição a ele se exerce. “ (Marxists.org). A subsunção formal, a qual Marx se refere, é a primeira forma de subordinação do trabalho ao capital para valorização deste e que tem como pressuposto a separação do produtor direto de seus meios de produção e subsistência e a sua transformação em trabalhador assalariado, condição esta que impõe a subordinação deste ao capitalista que se apropria desses meios, monopolizando e transformando-os em capital, em forças de coerção contra os trabalhadores. Nesse processo dá-se início à contradição essencial do sistema capitalista, a produção social da riqueza e sua a apropriação privada. A partir daí, tem-se a desigualdade social como uma das principais implicações da subordinação formal do trabalho ao capital nas relações sociais.
2.
Os esquemas de reprodução criados por Marx tem como objetivo evidenciar as contradições das esferas da circulação e da reprodução social do capital no sistema capitalista, Marx em seu esquema também demonstra que cabe aos capitalistas e aos operários adicionais realizar a totalidade da mais valia e do excedente anual. Os esquemas de reprodução anual do capital analisados por Marx têm como função, em sua exposição, demonstrar sob que condições e possibilidades a acumulação de capital e o progresso capitalista podem existir historicamente E os capitalistas realizam essa mais-valia de duas maneiras: pela transformação de uma parte em renda e pela transformação da outra parte em capital. A mais-valia, assim, é consumida pelo capitalista em sua condição de pessoa individual e como empresário capitalista. Estes são os objetivos de Marx.
No entanto Para explicar os aspectos do esquema Marx separa a produção social em três grandes departamentos, dos quais o departamento I são bens de capital, enquanto o departamento II produz meios de consumo e no terceiro os bens de serviço. Sendo os tres departamentos formados pelo conunto de toda economia e todas as empresas. O capital constante é interiamente produzido no primeiro departamento. Esta parte da produção será adiquirida pelo conjunto da indústria no sistema capitalista. No esquema de Marx o capital circula através de D1 e D2, para se manter. A massa de capital circulante em D1 e D2 precisa se manter de uma determinada forma onde D1 deve necessariamente ser maior que D2. A seguir um resumo selecionado do site Marxists.org explica mais afundo alguns dos elementos citados acima “Seus compradores serão, portanto, o conjunto das indústrias instaladas tanto no Departamento I quanto no Departamento II da sociedade capitalista. A segunda parte da produção anual, o capital variável, representada pelos meios de subsistência destinados ao consumo dos operários, será consumida pelos próprios operários, tanto do Departamento I quanto do II, na forma de dispêndio em salários. A terceira parte da produção anual, composta pelo trabalho
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