Economia urbana
Por: Evandro.2016 • 16/10/2018 • 6.483 Palavras (26 Páginas) • 348 Visualizações
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A “curva de gradiente de renda” mostra a variação do preço do aluguel da terra de acordo com a distância. A partir da equação da curva de gradiente, fica claro que quanto menor for o custo de transporte t, mais lentamente a renda da terra cai conforme aumenta a distância d. No caso presente, a renda da terra máxima por m2 é igual a $ 0,40. No quilômetro 40 não haverá renda da terra, neste ponto, o valor de ($ 0,40) é igual a custo de transporte nesta distância. Uma elevação exógena no preço da alface faz com que haja um deslocamento paralelo da curva, de modo que, nesse caso, a renda da terra crescerá, e haverá uma expansão da fronteira agrícola ocupada pela alface. Já uma redução do custo de transporte levaria à manutenção da renda da terra máxima , e, ao reduzir a inclinação absoluta da curva, levaria também a uma expansão da área ocupada pela produção de alface. A partir disso, pode-se generalizar que produtos mais caros terão curvas de gradiente mais altas, e custos de transporte elevados levam a curvas mais inclinadas. A explicação foi simplificada pela suposição de que um pé de alface ocupava 1 m². Se fosse necessário apenas 0,5 m² para produzir um pé de alface, em vez de 1,0 m², seriam produzidas duas unidades a um custo total de produção de $ 1,20 e uma receita líquida de $ 2,00. Portanto, Rmax = $ 0,80. Dessa forma, atividades com alto rendimento por metro quadrado terão valores de Rmax elevados. Pode-se supor agora que, além de alface, batatas são plantadas com rendimentos líquidos C P− menores do que os de alface. Assumindo que, por motivos técnicos, os custos de transporte de batata são menores
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O espaço será ocupado pelas culturas que possam oferecer o maior valor aos proprietários da terra. Assim, o segmento OC será ocupado pelos plantadores de alface. A partir de C, a cultura de batata fornece um retorno mais elevado do que a de alface. Dessa forma, o segmento CD é ocupado pela batata; a partir de D, nenhuma das duas atividades é viável e as terras são devolutas. A rotação do eixo das abscissas do gráfico anterior em torno do eixo das ordenadas leva a um gráfico como indicado abaixo. Formam-se, nesse caso, os chamados “anéis de Von Thünen”, que correspondem a discos concêntricos que mostram a ocupação do espaço.
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c) Losch
Os cones de lösch - Seu modelo resulta em um sistema urbano semelhante (mas não idêntico) ao de Christaller. O modelo de Lösch pressupõe um monopolista atuando em um mercado com consumidores bem distribuídos pelo espaço e um produto vendido que possui alguma elasticidade-preço. O modelo pode ser entendido por meio de uma representação gráfica.
A figura 1 mostra a relação crescente entre distância e preço final(incluindo custos de transporte). À sua direita, mostra-se a curva de demanda que considera a relação entre os preços finais e as quantidades demandadas. Ao preço na origem, a quantidade demandada é máxima. O gráfico situado na parte inferior à esquerda mostra a relação entre a distância e a quantidade demandada. E o último gráfico é utilizado para rebater o eixo das quantidades do gráfico acima para o das ordenadas do gráfico a sua esquerda. Em particular, ao se examinar o terceiro gráfico, verifica-se que a curva ab indica uma queda na quantidade demandada conforme aumenta a distância em relação à localização c da empresa. Além do ponto b, as vendas são nulas. A área sob a curva ab representa o total de vendas da empresa entre c e b. A rotação da forma abc em torno do eixo vertical resulta no cone de demanda de Lösch indicado na figura 2.[pic 7]
A figura 2 lembra a resultante da construção inicial de Von Thünen, mas representa um fenômeno distinto. Aqui tem um espaço de consumo, enquanto em Von Thünen, uma área de produção. É interessante analisar algumas características dos cones de demanda. Em ceteris paribus, uma tarifa de transporte menor leva a uma área de mercado maior para o monopolista. Da mesma forma, quanto menor for a elasticidade-preço do produto, mais lentamente cai a quantidade demandada conforme aumenta a distância d. A quantidade demandada a cada distância d é função do preço na origem acrescido do custo de transporte. Para se obter a área da forma abc, basta integrar a curva de demanda espacial pela distância d. Em seguida, o volume do sólido formado pela rotação da forma é dado pela integração da função de demanda espacial por toda a circunferência. Em ceteris paribus, as áreas de mercado serão tão maiores quanto menores forem a densidade da demanda, a elasticidade-preço e os custos de transporte. Como essas características são específicas de cada bem ou serviço, deveria haver centros e áreas de mercado de todos os tamanhos para cada produto. Para chegar a um sistema urbano geral, Lösch tem que impor outras restrições que permitam limitar o número de centros e sua distribuição no espaço. Assim, a partir de pressupostos microeconômicos, Lösch chega a uma hierarquia urbana semelhante à obtida por Christaller. Contudo, na teoria daquele há uma maior diversidade de valores de proporcionalidade entre o número de centros de hierarquia distintas do que na obra deste. O número de classes dos centros se mantém baixo porque as atividades se adaptam à estrutura urbana presente.
d) Cristaller
Os hexágonos de Christaller – ele seguiu a tradição geométrica alemã para esboçar as simples regras que permitiriam responder a essa pergunta e chegou à teoria dos lugares centrais. Christaller buscou determinar o formato das áreas de mercado em que todos os consumidores são atendidos e, ao mesmo tempo, a distância em relação às firmas é minimizada. Conforme se pode observar no lado esquerdo da figura os círculos são eficientes no tocante à redução da distância, mas existem áreas que ficam desatendidas. Se as empresas se aproximam entre si para atender a esses mercados, o que há são fronteiras lineares entre as áreas, levando à formação de uma estrutura de colmeia como a apresentada no lado direito da figura. Esses hexágonos têm a propriedade de minimizar o número de ofertantes necessários para cobrir integralmente a área. O território seria, dessa forma, coberto pelos ladrilhos hexagonais das áreas de mercado.
[pic 8]O tamanho das áreas de mercado depende dos custos de transporte e da elasticidade-preço do produto em questão. Baixos custos de transporte e elasticidades resultam em áreas de mercado mais amplas. Para lidar com essas questões, ele supõe
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