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ECONOMIA MONETARIA - MOEDA

Por:   •  20/2/2018  •  1.937 Palavras (8 Páginas)  •  576 Visualizações

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O Banco Central como autoridade monetária máxima do sistema bancário de um país, tem fixado por lei a obrigatoriedade de reter uma parte dos depósitos dos bancos, ficando como garantia ou lastro, essa porcentagem é chamada de lastro.

Com o fortalecimento dos estados nacionais e a criação de órgãos do governo para cuidar da política econômica do país, a emissão da moeda passou a ser exclusividade do governo, essa moeda recebe o nome de moeda fiduciária (fidúcia: confiança), e é a que atualmente circula nas economias modernas. No Brasil a moeda fiduciária é o real.

FUNÇÕES DA MOEDA

A primeira função da moeda é servir como meio de instrumento de troca.

A segunda função da moeda é servir como reserva de valor, ou seja, se não trocarmos imediatamente a moeda por mercadorias precisamos estar seguros de que esse dinheiro ao ser gasto no futuro, terá o mesmo valor para a troca de bens e serviços.

A terceira função da moeda é servir como unidade de conta na contabilidade nacional, refere-se a necessidade dos países registrarem suas contas relacionadas as suas atividades econômicas durante determinado período.

A ultima função da moeda é servir como padrão para pagamentos diferidos, ou seja, que se realizarão no futuro, estando associada a segunda função (reserva de valor) e a terceira função (unidade de conta) associado a pagamentos futuros.

Graças à moeda, pode o indivíduo generalizar seu poder de compra e obter da sociedade aquilo que sua moeda lhe da direito, sob a forma que melhor lhe convém. Classificando uma transação comercial em duas fases, uma de venda e outra de compra, a moeda facilita ambas as partes. Resumindo, e mais fácil ao vendedor de uma colheita achar quem lhe queira comprar parte dela do quem queira trocá-la por outros produtos.

DEMANDA POR MOEDA

Define-se a demanda por moeda como similar a demanda por qualquer outro bem ou a quantidade de riqueza que os agentes decidem manter na forma de moeda, sendo a maneira mais eficaz de um indivíduo adquirir os bens e serviços de que necessita. Entretanto, como um individuo não gasta toda sua renda imediatamente, gasta-o no decorrer do mesmo mês com despesas comuns de família, retendo parte do dinheiro, a essa razão damos o nome de demanda de moeda para transações.

Quando o individuo mantem dinheiro em seu poder para consumo futuro damos o nome de demanda por moeda por precaução. Quando usamos a moeda como reserva de valor ou para especulação denominamos de demanda especulativa.

OFERTA DE MOEDA

A oferta de moeda pode ser definida como o estoque total de moeda na economia, geralmente o estoque de M1. Se a relação (M1)/(PIB) for muito grande, os juros tendem a cair e os preços a subir, e se for muito pequena a tendência é oposta. Os bancos centrais controlam a oferta de moeda principalmente através da alteração da taxa de reservas bancárias (uma taxa maior de reservas bancárias reduz a oferta de moeda) e da compra e venda de títulos, mas também através do controle da quantidade de papel moeda emitido.

Se num dado período a emissão for superior ao crescimento do produto da economia haverá excesso de liquidez, podendo originar inflação, por outro lado se a oferta de moeda for inferior ao crescimento da economia podemos ter uma crise for falta de liquidez dificultando as transações e prejudicando todo o sistema econômico, causando queda no produto da economia.

TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA

Teoria Quantitativa da Moeda, defende que o nível dos preços é determinado pela quantidade de moeda em circulação, e pela sua velocidade de circulação.

A teoria quantitativa, formulada por David Hume no século XVIII, é uma das teorias mais antigas sobre a inflação, que defende que a quantidade de dinheiro circulante no sistema econômico determina o nível de preços. Sendo que a razão entre a quantidade de moeda, vulgarmente chamado de dinheiro, e as transações anuais do sistema (em que a inversa é a velocidade de circulação de moeda) depende da estrutura econômica, dos hábitos de consumo da população, do número de população de habitantes por distribuição geográfica, da frequência com que se pagam salários e dos impostos. Se consideramos esses fatores constantes, o nível de preços será diretamente proporcional ao fluxo de dinheiro e inversamente proporcional ao volume físico da produção. Na verdade, esta teoria, postula que a capacidade produtiva de um sistema (econômico) é completamente aproveitada.

Essencialmente, a Teoria Quantitativa da Moeda é a hipótese sobre a causa principal das variações no valor da moeda. Estabelece que o estoque de moeda, “M”, é o principal determinante do nível geral de preços, “P”. Os economistas clássico-neoclássicos chegaram a esta conclusão, a partir da hipótese de que o produto real a preços constantes de qualquer economia depende exclusivamente de variáveis reais (fatores de produção e função de produção agregada) e que a velocidade de circulação da moeda varia de forma lenta e previsível a longo prazo (dependendo de fatores como o grau de desenvolvimento do setor bancário, freqüência de pagamentos e recebimentos, rapidez de transporte e comunicações), podendo ser considerada uma constante no curto prazo.

CRIAÇÃO E ENTRADA DE MOEDA NA ECONOMIA

A criação e entrada de moeda na economia se dá basicamente por meio de 3 mecanismos:

1. Empréstimos de capital de giro, que multiplicam os depósitos da rede bancária. Como os banqueiros não podem criar de maneira isolada meios de pagamento para financiar seus próprios gastos: a relação débito-crédito entre o sistema bancário e seus clientes “cria” moeda (depósitos à vista) como um passivo, igualado ao ativo do balanço contábil. (Quadro 1, p. 10).

2. Os instrumentos de política monetária, incluindo a emissão para cobertura de déficit orçamentário da União não amparado pela colocação de títulos da dívida pública, (política fiscal).

3. Impacto monetário do balanço de pagamentos onde o superávit leva a uma variação positiva do estoque de moeda estrangeira (reservas internacionais) que é convertida em moeda nacional; o Banco Central “compra”, então mais dólares que “vende”, ou seja, através da variação da taxa de câmbio e da taxa de juros, a política cambial e a política de juros acabam por influenciar

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