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ECONOMIA C - BRASILEIRA

Por:   •  4/3/2018  •  2.152 Palavras (9 Páginas)  •  219 Visualizações

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do comércio exterior com a redução qualitativa das tarifas de importação de uma média de 40 por cento para 20 por cento em quatro anos. Seis meses depois desse plano, Collor lançou o plano II, que também tinha como objetivo a diminuição da inflação e outros cortes orçamentários, mas como o primeiro não teve muito êxito. Collor renunciou em 1992 sem conseguir abaixar a inflação. A pesar da situação do país não estar favorável na época houve uma grande entrada de capital externo no país. Isso se deu ao grande diferencial de juros do país, já que em uma semana de aplicação no Brasil ganhava o que correspondia a um ano no exterior. Hoje em dia o Brasil participa de três grandes frentes de negociação comercial: âmbito multilateral (OMC) desde 1947; esfera regional (ALCA) desde 1994 e o acordo EU-Mercosul desde 1995.

O estudo da balança de pagamento é relevante dentro da política comercial. O balanço de pagamento busca registrar as transações econômicas que um país faz com outro durante certo período de tempo. Tendo como base esse balanço podemos analisar a situação econômica internacional do país. No Brasil o balanço é feito pelo Banco Central, levando em consideração as transações efetuadas entre residentes no país e residentes em outros países. Na contabilização desses registros é utilizado o método de partidas dobradas onde as exportações entram como crédito e as importações como débito. Assim sendo, a balança de pagamentos é composta por vários itens, onde o primeiro é chamado de balança de transações correntes, que se divide entre balança comercial e de serviços. A balança comercial inclui basicamente as exportações e importações, se as exportações forem maiores que as importações a balança comercial será superavitária, se o contrario acontecer será deficitária. A balança de serviços registra as exportações e importações de serviços pelo país, e pode ser dividida em: serviço de fatores (pagamentos efetuados e recebidos derivado de fatores de produção, como, por exemplo, trabalho e capital) e serviços de não fatores (contabiliza os pagamentos e os recebimentos de fretes e seguros dos produtos importações, como por exemplo, gastos com viagens royalties) (GREMAUD; VASCONCELLOS; JÚNIOR, 2002).

Como segundo item, temos a balança de movimento de capitais, que envolve as operações que modificam a estrutura de direitos e obrigações de um país em relação ao resto do mundo. A principal variável que explica o movimento de capitais entre países é a taxa de juros, quanto maior a taxa de juros maior será o estímulo a aplicar recursos naquele país. Como terceiro item, temos a conta de erros e omissões que entra no balanço como uma forma de cobrir os erros estatísticos (varias contas são registradas com valores estimados, limitando assim a perfeita comparação entre debito e crédito) e as transações não registradas. Por último temos as transações compensatórias, que são operações que permitem fechar o saldo do balanço de pagamentos, ou seja, tem como finalidade zerar o saldo do balanço de pagamento. (LEITE, 2000).

É necessário ressaltar que um déficit em conta corrente é a maneira em que os países em desenvolvimento têm de captar poupança externa para manter seu nível interno de crescimento, que é basicamente o caso do Brasil. O balanço de conta corrente do Brasil até o ano de 1933 apresentava um saldo negativo devido ao pagamento dos juros da dívida externa. Porém a partir de novembro de 1994 até o ano de 2000, o Brasil que sempre apresentava superávit na balança comercial começou a apresentar déficit em função da abertura comercial do país e da valorização da moeda nacional iniciada nos anos 90. A balança comercial conseguiu começar a se recuperar a partir de 2001 (VASCONCELLOS, 2002).

Como foi dito no caso a empresa SKODA quer saber as vantagens absolutas, comparativas e competitivas do Brasil, por tanto, a diferenças entre elas faz-se necessário. Vantagem absoluta criada por Adam Smith é referente à quantidade de recursos usados para se produzir um bem. Um país tem vantagem absoluta na produção de um produto quando utiliza menor quantidade de insumos para produzi-lo. O principio de vantagem comparativa foi criado por David Ricardo e diz que cada país deve especializar-se na produção daquele bem em que é mais eficiente ou que tenha menor custo. Esse bem será exportado pelo país, por outro lado, esse mesmo país deve importar aqueles bens onde sua produção é mais cara ou onde é menos eficiente. Assim sendo, podemos ver o porquê da especialização dos países, que é a base do processo de troca de bens entre países. Já a vantagem competitiva faz com que a oferta de certo país seja escolhida dentre todas as ofertas disponíveis no seu mercado de atuação, já que seu produto apresenta mais atração no mercado (GREMAUD; VASCONCELLOS; JÚNIOR, 2002).

3. Possíveis Soluções e Implicações Éticas

Após analise dos conceitos, vimos então que é de extrema necessidade termos claros os componentes da política cambial e comercial e as vantagens que nosso país oferece a quem procura o mesmo para investir, como falado no caso, a SKODA abrir uma empresa no país.

O primeiro ponto a ser analisado, seria como se encontra a política cambial no nosso país, pois como vimos, a mesma nos fornecerá informações sobre as importações e exportações, consequentemente haverá influencia nos empregos e consumo no país. Com o real valorizado diante das outras moedas internacionais, que é a situação atual, devido às crises na Europa e nos EUA, a mesma traz vantagens para a SKODA, como por exemplo, fica mais barato importar tecnologia, uma vez a empresa instalada no Brasil, outra vantagem é a compra de insumos a preço menores de outros países o que faz com que o preço do produto final reduza. As desvantagens são a diminuição das exportações, o que pode acarretar um déficit no balanço comercial e afetar o consumo dos bens nacionais.

Alguns dos condicionantes da política comercial brasileira, como a economia política da proteção, os aspectos macroeconômicos e os fatores estruturais influenciam de modo que a SKODA tenha mais vantagens ao investir no nosso país, pois a importância relativa do Brasil como destino de investimento estrangeiro direto (IED) é ainda maior do que a referente ao PNB mundial. A participação brasileira no estoque total de IED em 1999 era de 3,44% do total mundial. Já a participação do Brasil nos fluxos de IED do final da década de 90 foi relativamente alta, mantendo-se assim desde então, conforme dados de Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento).

Como

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