Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

SISTEMA DE ENSINO A DISTANCIA CONECTADO

Por:   •  28/11/2018  •  19.890 Palavras (80 Páginas)  •  290 Visualizações

Página 1 de 80

...

A Gestão de Custos.

A gestão de custos tem como finalidade a geração de informações gerenciais para as empresas a fim de auxiliar no planejamento e na tomada de decisão. A gestão de custo faz parte da contabilidade financeira que teve sua origem na era mercantilista do século XVI e XVIII e após a revolução industrial essa espécie da contabilidade se ramificou para contabilidade de custo com o intuito de auxiliar as indústrias na apuração dos gastos com a produção para formação de preço ao consumidor.

Após a revolução industrial as entidades viram a necessidade de auferir e aferir lucros econômicos partindo da simples equação (R > D = L) onde “R” é definida como receita adquirida maior que “D” a despesa originada para obtenção de receita se chegaria a “L” o lucro desejado. O aumento da receita deixou de ser o foco para a obtenção de lucro, pois os métodos utilizados para elevar essas receitas elevavam também às despesas, fazendo com que os gestores partissem para um novo ponto de vista, reduzindo os custos. Com tudo afim de melhor controlar esses tipos de gastos feitos nas empresas foram divididos da seguinte forma: gasto, desembolsos, investimentos, custo, despesas e perda.

Segundo Wernek (2011) podemos denominar cada uma dessas divisões conforme o quadro abaixo:

GASTO - Dispêndio de recurso ou divida contratada para obter bem ou serviço. Por ser um conceito abrangente, engloba os outros termos utilizados na gestão de custos.

DESEMBOLSO – Representa o ato de pagar uma divida relacionada com a aquisição de algum bem ou serviço.

INVESTIMENTO – Gasto registrado como Ativo no Balanço Patrimonial da empresa com expectativa de beneficio futuro.

CUSTO – Abrange somente os valores relacionados com a compra de mercadoria para revenda.

DESPESA – Identifica os gastos necessários ao funcionamento normal da empresa nas áreas administrativas, financeira e comercial (exceto os gastos relacionados com as mercadorias a revender).

PERDA – Refere-se aos gastos que ocorrem de forma anormal, indesejada ou involuntária nas atividades operacionais da loja.Werneck enfatiza que a importância de classificar cada um desses tipos de gastos está diretamente relacionada à concorrência quanto ao preço praticado, pois, segundo ele muitos comerciantes varejistas mantém um pensamento de que “todos os gastos da empresa deverá ser pago por alguém, ou seja, o cliente” fato esse que felizmente não ocorrera mais devido à globalização e universalização dos negócios, com o advento da informação em tempo real é possível consultar os preços e escolher a quem comprar em frações de segundo com a ajuda da internet e os meios de comunicação em massa que transportam essas informações pelo mundo.

A gestão de custo no comercio varejista.

Muito se fala na gestão de custo para formação de preço, no controle dos gastos, na locação das despesas e outras, contudo mais voltada para uma visão industrial deixando o comércio a ver navios com relação a esse tipo de gestão tão conhecido e utilizado na indústria, mais ainda sofre o comercio voltado para o consumidor final que por muitas vezes tem a sua contabilidade de custos e formação de preço feita de forma empírica e, por muitas vezes, fazendo o consumidor pagar a conta por tal falta de controle.

O primeiro passa para implantação de uma gestão de custo no comércio varejista é classificar os gastos quanto ao volume comercializado no período, para isso os custos e as despesas devem ser classificadas em faixas e variáveis, sempre lembrado que o custo está voltado para os gastos originalizados para obtenção de receita e a despesa trata-se de um gasto originado da operação da loja, ou seja, são as despesas pagas para que haja o funcionamento da empresa.

O custo e a despesa variável estão diretamente relacionados ao volume vendido, pois, quanto mais mercadoria uma loja venda maior será o gasto, a tabela a seguir exemplifica melhor essa informação:

Tabela 1

Fatores / Quantidades vendidas 1 Unidade 50 Unidades

(+)Preço de Venda ($) 1.000 50.000

(-) Custo do produto ($) 500 25.000

(-) Despesa do produto ($)

- Tributos de vendas 17% 170 8.500

- Comissões de vendas 3% 30 1.500

(=) Resultado da venda 300 15.000

Como podemos observar quanto maior a quantidade vendida de produtos mais elevados são os gastos, porem se passarmos a observar em uma visão percentual a margem fica constante independente da quantidade vendida, percentualmente os gastos são de 70% sobrando 30% de margem de lucro bruto.

Os custos e despesas fixas são inversamente proporcionais à quantidade vendida, para cada produto vendido menor será o percentual de participação. Para que o produto possa absorver esse gasto deveremos utilizar um método chamado rateio que nada mais é que dividir proporcionalmente o gasto fixo pela quantidade vendida, a tabela a seguir ajuda a entender melhor essa operação:

Tabela 2

Fatores Quantidades vendidas Valor ($) 1 Unidade 50 Unidades

(+) Lucro Bruto ($) 300,15. 000

(-) Custo operacionais ($) 200

(-) Despesas operacionais ($)100

- Aluguel 100

- Salários da administração 300

(=) Resultado final -300,14. 400

Vimos que os custos e as despesas fixas são constantes em relação à quantidade faturada, obrigando assim a loja vender mais produtos a fim de aumentar o lucro, no exemplo acima vimos que a loja vendendo apenas uma unidade no mês obteria um prejuízo de $ 300 devido à margem de custos e despesas fixas existentes na transação, obrigando assim o comerciante a vender mais produtos para que possa compensar esses gastos, como vimos no quadro vendendo 50 unidades o comercio obtém um lucro de $ 14.400. Ainda podemos classificar mais dois tipos de custos e despesas, as semifixas e as semivariáveis. As

...

Baixar como  txt (136.2 Kb)   pdf (302.4 Kb)   docx (649.4 Kb)  
Continuar por mais 79 páginas »
Disponível apenas no Essays.club