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Gestao de custos industriais

Por:   •  26/3/2018  •  5.422 Palavras (22 Páginas)  •  327 Visualizações

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no Brasil adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal para a valorização dos estoques e apuração do resultado do exercício (Lei 6.404/76; Decreto-lei 1598/77).

O custeio por absorção é um método muito utilizado pelas empresas, pois neles os produtos absorvem todos os custos incorridos da fabricação, ou seja, considera tanto os custos diretos e indiretos quanto fixo e variáveis. (MEGLIORINI, 2007).

Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos (rateados) para todos os produtos feitos.

Segundo Wernke (2008) são apropriados todos os custos de produção aos produtos, de forma direta ou indireta mediante critérios de rateios.

O CRC-SP/IBRACON (2000) diz que: “Custeio por absorção é o sistema de custeio realizado sob a ótica da contabilidade de custos tradicional”. Nele todos os custos de produção (fixos e variáveis) são incluídos no custo do produto para fins de custeio dos estoques e, por sua vez, todas as despesas administrativas, financeiras e de vendas, fixas ou variáveis são excluídas do custo do produto.

É o critério legal exigido no Brasil, porém nem sempre é útil como ferramenta de gestão (análise) de custos, por possibilitar distorções ao distribuir custos entre diversos produtos e serviços, possibilitando mascarar desperdícios e outras ineficiências produtivas. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção.

Para obter os custos dos bens ou serviços, a partir do custeio por absorção, a empresa pode proceder de duas maneiras (MARTINS, 2010):

Alocar os custos diretos pela efetiva utilização, visto que são custos relacionados, diretamente, coma produção, sendo possível verificar seu real consumo nos bens ou serviços e rateios dos custos indiretos, que são os itens que não estão diretamente relacionados com a fabricação dos bens ou serviços, a partir de estimativas, ou seja, de bases de rateio;

Dividir a empresa em departamentos de serviços (executam serviços auxiliares e não para a atuação direta sobre os bens ou serviços) e em departamentos produtivos (promovem qualquer tipo de modificação sobre o produto diretamente), sendo os custos indiretos, inicialmente, rateados aos departamentos. Após, os departamentos de serviços transferem seus custos para outros departamentos de serviços e para os custos de produção. Por fim, os departamentos de produção transferem seus custos aos bens e serviços aos bens ou serviço.

Ressalta se que a departamentalização tem a finalidade de aumentar a eficiência de controle de custos nas organizações, visto que os custos passam a ser apurados primeiramente em níveis departamentais, dando a contabilidade de custos condições de apresentar relatórios e dados que apontam o desempenho de diversos departamentos, antes de atribuir o custo ao bem ou serviço

A seguir a figura mostra um sistema de custeio por absorção sem departamentalização:

A seguir a figura mostra um sistema de custeio por absorção, com departamentalização:

2.1 CRITÉRIO DE RATEIO

Rateio “é uma divisão proporcional pelos valores de uma base. Esses valores devem estar distribuídos pelos diferentes produtos ou funções dos quais se deseja apurar o custo, devendo ser conhecidos e estar disponíveis no final do período de apuração.” (DUTRA, 2003, P.189).

Representa a alocação de custos indiretos aos produtos em fabricação, segundo critérios racionais. Exemplo: depreciação de máquinas rateada segundo o tempo de utilização (h/m) por produto etc. Contudo, dada à dificuldade de fixação de critérios de rateio, tais alocações carregam consigo certo grau de arbitrariedade.

A importância do critério de rateio está intimamente ligada à manutenção ou uniformidade em sua aplicação. Devemos lembrar que a simples mudança de um critério de rateio afeta o curso de produção e consequentemente afetará o resultado.

Leone (2000, p.111), pondera que “o Contador de Custos deve estar familiarizado com as operações para decidir quais critérios ou base de rateio, que serão empregados para fazer o rateio”.

Uma vez determinado o critério, a execução do rateio consiste numa regra de três simples. Vamos perceber que qualquer que seja a forma de efetuar o rateio, chega se ao mesmo resultado, cabe decidir qual é o mais conveniente.

Suponhamos que temos que ratear gastos com material indireto que totalizaram R$ 20.000,00 entre três produtos: A, B, C, e que a base de rateio seja gasto de matéria-prima incorrida em cada produto conforme abaixo:

PRODUTO MATÉRIA PRIMA

A 50.000,00

B 125.000,00

C 75.000,00

TOTAL 250.000,00

O rateio do material indireto para o produto A será: R$ 20.000, estão para R$ 250.000,00, assim como, X está para R$ 50.000,00, logo:

x = 50.000 x 20.000 = R$ 4.000,00

250.000

produto B produto C

20.000 = 250.000, logo: 20.000 = 250.000, logo:

x 125.000 75.000

x = 20.000 x 125.000 = R$ 10.000,00 x = 20.000 x 75.000 = R$ 6.000,00

250.000 250.000

A segunda forma de efetuar o rateio seria estabelecer a porcentagem de cada produto em relação ao critério de rateio e multiplicar a porcentagem pelo valor a ser rateado, como mostra no quadro a seguir:

Produtos Critério de rateio = gasto com

matéria-prima % Material Indireto

(% x 20.000)

A 50.000 20 4.000

B 125.000 50 10.000

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