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Contabilidade rural

Por:   •  1/3/2018  •  1.346 Palavras (6 Páginas)  •  389 Visualizações

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Na atividade agrícola custo de cultura são todos os gastos diretos ou indiretos ligados à cultura (semente, adubo). Já as despesas são os gastos não identificáveis com a cultura, despesas com venda, financeiras ou administrativas.

Quando se trata da colheita, todo o seu custo será acumulado na conta “Culturas Temporárias”, e após o seu término essa conta será baixada e transferida para a conta “Produtos Agrícolas”, que também está no Ativo Circulante como um estoque acabado, a essa conta também serão somados todos os custos posteriores à colheita e todos os custos para a manutenção desse estoque conforme ocorra à venda do produto dá-se a baixa na conta “Produto Agrícola” e seu valor de custo é transferido para a conta “Custo do Produto Vendido” que está situada no resultado. Existem casos que o produtor armazena o produto já acabado para vendê-lo em um melhor momento de mercado. Nessas ocasiões, os gastos são tratados como despesas com venda (Despesas operacionais).

As culturas permanentes são as que permanecem vinculadas ao solo e proporcionam mais de uma colheita, tendo uma duração mínima de quatro anos, exemplo: cana-de-açúcar e cafeicultura. Os custos (adubo, manutenção, sementes, etc) para esse tipo de cultura são considerados no Ativo Não Circulante (Imobilizado). Esses custos são contabilizados na conta “Cultura Permanente em Formação”, e dentro dessa conta existem subcontas especificando o tipo de cultura.

Após a transformação da cultura transfere-se o valor para a conta “Cultura Permanente Formada”.

A colheita é caracterizada como um estoque em andamento. Como o ciclo de floração, formação e maturação é longo, cria-se uma conta denominada “Colheita em Andamento”, que é composta por todos os custos necessários para a colheita. Ao custo da colheita é adicionado a depreciação da cultura permanente formada.

Após o termino da colheita, transfere-se o total acumulado para “Produtos Agrícolas”, onde se acumulam, se houver, custos de beneficiamento, de acondicionamento, silagem, etc. Conforme a produção é vendida dá-se baixa na conta e transfere o valor para “Custo do Produto Vendido”.

Indo mais a fundo na conta “Cultura em Formação”, vemos que ela também é composta pela depreciação dos bens utilizados na produção, adiantamentos a fornecedores. No caso de existir mais de uma cultura, os custos indiretos deverão ser rateados e apropriados à cultura permanente em formação.

Enquanto a cultura estiver em formação, não sofrerá depreciação, somente depois da primeira colheita. Porém as culturas em formação ou já formadas estão sujeitas a perdas extraordinárias geradas por incêndios, geadas, inundações, granizo, etc. Essa perda deve ser baixada no ativo não circulante e ser considerada como perda, indo para o resultado, sendo considerada como uma despesa não operacional. Em contrapartida, as perdas já esperadas pela empresa são consideradas custos agrícolas.

No que diz respeito à cultura já formada, os gastos que aumentam a vida útil da cultura, devem ser adicionados ao valor da cultura já formada, para também serem depreciados.

Na agropecuária os financiamentos para capital de giro são denominados financiamentos para custeio e visam cobrir uma safra específica, é contraído no ano agrícola 1 para custear a safra do ano agrícola 2 e pode ser contabilizado de duas formas.

- Proporcionalmente ao tempo decorrido no ano 1 e ano 2.

- Somente no ano 2 para associar a despesa com a respectiva receita.

Já os juros desse empréstimo são contabilizados como despesa não operacional.

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