Contabilidade ambiental

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Os impactos das operações sobre o meio ambiente têm pressionado as empresas a considerar com empenho e comprometimento suas ações nos processos de produção, tanto em uma perspectiva atual, como futura, sendo uma conseqüência das transformações significativas no ambiente competitivo e da criação de uma conscientização dos consumidores em torno das limitações dos recursos naturais e de um desenvolvimento sustentável, passando a exercer uma forte e crescente pressão sobre as organizações, exigindo um comportamento ambientalmente correto das empresas produtoras dos bens que consomem.

Ou vamos ter políticas competentes, com respaldo social – que se traduzam em pagamento pelos serviços prestados e mecanismos para reduzir o lixo gerado – ou podemos nos preparar para cenários indesejáveis, em cidades imundas (KRAEMER E TINOCO apud NOVAES, 2008, p. 60).

A degradação excessiva do meio ambiente e o desgaste exagerado dos recursos naturais têm chamado atenção em todo o mundo; com isso, o meio ambiente atrai cada vez mais atenção e interesse.

Dentre as empresas que causam grande impacto ao meio ambiente podemos citar: mineração de carvão, produção de cal, cana-de-açúcar, papel e celulose, siderurgia e indústria petrolífera.

Muitas empresas tentam criar maneiras para não deixar rastro de poluição e criam valas para enterrar dejetos de produção, mas vários destes dejetos demoram muitos anos para se decompor e correm o risco de serem descobertos, o que levaria a empresa a responder por um ato falho, de crime ambiental.

Dentro da Contabilidade Ambiental, temos a Gestão Ambiental, que se refere àquilo que a empresa faz para diminuir ou eliminar os efeitos negativos sobre o meio ambiente, causados por seus processos de produção. Mostra de que forma a organização está agindo, interna ou externamente, para manter e melhorar a qualidade do ambiente, configurando, assim, uma das mais importantes atividades na área do empreendimento.

1.2 IMPACTOS AMBIENTAIS E EMPRESARIAIS

Define-se como impacto ambiental as alterações provocada, por meio de componentes e determinadas ações ou atividades. Um dos maiores causadores destas alterações é o homem, através de suas atividades que absorvem os recursos ambientais.

O capital natural pertence a todos. É um patrimônio mundial. Deve ser usado de forma adequada para evitar sua escassez, impactando diretamente no crescimento econômico do país.

Segundo Kramer e Tinoco apud GALLENBACH, 2008, p. 136:

O objetivo do gerenciamento ecológico é minimizar o impacto ambiental e social das empresas, e tornar todas as suas operações tão ecologicamente corretas quanto possível.

As empresas, obrigatoriamente, precisam valorizar os bens naturais, fontes de matéria prima, pois ao novo mercado, o descartável e o desperdício são coisas do passado, e a reciclagem é a atividade do cenário atual.

Para adequarem-se a esses processos, as empresas terão que investir determinado recurso para a implantação de um sistema de proteção ao meio ambiente. De um lado haverá custos; de outro, a possibilidade de ganhar muito dinheiro, podendo obter vantagens que agregam valor à companhia, pois a preservação ambiental, o crescimento, o desenvolvimento econômico e a manutenção da qualidade de vida andam em sincronia com o crescimento e a competitividade da organização.

As vantagens de implantar estas mudanças não acontecerão de imediato, mas com um trabalho árduo e cuidadoso, pode-se chegar a bons resultados.

De acordo com Kramer e Tinoco apud GALLENBACH, 2008, p.138.

A administração ambiental está associada à idéia de resolver os problemas ambientais em beneficio da empresa. Ela carece de uma dimensão ética, e suas principais motivações são a observância das leis e a melhoria da imagem da empresa. Já o gerenciamento ecológico é motivado por uma ética ecológica e por uma preocupação com o bem-estar das futuras gerações. Seu ponto de partida é a mudança de valores na cultura empresarial.

As empresas não estão apenas pensando nos gastos que terão que enfrentar, mas sentem-se preocupadas com o futuro e com o que estas alterações podem causar para as próximas gerações.

Segundo Kraemer e Tinoco, a Contabilidade de Gestão Ambiental é muito importante para as empresas no que diz respeito à tomada de decisões. Pelo fato de contabilizar o que gastam no consumo de materiais e de energia e por avaliar a economia e receita nas atividades potenciais.

Afirmam Kramer e Tinoco apud FERREIRA, 2008, p. 152.

A contabilidade não vai resolver os problemas ambientais, mas face a sua capacidade de fornecer informações, pode alterar os vários autores sociais para a gravidade do problema vivenciado, ajudando desta forma na procura de soluções.

A empresa precisará dispor de um sistema de informações, para fornecer dados sobre a qualidade dos produtos comprados, consumidos, produzidos e desperdiçados e manter controle de todos os processos, para identificar possíveis falhas e proceder as correções.

- ATIVOS AMBIENTAIS

Os estoques dos insumos, peças, acessórios, utilizados no processo de eliminação ou redução dos níveis de poluição; os investimentos em máquinas, equipamentos, instalações, são denominados ativos ambientais, os quais são adquiridos e produzidos com intenção de amenizar os impactos causados ao meio ambiente.

Segundo Pereira apud FERREIRA, 2007, p. 323.

Ativos Ambientais incluem todos os recursos que visam preservar, proteger ou recuperar o meio natural, podendo-se falar de Imobilizado Corpóreo adquirido ou construído para reduzir, eliminar resíduos poluentes, de investimento em investigação e desenvolvimento de tecnologia, de novos produtos ou novos processos de produção menos poluentes, de matéras verdes, etc.

Ativos ambientais são os resultados econômicos que se espera ter no futuro, valores máximos objetivados nesse processo. Segundo Kraemer e Tinoco, são bens adquiridos pelas empresas e sua finalidade é o controle, preservação e recuperação do meio ambiente. Eles ocorrem nas empresas, quando estas se preocupam em reduzir, conservar e preservar o meio ambiente.

Os benefícios ocorrerão com o aumento da capacitação e melhora eficiente de outros ativos da empresa.