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Por: Kleber.Oliveira • 25/1/2018 • 4.532 Palavras (19 Páginas) • 282 Visualizações
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Valores são concepções coletivas do que é considerado bom, desejável, certo, bonito, gostoso ou ruim, indesejável, errado, feio e ruim em uma determinada cultura. Influenciam o comportamento das pessoas e servem como um critério para avaliar as ações de outros. Alguns valores encontrados na cultura brasileira atual estão o individualismo, o conforto material e a religiosidade.
Normas são crenças e valores em regras específicas para o comportamento, aquilo que pode e que não pode ser feito. Podem ser codificadas no direito ou ritualizadas nos costumes. As normas variam bastante em intensidade, indo desde as mais rigorosas que regulam o comportamento nas religiões, até aquelas que norteiam nossos hábitos cotidianos.
As sanções são as punições e recompensa que são utilizadas para fazer com que as normas sejam seguidas. Sanções formais são recompensas e punições oficiais e públicas. As sanções positivas como um aumento de salário, uma medalha de honra ao mérito, uma palavra de gratidão ou um sorriso como as sanções negativas, multas ameaças, prisão ou um olhar de desprezo são utilizados para fazer com que haja uma conformidade com as normas.
Símbolos são definidos como qualquer coisa que carrega um significado particular reconhecido pelas pessoas que compartilham uma determinada cultura. Um mesmo objeto pode simbolizar sentimentos diferentes em culturas diferentes.
O idioma é um elemento-chave da cultura. Considerando que outros animais se comunicam por sinais, os humanos se comunicam por meio de símbolos. Podem ser combinadas palavras de modos diferentes para carregar um número ilimitado de mensagens, não só abre aqui e agora, mas também sobre o passado e o futuro.
A tecnologia estabelece um parâmetro para a cultura e não só influencia como as pessoas trabalham, mas também como elas se socializam e pensam sobre o mundo. Para uma pessoa do mundo rural, uma cidade grande pode parecer fantástica como um parque de diversões para criança.
O grupo social, a sociedade, precede o indivíduo, sendo o ser humano um produto da interação social. Esta afirmação é uma visão dentro do campo da sociologia, não existindo nem aí uma concordância de todos os cientistas. Todas as pessoas nascem dentro de um grupo, e este dotará o indivíduo com os mesmos traços sociais dos outros membros e que o farão ser aceito dentro do grupo social a que pertence.
A socialização do indivíduo numa determinada sociedade permite que ele adquira uma personalidade própria, que o diferenciará dos demais e ao mesmo tempo o identificará com o seu grupo social. Cada homem é socializado de tal modo que sua personalidade é ao mesmo tempo muito parecida com a dos outros em sua sociedade e em outro sentido possui diferenças que a tornam única.
O processo de socialização é um processo profundamente cultural, no sentido da definição de que cultura é tudo que é socialmente aprendido e partilhado pelos membros da sociedade, inclui conhecimento, crença, arte, moral, costume e outras capacidades e hábitos adquiridos pelos indivíduos. Podemos identificar os principais agentes de socialização: a família, a escola, os grupos “status”, os meios de comunicação de massa e os grupos de referência.
A família é o principal agente de socialização, é o agente básico mais importante no qual o indivíduo é influenciado ao nascer, e mantem essa influência durante parte de sua vida. A escola transmite às crianças a experiência de lidar com uma grande organização, onde as relações sociais são diferentes daquelas encontradas no núcleo familiar. Os grupos de “status” aumentam sua importância para o processo de socialização com o avanço da idade do indivíduo. Os meios de comunicação em massa, a televisão em particular, são relativamente novos agentes de socialização. Os grupos de referência são utilizados como modelos de comportamento e de atitudes ao longo de toda a vida do indivíduo e podem ter papel positivo ou negativo.
A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO
O filme se passa nos anos 70, época em que os operários faziam um trabalho pesado nas fábricas, que não lhes dava satisfação e nem mesmo sabiam, muitas vezes, o objetivo do seu trabalho. Conta a história de um operário, Lulu Massa, que é consumido pelo capitalismo e tem no seu trabalho toda a sua vida. Ele é um operário modelo, ultrapassando todas as cotas estipuladas pela empresa e assim não sendo muito bem visto pelos companheiros de trabalho. Porém um acidente de trabalho acontece e Lulu perde um dedo. A partir disso Lulu começa a encarar o trabalho de forma diferente, vendo nele próprio um escravo dessa exploração e começa a confrontar seus superiores. Dois movimentos (sindicatos e estudantes) brigavam pelos direitos dos trabalhadores. Os sindicatos buscando a negociação e os estudantes buscando uma revolução. Lulu Massa toma então o lado dos estudantes e contestam as cotas (metas) de produção que gera tanta competitividade e hostilidade entre os trabalhadores da fábrica. Porém, após uma greve, Lulu é demitido. Ele leva para sua casa os amigos revolucionários, o que leva a sua mulher a abandoná-lo. Ela discordava da visão comunista dos estudantes e mostra sua preferência pelo capitalismo ao falar que um dia teria um casaco de vison. Os estudantes com medo que ela chamasse a polícia, também foram embora. Ele então se revolta e percebe o quão controlado era pelo trabalho e pelo consumo, na maior parte de objetos sem valor real. Os sindicalistas então lhe dão a notícia que um acordo foi feito e que ele foi readmitido. Com a negociação, o sistema de metas é revisto e Lulu volta a se integrar com seus colegas de trabalho, agora já com uma visão não escravizada pelo capital. Os operários então sonham com um mundo em que o muro da escravidão pela fábrica e pelo capitalismo seria derrubado.
O filme mostra a divisão técnica do trabalho, que é diferente da divisão social do trabalho. A divisão social é uma característica da sociedade, onde cada indivíduo pertence a uma divisão na qual realiza um tipo de atividade. A divisão técnica do trabalho diminui a habilitação do trabalhador. O trabalhador fica alienado porque perde a habilidade de conhecimento de um todo e passa a não conhecer a produção completa do bem. Não há mais a qualificação e sim a especialização, onde muitas vezes ao trabalhador não é dado nem mesmo o direito de saber o que fabrica e para quê serve.
A perseguição do lucro econômico criado pelo capitalismo é mostrada quando a mulher de Massa o abandona por ser contra o movimento revolucionário e afirma que um dia teria
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