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Trabalho elaborado no curso de Administração John Nash - Uma Mente Brilhante

Por:   •  3/5/2018  •  2.582 Palavras (11 Páginas)  •  372 Visualizações

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De acordo com o Portal da Revista Exame (2015) Nash e sua esposa Alicia Lardé faleceram em um acidente automobilístico em 23 de maio de 2015. Nash tinha 86 anos e Alicia, 82. De acordo com Pavini (2015), Nash e a esposa voltavam de Oslo (Noruega), onde participaram de uma cerimônia em que Nash recebeu de Harald V, rei da Noruega, um prêmio da Academia Norueguesa de Ciências e Letras.

2.1 Uma Mente Brilhante

Segundo Machado (2007) o filme “Uma Mente Brilhante” conta a trajetória de John Nash, com grande foco para a doença que o assolou em grande parte de sua vida, a esquizofrenia. O autor afirma que o filme retrata os primeiros anos de Nash na universidade, sua falta de tato com as garotas e as intrigas com colegas, em busca de uma teoria inovadora, que o tornaria reconhecido nacionalmente. Inspirado no livro homônimo de Sylvia Nasar, teve seu roteiro adaptado por Akiva Goldsman, foi dirigido por Ron Howard e contava, em seu elenco, com os atores Russell Crowe, Ed Harris, Jenifer Connelly Paul Bettany.

Lopes (2015) afirma que a biografia feita por Sylvia, em 1998, não foi autorizada e, mesmo assim, recebeu um prêmio do National Book Critics Circle e chegou as finais do Prêmio Pulitzer.

O livro por outro lado, como afirma Vilar (2015), conseguiu a autorização de Nash e, de acordo com sua esposa, tem grande similaridade com sua vida. Ainda assim, segundo Mioto (2015), o grande sucesso do filme fez com que Nash passasse a ser questionado sobre várias questões polêmicas, deixando em segundo plano até mesmo o Prêmio Nobel, de 1994. Mioto afirma que Nash se sentia incomodado de ver que seus árduos estudos foram retratados no filme como insights momentâneos.

Nasar (2006, p. 13) descreve Nash como “gênio matemático, inventor da teoria comportamental racional, visionário da máquina pensante [...] bonito arrogante e bastante excêntrico”.

3. A TEORIA DOS JOGOS

Bontempo (1997) afirma que a Teoria dos Jogos foi reconhecida como uma ferramenta de aplicação econômica em 1944, com a publicação do livro “Theory of Games and Economic Behavior” de autoria de John von Neumann e Oskar Morgenstern. De acordo com a autores, Neumann e Morgenstern eram cientistas e que Neumann, inicialmente, aplicou suas teorias aos jogos de estratégia, como xadrez e dama e Morgenstern contribuiu com uma visão econômica.

Souza (2003) define Teoria dos Jogos como uma ferramenta com o objetivo de buscar respostas para diversas situações, transformando-as em jogos, sem se limitar a alguma área de conhecimento, tratando de entender a lógica por trás do processo de tomada de decisão, utilizando o raciocínio lógico para analisar conflitos de interesse e tendências de decisões que aumentem o ganho individual.

Segundo Monteiro (2006), essa teoria tem sido utilizada não apenas para buscar soluções para problemas econômicos, mas também os de origem política ou social, sendo empregadas em relações internacionais, formações de estratégias para guerras ou para questões diplomáticas, bem como em negociações públicas e privadas, nos três âmbitos citados anteriormente.

De acordo com Ávila (2006) o que contribuiu muito para que a Teoria dos Jogos pudesse ser utilizada de uma forma estratégica foram justamente os estudos de Nash, publicados entre os anos de 1950 e 1951, onde conseguiu definir soluções para jogos com vários agentes, criando o chamado Equilíbrio de Nash.

Almeida (2002) elenca oito conceitos básicos para resolução de problemas a partir da Teoria dos Jogos:

- Da Utilidade: afirma que o objetivo de cada agente é ter maior ganho com suas decisões, sendo então a utilidade à sensação de preferência, em relação a resultado.

- Da Presunção de Racionalidade: Define o jogador racional como aquele que age visando a maior utilidade possível.

- Dos Jogos de Estratégia Pura e Mista: Os de estratégia pura são aqueles jogos em que os agentes não baseiam-se em fatos aleatórios e mista quando os agente agem utilizando a aleatoriedade, por ter conhecimento probabilísticos.

- Dos Jogos de Estratégia Dominante e Dominada: A estratégia é dominante quando é, sem dúvidas, a melhor escolha para o jogador, levando-se em conta as estratégias do adversário, e dominada quando não se sobressai a outras estratégias. Quando essa for pior que todas as outras estratégias, chama-se “estritamente dominada”.

- Dos Jogos de Forma Extensiva e Normal: Os jogos normais consistem em três elementos – jogadores, estratégias e utilidade de cada jogador-, sendo representadas por matrizes, com todas as estratégias e resultados possíveis, utilizado para jogos com uma escolha única e simultânea, onde não há como saber a escolha do adversário. Já os de forma extensiva possuem cinco elementos – os jogadores, as estratégias, as informações de jogadas anteriores, o momento de agir e a utilidade de cada jogada -, sendo representada em uma árvore de estratégias, onde a ação de um leva a uma jogada diferente de outro.

- Dos Jogos de Soma Zero e Soma Não-zero: Os de soma zero acontecem quando os objetivos dos agentes são completamente opostos, onde o ganho de um leva automaticamente à derrota do outro. Já os de soma não-zero, que segundo o autor é uma representação mais fiel dos jogos reais, os agentes tem interesses comuns e contrários, onde é possível que haja cooperação e comunicação, para chegar a um resultado satisfatório para ambos.

- Dos Jogos de Informação Perfeita e Imperfeita e a Assimetria de Informação: Diz-se que o jogo é de informação perfeita, quando os jogadores tem acesso a todas as informações pertinentes até aquele momento. Já o de informações imperfeitas, quando essas não existem ou estão incompletas, o que pode levar a assimetria de informações, ou seja, um jogador, se utilizando de formas lícitas ou não, pode ter acesso às informações que o outro não teve a chance.

- Do Princípio Minimax e Equilíbrio de Nash: O autor afirma que jogos de soma zero, com informação perfeita, sempre terá um ponto minimax, onde um agente nunca ganhará menos que um “X” mínimo e outro nunca terá ganho maior que um “Y” máximo, o que acabará levando a um equilíbrio de resultados. Já Nash, em sua busca pelo equilíbrio, diz que deve haver cooperação, mas não bilateral, ou seja, o resultado combinatório das estratégias adversárias, dará informações para que o jogador tome sua decisão, visando responder da melhor forma possível a cada possível escolha adversária.

Tavares (1995) apud

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