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Trabalho Conclusão Curso

Por:   •  10/1/2018  •  4.235 Palavras (17 Páginas)  •  521 Visualizações

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As condições sanitárias precárias facilitam as diarréias de origem infecciosa, são causadas por diferentes agentes, já citados, que proporcionam sintomas semelhantes e não demonstram características específicas.

Uma das principal causa da diarréia é a Colibacilose, em termos de mortalidade. O agente é a bactéria E.coli,e afeta, principalmente, os bezerros nas três primeiras semanas de vida. Manifesta-se como uma diarréia de cor branca, de cheiro desagradável, o animal torna-se apático; há perda de apetite, emagrecimento progressivo e, em alguns casos leva morte (DRUMOND, 1999).

Forma septicêmica: quando a bactéria chega à corrente sangüínea, ela age rapidamente. Os animais que não receberam o colostro em quantidade suficiente ficam mais vulneráveis a bactéria em seu organismo. É freqüente o animal aparecer morto, sem ter apresentado nenhum sinal clínico (DRUMOND, 1999).

Forma enterotoxêmica: a proliferação de E.coli e muito rápida na parte média e posterior do intestino e é observada em casos individuais. A apresentação da doença é de caráter súbito, com colapsos (DRUMOND, 1999).

Forma entérica: é mais conhecida como "curso branco". A desidratação é variável, sendo as fezes bem liquidas, com um mau cheiro, contendo fragmentos de leite coagulado, evidenciando uma digestão deficiente. Os bezerros afetados que não morrem ainda permanecem doentes por algum tempo (DRUMOND, 1999).

Essas doenças destacam-se aquelas que envolvem o sistema digestório, pois os bezerros apresentam em seu intestino diversos microorganismos em equilíbrio, contudo quando fatores como falhas na transferência de imunidade, promovem um desarranjo nesta micro biota, tornando esses animais susceptíveis à ação de enteropatógenos bacterianos, virais e protozoários que atuam sozinhos ou em associações, promovendo principalmente diarréia(DRUMOND, 1999).

O impacto econômico da diarréia é grande e esta sendo um dos assuntos mais discutidos pelos agricultores, pois acarreta perdas relacionadas com gastos com tratamento, queda dos índices de produtividade e morte dos animais infectados. Inúmeras queixas, tanto dos pecuaristas, quanto dos Médicos Veterinários de campo, são relacionadas com o diagnóstico, tratamento, controle e prevenção desta enfermidade (DRUMOND, 1999).

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REVISÃO DE LITERATURA

A diarréia nos bezerros é considerada uma síndrome, pois é decorrente da interação entre alguns fatores como a imunidade, o ambiente, a nutrição e a infecção por enteropatógenos. Pode também possuir origem “não Infecciosa”, sendo neste caso, os erros de manejo alimentar e higiênico este relacionado com a grande perda de bezerros. (BENESI, 1999).

O tipo de manejo do rebanho no país estimula que os prejuízos econômicos sejam grandes, incluindo custos com medicação, mão de obra, pagamento de uma pessoa especializada, além de diminuir a quantidade de bezerros e aumentando os prejuízos (MOTA , 2000).

O índice de mortalidade provocado pelas diarréias é maior em bovinos de leite, em virtude do sistema de criação, principalmente o intensivo, que aumenta a concentração de animais e, conseqüentemente, maior risco de contaminação dos patógenos (BRUNING-FANN & KANEENE, 1992).

Descreveram que os bezerros de leite desenvolveram diarréia do nascimento ao desmame, com a mortalidade podendo atingir 10% nos primeiros 14 dias e 5% dos 15 aos 90 dias (VIRTALA,1996).

Observaram taxas de morbidade e letalidade respectivamente, em bezerros leiteiros com diarréia de até 3 meses de idade, sendo o pico de incidência entre a primeira e segunda semana de vida.

As perdas causadas pela diarréia podem atingir diretamente na quantidade e qualidade dos bezerros desmamados (ZARZOSO &MARGUERITTE, 2001), pois segundo LIBERAL (1989) e MAGALHÃES et al. (1991) os bezerros que sobrevivem à salmonelose ou à colibacilose não apresentam o mesmo desenvolvimento quando comparados àqueles que se mantiveram imune a estas doenças. O diagnóstico etiológico precoce é muito importante, visando à adoção de medidas preventivas que evitem prejuízos econômicos que venha ser significativo.

Explica-se a patogênese das diarréias com 5 mecanismos principais: diminuição ou dano na superfície absortiva (má-absorção), aumento do número de partículas osmoticamente ativas dentro do rúmen intestinal aumento da secreção de solutos e água, anormalidades no trânsito intestinal (SMITH, 1996).

Vários fatores podem contribuir para a ocorrência e gravidade da diarréia em bezerros de corte criados extensivamente, como a idade e o estado nutricional das vacas antes e após o parto, transferência passiva de imunoglobulinas, na época do parto, carga infectante dos microorganismos e condições climáticas (CLEMENT ,1995).

No Brasil ocorre uma grande falha de transferência de imunidade passiva, na maioria das vezes provocada pela menor habilidade materna, bem como a baixa produção no gado de corte das novilhas, propiciam o aumento da ocorrência de diarréia em bezerros de corte, sendo estes os principais fatores que responsabiliza por perdas econômicas em rebanhos (MOTA, 2000).

Apesar da diarréia ser uma das principais enfermidades que afetam a pecuária bovina de corte, poucos são os estudos que enfocam essa doença em bezerros (SALVADORI , 2003).

1.1 ESCHERICHIA COLI

A Escherichia coli é um dos mais importantes agentes etiológicos isolados de bezerros (AVILA ,1988a) e representa causa de mortalidade bezerros de corte (REBHUN, 1995). Pertence à micro biota normal do trato gastrointestinal dos animais domésticos, com maiores concentrações no intestino grosso (MERRITT, 1980). Em bezerros de corte, a morbidade da enfermidade pode variar de 10 a 50% em rebanhos não vacinados (HAGGARD, 1985). Contudo segundo AVILA et al. (1988a) a morbidade e a mortalidade da colibacilose em bezerros podem alcançar taxas de 80 e 20% respectivamente.

O primeiro passo que deve ser feito na patogenicidade é a adesão das fímbrias a receptores (espécie) encontrados nas micro vilosidades do intestino delgado, principalmente do jejum (AL-MAJALI, 2000), contudo sem provocar alterações morfológicas (NAGY & FEKETE, 2005). O fator seguinte à adesão bacteriana proporciona o aumento da produção de STA no intestino. A STA é um peptídeo não imunogênico de baixo peso molecular (1500 Da) que estimula o sistema Adenil-ciclase (AMP), levando a

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