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Texto: sem os Klein, Viavarejo ganha nova roupagem com Ramatis no comando.

Por:   •  31/1/2018  •  3.695 Palavras (15 Páginas)  •  535 Visualizações

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Manter o padrão de qualidade e o controle absoluto de todo o processo de logística são premissas para a empresa. A venda não termina quando o cliente deixa a loja, portanto, é fundamental que se tenha o controle de todo o procedimento de entrega para que ele seja perfeito. A empresa mantém sob sua administração todo o sistema de logística, através de caminhões próprios e grandes centros de distribuições, alegando que os custos são compensados com a fidelização dos clientes.

Um fator importantíssimo é no que diz respeito à política de crédito, como a empresa gerencia o fornecimento de crédito aos seus clientes, ela tornou-se expert em administrá-lo, tendo as mais baixas taxas de inadimplência deste mercado.

A empresa não tem a intenção de profissionalizar a administração, que segundo seu fundador já está com a sucessão definida, fruto de uma tradição judaica, com o seu filho mais velho assumindo as operações.

O público alvo das Casas Bahia são consumidores de baixa renda que não conseguem comprová-la.

Tudo dentro da empresa é controlado pelo fundador e seus dois filhos, tendo uma gestão centralizadora, qualquer negociação passa pelos Klein.

Apesar de uma gestão familiar ultrapassada, a Casas Bahia é hoje modelo mundial de vendas a varejo no mercado de baixa renda. E enfrentará a partir de agora alguns desafios para que consiga se perpetuar no mercado que já desapareceu com grandes lojas ao longo da história, além de não poder perder o seu foco principal que é vender para a população de baixa renda.

Toda a gestão da empresa é feita em tempo real por meio de um programa desenvolvido especialmente pelas Casas Bahia para monitoramento de vendas, faturamento, produtos, reposição de mercadorias, controle de entregas, entre outras atividades. Além disso, uma nova tecnologia está sendo implantada na rede, o RFID, código eletrônico de produtos por meio de etiquetas inteligentes que trará melhorias significativas nos processos da empresa.

O estilo de gestão das Casas Bahia é familiar, ou seja, centralizada, mas mesmo sendo familiar não deixa de crescer, pode ser que este processo seja mais lento que outras empresas que permitam a profissionalização da gestão.

Segundo Taylor, a gestão centralizada é quando as decisões devem ser tomadas pelos administradores, nos níveis organizacionais mais elevados, pois estes estariam mais preparados para decidir. (Koetz e Santana, 2009, p. 26.)

O foco é o mercado de baixa renda, que impulsiona e sustenta o crescimento das Casas Bahia, além de uma estrutura enxuta. Outro fator importante é a venda comissionada, pois os atendentes têm a obrigação de encantar os clientes, tornando-os fiéis à organização, o que representa uma melhor remuneração no final do mês. Como também, prazos de entrega moderadamente curtos.

Coloco como fator de sucesso, o domínio que o fundador tem da empresa, apesar de ser totalmente centralizada, ela têm trazido grandes oportunidades para a organização, já que é de domínio público que Samuel Klein é duro nas negociações com os fornecedores.

Depois de todos os artigos lidos, posso dizer que acredito que a abordagem teórica que se encaixa com o estilo de gestão das Casas Bahia é a Abordagem Organizacional ou Neoclássica.

A abordagem neoclássica “é uma designação elástica, que abrange diversas contribuições distintas, que acabaram por convergir para o conceito de que a administração é um processo. Esse conceito permite classificar outros conceitos e técnicas dentro das funções – planejamento, organização e assim por diante. É uma idéia simples, mas poderosa, que permite à administração estudar a administração de forma lógica [...]” (MAXIMIANO, 2004a, p.72).(Teorias AdministraçãoII, p. 28)

Em dezembro de 2009, foi anunciada a fusão do Pão de Açúcar, comandado pelo empresário Abilio Diniz, com as Casas Bahia, de Michael Klein, foi um golpe de mestre na consolidação do varejo nacional. Em uma só tacada, Diniz se unia a um de seus rivais e criava uma empresa de faturamento de R$ 40 bilhões, 137 mil empregos e 1.807 lojas. Mas quatro meses depois a família Klein ameaçava cancelar a união, alegando que havia sido prejudicada no acordo. Foi necessária uma nova e longa rodada de negociações, na qual o Pão de Açúcar teve de fazer uma nova capitalização entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões, para que a união desse certo.

Michael Klein junto com seu pai Samuel Klein principais acionistas das Casas Bahias querem rever o acordo com o Grupo Pão Açúcar, devido às incoerências no contrato por sua parte, não descarta a possibilidade de ir à justiça para garantir o equilíbrio da fusão. Michael alega que a Casa Bahia será prejudicada no mesmo, pois o Grupo estará com a melhor “fatia do bolo”, tendo a melhor parte das ações (51%) e a autonomia da nova empresa, assim Michael Klein teria a presidência, mas não a autonomia para tomar decisões tendo que se submeter ao Grupo Pão de Açúcar todas as vezes que quiserem tomar algumas decisões.

A família Klein alega que os ativos foram subavaliados em um valor estimado de dois milhões, querem definir melhor as formas de vendas de suas ações não precisando esperar os prazos anteriormente definidos. Na qual a família fica impedida de vender as ações da nova empresa Globex pelo período de um ano, com o passar do tempo seria liberado uma porcentagem, assim apenas em 2016 poderia vender os 49% das ações.

A questão levantada pela família é que eles querem se desfazer de uma parcela maior das ações em um curto prazo, assim seria convencional refazer o acordo.

Até o presente momento o Grupo Pão de Açúcar esta disposto a uma nova negociação. A compra do controle da Casas Bahia transformou o Grupo na quinta maior empresa do país, com R$ 40 bilhões de faturamento.

Segundo os analistas, enquanto houver incertezas quanto a realização do negócio, os papeis do Pão de açúcar seguirão em queda, desvalorizando assim a companhia.

Numa segunda-feira, sem avisar os novos controladores do Pão de Açúcar, o grupo francês Casino, os Klein fizeram o que estavam prometendo, enviaram uma notificação para Enéas Pestana, presidente do grupo. Na carta, Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, e seu filho Michael ameaçavam o Pão de Açúcar com um processo arbitral por conta de “erros e inconsistências relevantes capazes de alterar a equação que definiu a relação de troca entre as ações da Nova Casas Bahia e as da Globex.” Os problemas, segundo o documento,

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