TRabalho Individual semestre adminsitração unopar
Por: Hugo.bassi • 11/2/2018 • 6.968 Palavras (28 Páginas) • 515 Visualizações
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Em 1952 a Bolívia vivia uma situação social muito complicada, com disputas politicas violentas e uma revolução em curso. Klein recordou-se de uma tia que vivia no Rio de Janeiro. Com a mulher e o filho embarcou no primeiro avião de La Paz para então capital brasileira. Em menos de dois meses conseguiu autorização para viver no Brasil. Estabeleceu-se em São Caetano do Sul, na grande São Paulo com a família. Foi quando começou a trabalhar como comerciante. Tornou-se mascate, vendendo roupas de cama, mesa e banho de porta em porta, com uma charrete. E assim deu-se inicio a história das Casas Bahia.
Samuel Klein é um homem vitorioso e um empresário de sucesso. Com tudo isso e talvez por isso nunca perder sua simplicidade. O maior comerciante do país é um sujeito simples no falar e no trajar. A arte de negociar, se relacionar. Vender e comprar, acreditar, lutar e saber esperar por melhores oportunidades, fez a diferença para sobreviver, vencer e hoje ser dono do “Império Casas Bahia”.
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História Casas Bahia
Em 1952, quando Samuel Klein chegou ao Brasil, Juscelino Kubitschek tinha autorizado às automobilísticas multinacionais a instalarem em São Paulo suas montadoras e, para isso, precisavam de mão de obra. Como essa mão de obra da garoa e suas baixas temperaturas. Foi ai que Samuel enxergou um grande negocio: vender cobertores a essa população de baixa renda.
Com a família foi se estabelecer em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Iniciou então sua fascinante carreira de comerciante. Experiência de vida e vontade de vencer não lhe faltava, comprou uma charrete e, com a ajuda de um conhecido, começou a formar sua primeira rede de clientes vendendo, de porta em porta, roupas de cama, mesa e banho. Sua esposa, Ana, cuidava da contabilidade do negocio. Quando alguém dizia que não tinha condições de pagar Klein oferecia algumas facilidades: ficar com o produto e pagar em prestações, tudo no crediário. Já nesta época, comprava por 100 para vender por 200 e em seis ou oito prestações. Cada cliente tinha um cartão com o nome, endereço, o que comprou e em quantas vezes iria fazer o pagamento. Os primeiros anos foram duros, mas como nada resiste ao trabalho, pouco a pouco as coisas iam melhorando. Cinco anos depois, em 1957, Samuel comprou a primeira loja, no centro de São Caetano, que chamou de “Casa Bahia” em homenagem aos imigrantes nordestinos que haviam se mudado para a região em busca de trabalho. Eram eles os principais clientes de Klein. Aumentou a variedade de produtos e começou a trabalhar com moveis, colchoes, entre outros itens. A clientela não demorou a frequentar a loja para pagar suas prestações e adquirir novas mercadorias, era o inicio de um império que foi cada vez mais clientes e mercados. As lojas seguintes foram abertas na região do ABC paulista nas cidades de Santo André e Mauá.
[pic 15]Em 1970 adquiriu o controle acionário de uma financeira, a Intervest com o objetivo das lojas e dar impulso a abertura de novas filiais. No mesmo ano, abriu a primeira loja em São Paulo, no bairro de Pinheiros. Os filhos Michael e Saul Klein começaram a trabalhar na sede da empresa na década de 80, período em que foi inaugurada a 100ª loja. Sempre a frente dos negócios, Samuel comandou a expansão em ritmo acelerado, com a abertura de novas filiais nos estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, todas na década de 90. Mais recentemente, no ano 2000, a rede também chegou a Goiás e ao Distrito Federal. Em 2003 a Casas Bahia entrou no Rio Grande do Sul, chegando a 14 milhões de clientes e mais de 400 lojas.
A Casa Bahia não segue tendências e modismos, ao contrario, segue ate hoje a cartilha de seu fundador. A maior sabedoria de Samuel foi além de enxergar as necessidades do mercado, passar adiante seus ensinamentos para os membros da família Klein e todos os envolvidos na gestão da empresa. Na Casas Bahia, o slogan “Dedicação Total a Você” se aplica aos dois lados da moeda: clientes e colaboradores. Considerado como um “pai” pelos seus colaboradores, a quem chama de “filhos”, Samuel é tido como um exemplo a ser seguido. Outro lema da rede e dar oportunidades de crescimento para quem realmente tem vontade de crescer profissionalmente. Se há uma empresa especialista em lidar com as classes C e D no Brasil, essa é sem duvidas a Casas Bahia. A habilidade para entender as necessidades emocionais e os hábitos de compra dos clientes de baixa renda resultou em um modelo de negócios único no que diz respeito ao varejo. Enquanto os concorrentes perseguiam os clientes das classes A e B, Klein abria as portas para a periferia do mercado de consumo. O fracasso de seus antigos concorrentes explica, e muito, o sucesso de Klein. Eles investiam em lojas sofisticadas. Klein montava pontos de venda privados de luxo. Eles ofereciam larga variedade de produtos, com ênfase nos top de linha. Nas Casas Bahia prevalece às mercadorias simples, familiares a seu tipo de publico. Pelos corredores das lojas caminham jovens recém-casados trabalhadores sem carteira assinada e donas de casa sem renda própria.
O segredo de lidar com todas as camadas sociais, com foco nas classes populares, se traduzem em números bastante significativos. Consegue seu lucro cobrando juros sobre as vendas em inúmeras parcelas, de maneira a tornar acessível à aquisição de produtos pelas classes mais humildes, que não tem como pagar à vista. Abrir um crediário nas Casas Bahia é simples. Basta apresentar um documento, comprovante de residência e, o mais importante o nome limpo. Carteira de trabalho assinada e contracheque não são obrigatórios. Na falta de um comprovante de endereço, o analista de credito da loja procura localizar um vizinho que tenha telefone. Liga, conversa com o amigo do freguês, confirma o endereço e abre mais um acesso a um futuro consumidor. Tudo tem que ser simples na negociação e aprovação do credito. Nos gestos, na fala, no aperto de mãos e, se necessário, no abraço.
O vigor aparentemente inesgotável das Casas Bahia é atribuído a um modelo de gestão sofisticado por três pilares: enorme poder de compra, gestão financeira impecável e publicidade massiva e permanente. Ninguém no Brasil investe tanto em publicidade. Ate nos lugares aonde a rede não chegou, como em alguns pontos do Nordeste, existe comercial empresarial, o que acaba se tornando um eficiente meio de preparar uma possível chegada. É difícil encontrar alguém que não conheça qualquer campanha comercial promovida pela rede. A propaganda la vive a sua essência: ou vende ou muda.
Ate 2010, a meta da empresa era ter uma loja Casas Bahia em
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