Siria e imigração na administração
Por: Lidieisa • 12/9/2018 • 10.286 Palavras (42 Páginas) • 262 Visualizações
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Exércitos gregos e macedônios, sob comando de Alexandre a grande, subjugaram os persas em 333 a. C. A partir de 64 a.C. os romanos conquistaram a Síria. No séc. VII os árabes muçulmanos invadiram a Síria e fizeram de Damasco a capital. Cruzados cristãos, porém, controlaram algumas áreas entre os séculos XII e XIV. Em 1516 o território foi conquistado pelos turcos.
Em fins do séc. VI os exploradores europeus descobriram rotas marítimas pera Índia, a posição da Síria como centro de comércio declinou e o império otomano caiu no século XVIII. Por volta de 1990, iniciou-se o movimento de independência. Durante a Primeira Guerra Mundial, os sírios e outros árabes ajudaram o Reino Unido a lutar contra o império otomano, em troca de apoio à independência. Com o fim da guerra, a Liga das Nações dividiu a grande síria em quarto regiões: Síria, Líbano, Palestina e Trasnjordânia. Por mandato a França passou a dirigir a Síria. O país conseguiu sua independência em 1946. Muitos sírios queriam reunificar a grande síria. No ano seguinte a ONU, partilhou a Palestina em estado Judeu (Israel) e um estado Árabe.
Em 1949, oficiais do exército depuseram o governo, que culparam por não tentar impedir a divisão da Palestina. Em 1960, o Partido Socialista Árabe chegou ao poder. Em 1971, Hafez al-Assad, líder do partido, tornou-se presidente da Síria. Foi reeleito em 1971,1978,1985,1991.
Em 10 de junho de 2000 Hafez faleceu. Para que o filho de Hafez, Bashar al -Assad, pudesse assumir o cargo de presidente da Síria reduziram a idade mínima de 40 para 34 anos. A família de Bashar Al - Assad está no poder a 46 anos. Quando chegou ao poder em 2000 após a morte de seu pai, que governou a Síria por 30 anos, Bashar Al Assad inspirou esperanças de que poderia modernizar o país.
Na economia, fez algumas reformas de desregulação e diversificação que ajudaram a garantir estabilidade, inflação controlada e crescimento robusto (média de 4,4% entre 2000 e 2009). Mas a pobreza voltou a subir na segunda metade da década, o nível de emprego não acompanhou o crescimento da população e a abertura política seguiu apenas como uma promessa – sem falar na corrupção. Os números do relatório do FMI são chocantes: há estimativas de mais de meio milhão de mortos, e a expectativa de vida caiu 20 anos, de 76 anos para 56.
O órgão da ONU para refugiados contabiliza desemprego em 60%, dois terços dos habitantes na extrema pobreza, 7,6 milhões deslocados internamente e mais de 5 milhões fugidos apenas para 4 países vizinhos. Já a economia vive uma combinação desastrosa de escassez de produtos, moeda depreciada, inflação galopante, sanções, fuga de capital e mão de obra e o colapso dos setores agrícola e de petróleo.
A bandeira atual foi adotada pela primeira vez em 1958 para representar a Síria como parte da República Árabe Unida e foi usado até 1961. Foi retomado em 1980. A faixa vermelha: Representa o esforço e o sacrifício pela liberdade, a faixa branca representa a Paz e a faixa preta representa o passado de repressão.
- Geografia
A Síria é um país do Oriente Médio, no sudoeste da Ásia, com área de 185.180 km² e 17 659 408 habitantes (estimativa em 2017). A capital é Damasco, uma das cidades mais antigas dom mundo. Localizada na extremidade leste do mar Mediterrâneo, a Síria faz fronteira com Turquia, Iraque, Jordânia, Israel e Líbano. Síria e Israel discordam sobre os limites de sua fronteira comum.
Uma planície estreita segue ao longo da costa oeste da Síria. Há montanhas a leste da planície e no Sudoeste. A leste das montanhas fica o deserto da Síria, que é coberto por rochas e cascalho, não por areia. Os principais rios do país são o Orontes e o Eufrates. A maior parte da Síria tem clima seco, com invernos frios e verões muito quentes. A costa é mais chuvosa e tem temperaturas mais amenas.
A maioria da população da Síria é árabe. Uma minoria é formada por beduínos, um povo árabe que pastoreia animais nos desertos do Oriente Médio. Depois dos árabes, o segundo maior grupo é o dos curdos. O país também tem um pequeno número de armênios, turcos e outras nacionalidades. O árabe é o idioma principal. A maioria da população vive perto da costa ou no vale do rio Eufrates. A maioria dos sírios é muçulmana, e há uma minoria cristã. Alguns sírios são drusos, ou seja, seguem uma religião que tem elementos islâmicos, cristãos, judaicos e de outras crenças.
O governo controla a economia da Síria, cujas atividades principais são a agricultura, a mineração e a indústria. A Síria é rica em petróleo, que é seu principal produto de exportação. O Produto Interno Bruto (PIB) da Síria despencou 57% em termos reais desde 2010, de acordo com um relatório recente do Fundo Monetário Internacional (FMI). O país é hoje efetivamente uma série de territórios autônomos; o governo controla as áreas mais povoadas (como Damasco), mas o Estado Islâmico tem cidades importantes, como Raqqah boa parte do país é árida e não habitada.
A Síria assinou a Convenção de Armas Químicas, que proíbe o uso do armamento, depois de uma ameaça de intervenção internacional. Os EUA e outros países ocidentais, como França, discutiram a possível ação militar após o uso de armas químicas em um ataque em Ghouta, subúrbio de Damasco.
Após um acordo entre EUA e Rússia, o governo de Assad se comprometeu- para evitar a intervenção internacional – a assinar o tratado e permitir que o arsenal químico fosse destruído.
Imagem 1 - Exportações (bilhões $)
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Fonte: CIA World Factbook
2 PRIMAVERA ÁRABE
A Primavera Árabe não se trata de um evento, de algo breve ou de uma estação do ano, trata-se de um período de transformações históricas nos rumos da política mundial. Entende-se por Primavera Árabe a onda de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte do continente africano em que a população foi às ruas para derrubar ditadores ou reivindicar melhores condições sociais de vida.
Tudo começou em dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali. Em seguida, a onda de protestos se arrastou para outros países. No total, entre países que passaram e que ainda estão passando por suas revoluções, somam-se à Tunísia: Líbia, Egito, Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein, Síria, Jordânia e Omã.
Entre os protestos que chamaram mais atenção
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