SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Por: Carolina234 • 3/6/2018 • 3.297 Palavras (14 Páginas) • 329 Visualizações
...
produção verificou-se a resistência dos trabalhadores na linha de montagem. A monotonia e a alienação do trabalho refletiu- se nos desperdícios que elevavam os custos da produção.
Na tentativa de solução, as empresas buscavam melhores condições de exploração das oportunidades organizacionais e tecnológicas dos novos modos de “produção flexível.”
Houve então a internacionalização da produção que buscava mão-de-obra barata, e foi transferência das indústrias instaladas nos grandes centros para regiões onde o movimento operário era menos organizado.
Diante dessas mudanças na economia, a partir dos anos 80, instala-se uma crise fiscal e surgem as dificuldades de governabilidade para muitos Estados Nacionais que veem-se obrigados a promover o rebaixamento de seus padrões e condições de trabalho, pra garantir a permanência de muitas indústrias em seu território.
Na economia internacional, houve o choque do petróleo e a elevação das taxas de juros na primeira metade dos anos de 1970, aprofundando a tendência à queda da taxa de lucros das empresas.
Surgindo assim a necessidade da descentralização da economia, transferindo atribuições que antes eram do Estado para os municípios, trazendo para o governo local os impactos do desenvolvimento econômico e social.
Políticas brasileiras para o desenvolvimento local
O Instituto Cidadania convocou e coordenou um amplo programa de discussões, seminários, entrevistas, estudos, pesquisas e produção de textos com vistas a propor ao Brasil uma inovadora Política Nacional de Apoio ao Desenvolvimento Local, (2006).
Sendo considerado um grande desafio, pois, além do apoio financeiro, seriam necessários apoio tecnológico, apoio institucional, sistemas locais de informação e de comunicação e programas de capacitação e geração de emprego e renda, além de programas ambientais.
É imprescindível que o poder público busque implementar políticas abrangentes para o desenvolvimento nacional, valorizando o conjunto de ações que brotam da própria iniciativa local, definindo mecanismos para estimulá-la, ou ainda para reduzir os entraves que a bloqueiam.
Cabe ressaltar que as experiências de desenvolvimento local bem estruturada têm como característica central o fato de se apoiarem quase sempre em parcerias. Portanto, não se trata apenas de iniciativas pontuais, mas de organizações plurais que se articulam para dinamizar uma região, envolvendo diversos atores.
As parcerias permitem que modalidades distintas de iniciativas isoladas se tornem coerentes e complementares, em vez de fragmentadas e dispersas.
Outro aspecto relacionado ao desenvolvimento local é que ele implica em articulação entre diversos atores e esferas de poder, seja a sociedade civil, as organizações não governamentais, as instituições privadas e políticas e o próprio governo. Cada um dos atores tem seu papel para contribuir com o desenvolvimento local (BUARQUE, 1999).
A partir dessa visão geral, o programa de estudos realizado, Plano de desenvolvimento Local (2006), concluiu que os entraves ao desenvolvimento local e as propostas correspondentes para superá-los podem ser agrupados em oito eixos distintos:
1 – Financiamento e comercialização: Aumentar o volume de crédito através de regulamentação das políticas de crédito das instituições financeiras.
Articular uma política integrada de apoio aos tomadores de crédito nas comunidades carentes. Assegurar mecanismos de incentivo às agências que privilegiem investimentos produtivos locais.
Agilizar e flexibilizar a abertura de cooperativas de crédito, promovendo a formação de agências locais de garantia de crédito e oferecer co-financiamento aos municípios interessados em lançar projetos de desenvolvimento local, potencializando os recursos do governo.
Facilitar o financiamento a organizações da sociedade civil que atuem na prestação de serviços sociais e ambientais.
2 – Tecnologia: Organizar e criar núcleos tecnológicos nos municípios favorecendo o desenvolvimento de tecnologias vinculadas às necessidades específicas naquele território.
Valorizar as inovações tecnológicas mais significativas que surgem no plano nacional e internacional, assegurando uma formação básica em tecnologias sociais e promovendo capacitação em tecnologias sociais e gestão de desenvolvimento local.
3 - Desenvolvimento Institucional: Instituir, no nível do Governo Federal, uma instância de coordenação e articulação da Política Nacional de Apoio ao Desenvolvimento Local, capaz de mapear e organizar, segundo diretrizes dessa política, as diferentes iniciativas e programas executados pelos diferentes setores e agentes do governo, e organizar o apoio articulado às iniciativas de desenvolvimento local.
Apoio técnico e financeiro para a formação de agências locais e regionais de desenvolvimento, e formalizar instituições de apoio ao desenvolvimento local. Promover a articulação das políticas empresariais de responsabilidade social e ambiental com as necessidades do desenvolvimento local sustentável.
Estimular a formação de parcerias entre as administrações públicas locais, organizações da sociedade civil, empresas e instituições científicas locais ou regionais, buscando aproveitar e capitalizar os conhecimentos e capacidades de apoio diversificado desses atores.
4 – Informação: Implantar metodologia de balanços anuais de qualidade de vida municipal com a inclusão de estudos sobre a própria localidade nos currículos escolares, visando a formar uma geração de jovens que conheçam a sua região, os seus potenciais e as suas necessidades. Incentivar, a produção científica sobre a realidade local.
Organizar um núcleo de informações municipais autônomo, através de parcerias com instituições afins, desenvolvendo metodologia de avaliação da produtividade sistêmica do território municipal.
5 – Comunicação: Apoiar a constituição de emissoras locais, promover a generalização da conectividade internet, assegurando o acesso e a participação como direitos básicos da população.
Fomentar a criação de uma agência nacional de informações sobre desenvolvimento local, estimular, a organização de uma rede de comunicações com conteúdos específicos de informações comerciais e tecnológicas, aproveitando experiências pontuais já existentes.
Incentivar a constituição de emissoras de rádio e TV nos colégios ou nas
...