Revolução Industrial
Por: Evandro.2016 • 12/6/2018 • 3.789 Palavras (16 Páginas) • 312 Visualizações
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Ao longo dessa período, essas e outras revoluções, espalharam-se pelo mundo e transformaram inúmeras sociedades, onde surgia as constituições e o governo deixaria de ser absolutista.
2 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Revolução industrial teve início na Inglaterra, foi uma transformação rápida, fundamental e qualitativa por volta de 1780. A indústria e as comunicações mostraram crescimento significativo e o processo transformou, não só a forma de produção, mas, também, a circulação e o consumo de mercadorias.
Esta transformação incluiu a transição de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, a fabricação de novos produtos químicos, novos processos de produção de ferro, maior eficiência da energia da água, o uso crescente da energia a vapor e o desenvolvimento das máquinas-ferramentas, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão.
Como resultado disso, formou-se a chamada sociedade industrial, caracterizada, segundo Eric Hobsbawn, pela “multiplicação rápida e constante, e até o presente ilimitada, de homens, mercadorias e serviços”.
As fábricas foram o símbolo dessa Revolução, pois eram grandes espaços com novas técnicas e máquinas manipuladas por até milhares de trabalhadores, que produziam tanto e de forma tão diversificada que os povos de todo o mundo viraram consumidores.
O que movia a Revolução, não foram as fábricas ou novas equipamentos, mas sim a busca incessante por lucros e acumulo de capital.
O lucro, novas técnicas, máquinas, inovações de produções e dentre outros fatores foram o que impulsionou a industrialização, acarretando no crescimento das cidades, tornando-as habitadas por uma massa trabalhadores sem qualquer meio de sobrevivência, força física ou capacidade de trabalho.
A ilimitada produção, colocou à disposição do povo, inúmeros produtos diferentes e a necessidade parou de ser o fator para a compra, assim, a economia movia-se pelo desejo de possuir. Depois de algumas décadas, muitos desses produtos passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas.
A inúmera produção provocou diversos pontos negativos. A distribuição desigual de riquezas passou a se agravar, provocando diferenças enormes entre as riquezas dos países, e a buscar por matéria-prima degradou a natureza como nunca haviam visto antes.
2.1 PRIMEIRA FASE
A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, no final do século XVIII início do século XIX, logo mais outros países como França, Bélgica, Holanda, Rússia, Alemanha e Estados Unidos ingressaram nesse novo modelo de produção industrial.
Essa revolução ficou caracterizada por duas importantes invenções que propunham uma reviravolta no setor produtivo e de transportes: a máquina a vapor e a locomotiva. Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual, no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. A invenção da máquina a vapor e a locomotiva foram determinantes para dinamizar o transporte de matéria-prima, pessoas e distribuição de mercadorias, dando um novo panorama aos meios de se locomover e produzir, pois antes
Um dos primeiros ramos industriais a usufruir a nova tecnologia da máquina a vapor foi a produção têxtil, que antes da revolução era desenvolvida de forma artesanal.
A utilização de máquinas nas indústrias, que desempenhavam grande força e agilidade movida à energia do carvão, proporcionou uma produtividade extremamente dinâmica, com isso a indústria tornou-se uma alternativa de trabalho, nesse momento milhares de pessoas deixaram o campo em direção às cidades.
O acelerado êxodo rural provocou expressivo crescimento dos centros urbanos em grande parte das nações europeias que integravam a revolução. Algumas cidades da Europa aumentaram três vezes o número de sua população em meio século.
A partir desse crescimento populacional os centros urbanos ficaram saturados, modificando de maneira drástica a configuração da paisagem urbana, as cidades não absorveram o fluxo de pessoas de forma planejada, com isso surgiram bairros marginalizados compostos por trabalhadores pobres.
2.1.1 O PIONEIRISMO INGLÊS
Após a Revolução Inglesa, marcada pela instabilidade política e por conflitos, a Inglaterra estava a rumo de se tornar a principal potência econômica da Europa, tendo a França como principal rival.
No início do século XVIII, a Inglaterra tinha um vasto império na América, África e Ásia, além de lucrar com inúmeros acordos mercantis que eram apoiados pelo governo.
Os mercadores ingleses tinham um exército pronto para intervir em defesa de seus interesses, assim, sendo a maior frota mercantil da Europa e com muita influência no mercado mundial. Esses cenário favoreceu a Inglaterra e foi fundamental para a Revolução Industrial.
2.1.2 REVOLUÇÃO COMERCIAL
A primeira etapa da Revolução foi gerada pela Revolução Comercial, realizada entre os séculos XV e XVIII, principalmente em alguns países da Europa centro-ocidental. Para esses países, a expansão do comércio internacional trouxe um extraordinário aumento da riqueza, permitindo a acumulação de capitais capazes de financiar o progresso técnico e alto custo da instalação de indústrias.
A burguesia europeia, fortalecida com o desenvolvimento dos seus negócios, passou a se interessar pelo aperfeiçoamento das técnicas de produção e a investir no trabalho de inventores na criação de máquinas e experiências industriais.
Além disso, a Revolução Comercial resultou num aumento incessante de mercados, isto é, do lugar geográfico das trocas.
A ampliação das trocas, que a partir do século XVI os europeus passaram a realizar em escala planetária, levou a radical alteração nas formas de produzir de alguns países da Europa ocidental.
2.1.3 SISTEMA DE FÁBRICAS
Ao longo dos séculos, a Europa vem sofrendo mudanças nos sistemas de produção. Partindo da produção artesanal na época medieval até o sistema fabril que surgiu no século XVIII.
Com essas mudanças o proletariado perdeu grande parte do controle que tinham sobre a fabricação do produto, e no lugar de pequenos centros domésticos e oficinas, a produção passou a concentrar-se em grandes edifícios.
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