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O Mercantilismo e Cameralismo

Por:   •  25/12/2018  •  2.439 Palavras (10 Páginas)  •  418 Visualizações

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O mercantilismo é visto como um período de transição entre as práticas normativas da economia no feudalismo, definidas pelo entusiasmo ético e religioso, e o principio das ideias liberais do século XVIII. Esse período comportou um grupo de autores, espalhados por várias nações europeias, de principalmente na Inglaterra, França, Alemanha e Espanha. Entre esses escritores, suas ideias não são as mesmas, pelo contrário apresentam aspectos peculiares específicos. Há, contudo, pontos em comum. Segundo as ideias metalistas ou bulionista, o poder do Estado era de cuidar da riqueza do reino, dessa forma o rei tinha o poder absoluto para criar leis para proteger seu tesouro, as quais se definiam pelo acúmulo de metais preciosos com o favorecimento da balança comercial.

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O colonialismo

O sistema colonial era aquele no qual a colônia desempenhava o papel de complementar a economia metropolitana, oferecendo metais preciosos ou produtos que reduzissem as importações e promovessem as exportações para outras nações. Esse sistema permitia que a metrópole conquistasse o máximo de lucro nas trocas de mercadorias.

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Intervenção Estatal

Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, os países europeus possuíam a monarquia absolutista como forma de governo. O poder de Estado se concentrava nas mãos do rei, soberano, e com a ascensão do mercantilismo na economia dos reinos o poder econômico foi centralizado e passou a ser responsabilidade do Estado. Assim, a figura do rei atuava diretamente na economia do seu reino, estabelecendo rigorosamente como deveriam ser feitas as transações comerciais, a quantidade de impostos, o funcionamento do mercado, a circulação de produtos internos e externos, entre outras coisas. Consequentemente, o governo nacional acabava se fortalecendo, pois controlava com mãos de ferro toda a riqueza de seu país e reforçava ainda mais o seu poder real.

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Metalismo

O designado metalismo representa a busca dos países por metais preciosos, mais especificamente ouro e prata, para o acúmulo de riquezas do Estado e para serem utilizadas como moeda de troca. Os países que não possuíam uma mina de ouro dentro de suas fronteiras ou uma colônia para extrair esses metais, era obrigado a realizar expansões marítimas para adquirir essa riqueza ou exportar seus produtos em troca desses metais. Quanto mais metais preciosos um país acumulava, mais rico ele era considerado, e isso fazia com que ele ganhasse respeito e prestígio internacional.

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Pacto Colonial

O pacto colonial ou colonialismo foi o resultado da busca por metais preciosos em outros territórios. Aquele país que procurava por ouro e prata realizavam navegações marítimas com a finalidade de encontrar essas riquezas e acabava colonizando territórios ainda não descobertos. O país que colonizava era chamado de metrópole e o país colonizado chamado de colônia. A metrópole explorava as riquezas da sua colônia e comercializava dentro de seu país. Mas para isso, era necessária a mão-de-obra escrava para exercer a atividade de exploração dentro das colônias. Podemos tomar como exemplo Portugal que colonizou o Brasil e exportou escravos da África para trabalharem no território brasileiro. Não encontrando ouro e prata, as metrópoles podiam também explorar a agricultura que a colônia oferecia, como por exemplo, açúcar, algodão e tabaco, que posteriormente seriam comercializados e gerariam riquezas para as metrópoles.

2.7. Monopólio

A exclusividade que uma metrópole exercia sobre sua colônia denomina-se monopólio. A colônia poderia realizar transações comerciais somente com a sua metrópole. Caso quisesse vender algo, essa venda se destinaria à metrópole, caso quisesse comprar algum produto industrializado ou manufaturado, teria de comprar da sua metrópole, jamais poderia fazer trocas comerciais com outro país.

2.8. Balança Comercial Favorável

A balança comercial favorável tem como princípio a prática de maiores quantidades de exportações de produtos e menores quantidades de importações. As exportações de bens implicam em vendas que geram mais lucros a um país, enquanto que as importações geram mais despesas e exigem a saída de moedas (ouro e prata), fazendo com que a riqueza da nação diminua. Os reis estimulavam essa prática para que o saldo econômico de seus países estivesse sempre positivo e também para incentivar os comerciantes na compra de produtos internos para que a economia do país não enfraquecesse. O importante era não deixar a moeda, em forma de metais preciosos, sair do país, pois a falta dessa riqueza traria um colapso na economia interna. Essa era a única maneira de acumular riquezas para os países que não possuíam uma colônia de exploração.

2.9. Protecionismo Alfandegário

O rei soberano, para desestimular as importações, estabeleceu taxas de impostos sobre qualquer produto externo que entrasse no seu país. Assim, a burguesia, que realizava a atividade do comércio interno, seria desencorajada a adquirir produtos internacionais, devido ao elevado preço que os impostos causavam. Ao fazer isso, o rei protegia a sua economia desestimulando trocas comerciais internacionais.

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Mercantilismo na França

O Mercantilismo na França teve influência de autores como Barthélemy de Laffemas e Antoine de Montchrétien, mas o grande formulador e executor mercantil francês foi Jean-Baptiste Colbert. As suas contribuições foram tão importantes que o mercantilismo francês acabou ficando conhecido como colbertismo (mercantilismo industrial).

3.1. Barthélemy de Laffemas (1545-1612)

Foi conselheiro do rei Henrique IV, apresentaram nos seus textos várias sugestões para reconstruir a economia do reino francês devastado pelas guerras religiosas. Defendeu a criação de manufaturas e o estímulo do comércio, influenciou várias medidas aprovadas pelo Conselho do rei através de suas análises e propostas.

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Antoine de Montchrétien (1575-1621)

Antoine de Montchrétien foi um economista, dramaturgo francês e autor da famosa obra Traité

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