O Efeito da globalização em todos os aspectos da administração de empresas é algo inegável e inevitável

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- RESOLUÇÃO DE CONFLITOS ÉTICOS ENTRE CULTURAS

As dimensões culturais de Hofstede e sua correspondente classificação das distintas culturas nacionais estabelecem um índice de referência para descrever e prever as condutas dos indivíduos.

Swaidan e Hayes (2005) apresentam um serie de conclusões, devidamente sustentadas pelas publicações especializadas:

- As culturas individualistas são mais sensíveis aos problemas e dilemas éticos do que as sociedades onde predomina o coletivismo.

- As pessoas que fazem parte de uma sociedade “masculina” tendem a ser menos sensíveis aos dilemas éticos do que aqueles imersos em uma sociedade considerada “feminina”.

- Os indivíduos que apresentam maior distância do poder serão menos sensíveis aos problemas morais do que as pessoas com menor distância do poder.

- Aquelas pessoas que fazem parte de sociedades com uma forte aversão a ambiguidade tenderão a ser mais sensíveis aos problemas éticos do que os indivíduos com aversão relativamente fraca a ambiguidade.

- As culturas com forte orientação no longo prazo serão mais sensíveis aos dilemas éticos do que as pessoas com orientação no curto prazo.

- A CULTURA ORGANIZACIONAL: FORMALIZAR A ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS

A cultura empresarial tem sido definida de diversas maneiras, mas a maioria das definições considera que a cultura é uma forma de ser da organização que identifica a empresa em particular e se manifesta por meio da conduta implícita e explicita de seus integrantes.

A cultura organizacional pode ser uma vantagem competitiva para a companhia, mas também pode tornar-se fonte de problemas ou do fracasso.

A cultura deve corresponder à estrutura da organização, e deve andar junto com a estratégia.

É possível que, em sua origem, a cultura seja o reflexo do fundador ou líder, mas com o passar do tempo, é adotada por cada um dos membros da organização, e é aceita e compartilhada por todos.

- CONCLUSÕES

Há alguns anos, o Ethics Resource Center, organização sem fins lucrativos dedicada a fortalecer a ética corporativa, apresentou os resultados de uma pesquisa nacional entre vários milhares de trabalhadores norte-americanos.

Os resultados indicam que mais de 50% dos pesquisados incorrem em uma falta moral no contexto do trabalho nos últimos doze meses, e mais de um terço deles o fez pelo menos duas vezes (Verschoor, 2005).

Entre as faltas divulgadas estão conduta abusiva ou intimidação de colegas, mentiras a funcionários, clientes ou vendedores, violações de regras de segurança e, em geral, dar prioridade a seus interesses pessoais em detrimento dos interesses da empresa.

Um resultado interessante foi que a cultura ética da empresa aparenta ser um elemento determinante para guiar a conduta ética do trabalhador.

Considerando tudo isso, podemos deduzir que a conduta responsável do indivíduo, no contexto de sua organização, é sempre uma tarefa difícil; é significativamente alta a probabilidade de que a conduta acertada gere em primeiro momento tensão moral, em vez de satisfação por haver cumprido com o seu dever. Se as culturas organizacionais são relativamente difíceis de modificar, como se viu neste capitulo, são mais estáveis e imutáveis. No entanto, a responsabilidade moral do indivíduo consiste essencialmente em conciliar os valores morais e os resultados esperados com todos os grupos de interesse, dentro da cultura corporativa e do contexto da cultura nacional.