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Módulo 3 – Abordagem Humanística da Administração

Por:   •  24/9/2018  •  2.936 Palavras (12 Páginas)  •  211 Visualizações

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Conclusões da Experiência de Hawthorne

- O nível de produção é resultante da integração social: quanto maior a integração social no grupo de trabalho, tanto maior a disposição de produzir.

- O comportamento social dos empregados: o comportamento do indivíduo se apóia totalmente no grupo.

- Recompensas e sanções sociais: as pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento, de aprovação social e participação nas atividades dos grupos sociais onde convivem.

- Grupos informais: constituem a organização informal da empresa e definem regras de comportamento, formas de recompensas ou sanções sociais, objetivos, escalas de valores sociais, crenças e expectativas que seus participantes vão assimilando e integrando em suas atitudes e comportamento.

- Relações humanas: são as ações e atitudes desenvolvidas através dos contatos entre pessoas e grupos.

- Importância dos conteúdo do cargo: verificaram que o conteúdo e a natureza do trabalho tem forte influência sobre o moral do trabalhador. Trabalhos simples e repetitivos tendem a se tornar monótonos e maçantes, afetando negativamente a atitude do trabalhador e reduzindo a sua satisfação e eficiência.

- Ênfase nos aspectos emocionais

Críticas à Teoria das Relações Humanas

- Surgiu como oposição à Teoria Clássica de Administração

- Inadequada visualização dos problemas de relações industriais – seja pela compreensão do problema do conflito e dos interesses conflitantes ou pela localização das causas e implicações desses conflitos

- As organizações passaram a se preocupar em evitar o conflito industrial e seus supervisores sendo obrigados a resolvê-los em nome da harmonia industrial

- Concentração em pseudo-soluções do conflito ao invés de focarem as causas do problema como alienação do trabalhador, subutilização dos operários, ou seja, procurou tornar mais agradáveis os ambientes e os momentos extra-trabalho ( folgas, descansos, férias etc) como se o trabalho fosse um sacrifício para compensar a felicidade nos momentos em que não se está trabalhando

- Concepção ingênua do operário: defendiam que pessoas felizes produziam mais, o que hoje já se sabe não ser verdade, há pessoas infelizes que são produtivas e o inverso também

- Limitação do campo experimental, pois estudaram o ambiente de fábrica apenas. Não ocorreram pesquisas em bancos, comércio, instituições governamentais, escolas etc. a amostra utilizada em Hawthorne foi pequena (5 moças) perto do contingente de 40 mil operários da Western Eletric

- Parcialidade nas conclusões

- Ênfase nos grupos informais

- Enfoque manipulativo das Relações Humanas definindo-se como uma ideologia manipula tória da empresa capitalista. O objetivo não era o de eliminar a degradação do trabalho humano, mas antes superar os problemas decorrentes da resistência oposta pelos trabalhadores a essa degradação.

Aprofundando a temática das relações humanas na organização, introduzimos tópicos de suma importância para a compreensão da dimensão social e de variáveis que condicionam o comportamento dos membros de uma organização. É o que será visto neste módulo.

a) motivação

Segundo Maximiano (2002, p. 275), motivação é o “alto grau de disposição para realizar uma tarefa ou atividade de qualquer natureza”. O objetivo das diferentes teorizações a respeito é tentar apontar algumas variáveis que afetam esta “disposição”. Como ressaltou Chiavenato (2004, p. 116) no módulo anterior, “a experiência de Hawthorne teve o mérito de demonstrar que a recompensa salarial [...] não é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador dentro da situação de trabalho”.

Maximiano agrupa as teorias em duas vertentes: Teorias de Processo e Teorias de Conteúdo (op. cit., p. 275). No primeiro caso, há estudos que explicam a motivação em geral e, no segundo caso, variáveis individuais que respondem pelas ações dos agentes.

No grupo das Teorias de Processo, o chamado modelo de comportamento coloca diferentes indivíduos com diferentes objetivos ou fins, condicionados pelo meio externo ou pelos “motivos internos” de cada um, podendo encontrar frustração, conflito ou ansiedade (ibid, p. 277). A teoria da expectativa postula que as pessoas agem com vistas a níveis esperados de satisfação, os quais podem ser maiores ou menores e acabam condicionando o esforço dos agentes (ibid, p. 278). Outra corrente deste grupo é a behaviorista, que trabalha com o conceito de condicionamento operante, pelo qual “o comportamento é reforçado por suas próprias conseqüências (chamados reforços)”. Por fim, a chamada teoria da eqüidade prevê a necessidade de iguais recompensas para iguais esforços (MAXIMIANO, loc. cit.).

As Teorias de Conteúdo têm, em primeiro lugar, um conjunto de vertentes consideradas clássicas (ibid, p. 287-288): as hipóteses do homem econômico racional, do homem social, do homem auto-realizador e do homem complexo. Em seguida, temos a teoria das necessidades, com destaque para a pirâmide elaborada por A. Maslow, de necessidades básicas até necessidades de auto-realização. A teorização sobre frustração enfoca reações às necessidades não atendidas (ibid, p. 292), como compensação, resignação, agressão e seubstituição. Uma última vertente neste grupo é a teoria dos dois fatores, de F. Herzberg (ibid, p. 293-4), que liga elementos do contexto do trabalho e elementos do trabalho em si à motivação do empregado.

b) Liderança e Cultura Organizacional

Características pessoais dos líderes, assim como dos liderados, são importantes nas várias teorizações sobre liderança. Segundo Maximiano (ibid., p. 303), é “a realização de metas por meio da direção de colaboradores”. Não é o mesmo que “autoridade formal”, sendo o poder de comandar atribuído a alguém por força das regras internas da empresa, poder este que é imposto aos demais. Na liderança há, principalmente, o “interesse” dos funcionários em seguir o líder (ibid., p. 303).

Pessoalmente, o líder deve estar motivado, o que contribui para o exercício de habilidades que ele também deve possuir, pesando ainda seus traços de personalidade. Dentre estas, destaca-se o modo como se relaciona com seus liderados. Já os liderados também precisam

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