MODELO DE GESTÃO DE COOPERATIVAS: COOPERATIVA DOS AGRICULTORES FAMILIARES DO MUNICÍPIO DE BANANEIRAS (COOPAFAB)
Por: Kleber.Oliveira • 18/12/2018 • 3.632 Palavras (15 Páginas) • 312 Visualizações
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O referido estudo de caso objetiva-se em, identificar se a cooperativa pesquisada adota algum modelo de gestão. O modelo de gestão é visto como o processo estruturado interativo, capaz de desenvolver e operacionalizar as atividades de planejamento das atividades, visando assim o crescimento e o desenvolvimento da cooperativa.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Conceitos de Cooperativismo
Trazer a baila o cooperativismo, como um movimento, filosofia de vida e modelo socioeconômico capaz de unir desenvolvimento econômico e bem-estar social. Seus referencias fundamentais são: participação democrática, solidariedade, independência e autonomia, podendo ser tratado como um sistema fundamental na reunião de pessoas e não o capital, visando ás necessidades do grupo e não lucro de modo que objetiva buscar a prosperidade conjunta e não individual. Estas diferenças fazem do cooperativismo a alternativa socioeconômica que leva ao sucesso com equilíbrio e justiça entre os participantes.
Segundo Holanda, (2012), a cooperação sempre esteve na história do homem. Desde seu primitivismo, utilizavam-se da cooperação para alcançar seus objetivos. Entretanto, a partir da evolução do homem sua natureza acabou sendo modificada, dando evasão do sentimento coletivo, tomando conta à ganância, que estabelece a figura do intermediário, do explorador de patrimônio e de força de trabalho alheio.
Sob a ótica de Bulgarelli (2010).
Desde os primórdios, a cooperação tem se mostrado presente. Entretanto, o modelo de cooperativa, na forma como hoje são conhecidas ás sociedades cooperativas, surgiu em 28 de outubro de 1844, na cidade inglesa de Rochdale, época em que o Estado passava por uma séria crise social, agravada pelas repercussões da Revolução Industrial (BULGARELLI, p. 126, 2010).
Diante das particularidades da sociedade cooperativa, os doutrinadores têm mostrado enigmas em defini-la com exatidão, a palavra cooperativismo sendo assim, poucos autores brasileiros escrevem sobre o tema. Waldirio Bulgarelli assim adverte:
As dificuldades iniciais dessa conceituação decorrem, em grande parte de terem sido as definições formuladas por economistas e com o sentido de realçar a supressão do intermediário e o aspecto não lucrativo da atividade cooperativa, elementos que por si só não eram capazes de conferir originalidade à cooperativa, deixando margem de confusão com outras sociedades [...]. Por outro lado, essas dificuldades eram agravadas pelo fato de as cooperativas, atuando-nos mais variados setores da atividade humana, em se dividirem e subdividirem em inúmeros tipos e categorias (BULGARELLI,2010).
Percebeu-se que o cooperativismo, trouxe consigo uma sociedade mais justa, humana e comprometida com a mesma, sendo que através do ato dos tecelões de Rochdale, denominado marco do cooperativismo, outras cooperativas foram surgindo, como por exemplo: na França, onde iniciou o movimento com a fundação de uma cooperativa de produção. No que as cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus membros que participam ativamente na formulação das suas políticas e nas tomadas de decisões. Os homens e as mulheres eleitos como representantes dos demais membros que são responsáveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau os membros têm o direito de voto igual (um membro, um voto); as cooperativas de grau superior são também organizadas de maneira democrática. Umas das marcantes diferenças entre a empresa cooperativa e a empresa comercial é a possibilidade que o associado tem de participar na definição dos rumos de seus negócios e na escolha de seus dirigentes, independentemente do capital que tem na empresa. A pessoa é que tem importância, não o capital.
Segundo Schneider (2001) a cooperativa como empresa e formada por um modelo organizacional subdividido em Assembleia de associados, Diretoria, Conselho Fiscal e Conselho de Administração. É público e notório que administrar uma empresa não é tarefa fácil e deve ser tratada com muita seriedade e profissionalismo. Para uma boa administração é preciso haver planejamento, organização, controle, responsabilidade, comprometimento, e principalmente transparência nas ações.
Modelo de Gestão
Como toda e qualquer empresa capitalista que visa à otimização de recursos e racionalização de seus custos, as sociedades cooperativistas inseridas neste ambiente não podem obter um comportamento diferente neste sentido. Uma das formas de racionalização é desenvolver um adequado modelo de gestão que utilize modernos instrumentos administrativos, de forma a adequar suas estruturas à realidade de mercado.
Modelo: pode ser conceituado como uma representação abstrata e simplificada, de uma realidade da cooperativa em seu todo ou em partes. Gestão: pode ser conceituada como um processo interativo de desenvolver operacionalizar as atividades de planejamento, organização, direção e avaliação dos resultados da cooperativa (OLIVEIRA, p. 67,2001).
As empresas independentes de seu modelo de estrutura devem estar atentas à rápida evolução do mercado capitalista. Sejam elas tecnológicas ou gerenciais, as cooperativas não ficam alheias a este processo. Tal argumento foi exposto por Rios (1998, p.36) em que “as cooperativas, quando bem organizadas e bem gerenciadas, têm tudo para serem muito competitivas no mercado brasileiro, não ficando nada a dever em termos de estratégias para empresas tradicionais”.
De acordo com Oliveira, as cooperativas precisam se adaptar as mudanças impostas no dia-a-dia, mediante a competividade. Rebouças (2011) aponta um processo de gestão para as cooperativas é composto por algumas etapas conforme mostra a figura 1.
Figura 1. Componente do modelo de Gestão.
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Fonte: Rebouças (2011)
De acordo com a figura 1, o modelo de gestão de Rebouças, aborda pontos como, componentes estratégicos, diretivos, comportamentais, de avaliação, mudanças tecnológicas, e estruturais. Os referidos componentes permitem aos gestores das cooperativas o planejamento estratégico a qual se porta como uma ferramenta para o inicio do empreendimento, sendo capaz de traçar o rumo da empresa para que possa ser alcançado o êxito do negócio.
A cooperativa como um todo entende a validação dos resultados, por meio de orientação e capacitação dificultando a presença significativa de desafios que causem
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