JR Diesel

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Geralmente os caminhões são comprados em leilões de seguradoras e transportadoras, uma vez que é primordial a comprovação da empresa de origem dos produtos e o respectivo tempo de uso, de acordo com uma lei federal. Os desmanches de veículos também precisam ser devidamente credenciados pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito). Ou seja, para que seja uma atividade legalizada, existem certas burocracias inerentes à própria atividade econômica desenvolvida o que não impede, todavia, a rentabilidade/lucratividade e o crescimento de empresas da área da JR Diesel. Essa regulação pode dificultar a atuação do empresário, por outro lado, são regras importantes para combater a atividade criminosa e a concorrência desleal.

No Estado de São Paulo, a chamada "Lei dos Desmanches", de 2014, prevê regras ainda mais rígidas para o setor, como a apresentação de atestado de antecedentes criminais dos sócios, colocação de código de barras para rastreamento das peças e autorização da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), além de proibir a revenda de itens de segurança, suspensão, freios, direção e controle de estabilidade pelos desmanches.

O mercado de desmanche e reciclagem de automóveis no Brasil ainda é restrito conforme pesquisa do Sindinesfa (Sindicato das Empresas de Sucata de Ferro e Aço). Dados da entidade dizem que apenas em média 1,5% das frotas sem condições de rodagem no país é reciclada. O oposto do que ocorre com países da Europa, por exemplo, em que esse índice chega a 95%.

Ademais, vale destacar que a cultura do consumidor brasileiro é de não ter muito hábito de comprar peças restauradas, as quais é exigido um certo cuidado para serem usadas, sendo preciso estar atento ao estado de conservação e checar o tempo de rodagem anterior.