Estudo de Sucessão Empresa Jim Beam
Por: Hugo.bassi • 5/10/2018 • 3.687 Palavras (15 Páginas) • 300 Visualizações
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Para a sobrevivência da empresa familiar é necessário à sucessão, para a continuidade dos negócios, esta sucessão tem influencia de problemas gerenciais e dificuldades emocionais (Floren, 1998).
As empresas familiares representam um numero positivo na sociedade, mas apesar disto são preocupante elas se manterem, entre 100 empresas familiares somente 30% chegam à segunda geração e 5% na terceira, a dificuldades na sobrevivência destas empresas por problema de planejamento (DOMINGOS RICA, 2007).
Nas estruturas familiares (LODI, 1993) salienta que quase sempre se têm problemas no processo sucessório. Uma sucessão pode ter fator determinante na vitória ou fracasso, consequentemente dando seguimento ou a suspensão da empresa familiar.
Na primeira etapa é construída uma empresa familiar com o intuito de ser dono do seu próprio negócio, em uma segunda etapa surge à nova geração que são membros da família dentro da empresa, contribuindo para o bom andamento da mesma, com o passar do tempo surge à necessidade do afastamento total ou parcial do fundador passando suas atividades para a segunda geração conforme (ESTOL, 2006).
A efetivação do processo de sucessão deve ter um plano em etapas segundo (DAVEL&FISCHER 2000)a) planejamento e execução da atividade referente à sucessão; b) a convivência pessoal entre o sucessor e familiar; c) conhecimento em operações da empresa, incluído habilidades e preparação dos herdeiros, a vontade do herdeiro em administrar a empresa.
Devem-se levar em conta os aspectos importantes para a sucessão (DICK et al, 2002); a) quando iniciar o processo; b) qual o prazo deste processo; c) quando passar o poder; d) interagir com a equipe em comunicação e participação.
Na empresa familiar pode haver um ou mais membro da mesma família exercendo o controle administrativo, isso por terem parte na propriedade de capital. No inicio o proprietário fundador é uma figura constante na empresa ficando a família fragilizada pela falta do convívio do pai, tentando amenizar esta ausência o proprietário tende a levar os herdeiros a encarar a empresa como parte da família, fazer com que a empresa e o(s) filho(s) venham a competir pela atenção do pai, isso é um jogo sem ganhadores, ao empresário esta dificuldade de conciliação pode retardar o não pensamento em que algum dia alguém deve substituí-lo, analisa Martins (1999).
Segundo (FLORIANI, RODRIGUES, 2000), da primeira geração para a segunda geração, começam a surgir às divergências dentro da organização, pois o fundador se torna resistente a passar suas atividades para seu herdeiro, dificultando então a profissionalização da empresa, essa atitude resulta na diminuição de renda, possível venda, ou falência da empresa.
O processo de sucessão tem como dificuldade em o fundador aceitar a necessidade de ser substituído pelo seu herdeiro, e o sucessor tende a ficar ansioso em assumir a administração do empreendimento. Na transição da segunda para a terceira geração normalmente já temos as expansões das empresas, e junto vem o conflito de liderança entre o sucessor e sucedido, pelos sucessores não apresentarem as características necessárias para posicionarem-se como novos diretores (ESTOL, FERREIRA, 2006).
Na visão de Marcos Rosa (SEBRAE, 2013) a sucessão é indispensável, pois nem os empresários são eternos, mesmo que esta sucessão seja entre família, não significa se beneficiar ou for perigoso para o sucessor, tento em vista casos evolucionários ou desastrosos, a questão é a inclusão e planejamento sucessório como qualquer outro processo natural dentro de uma empresa.
A consultora Esmeralda Queiroz (SEBRAE 2015) acredita que o conhecimento do negocio é fundamental para a sucessão, se definido que será um herdeiro o sucessor este deve ganhar o respeito e credibilidade dos funcionários se interando do negocio, naturalmente o pai espera que o filho demonstre segurança para que assim ele possa atribuir mais responsabilidade e aos poucos deixe a empresa aos cuidados do filho.
2.1.1 Sucessão de mulheres
A liberdade e igualdade entre gêneros modificaram as organizações familiares (GILDING, 2000) as mudanças ocorridas na sociedade altera o processo dentro das organizações, se antes a atenção era para a empreendedora figura partena, em novo contexto social as mulheres lideram cargos de gerencia de diversas organizações.
Para Barbieri (1997), quando filhas mulheres sucedem uma empresa familiar ela passa sofrer com assuntos sociais tais como o preconceito da mulher herdeira e detentora do poder organizacional e também com membros opositores da família impactando no equilíbrio da vida particular com a profissional, gerando intempéries com o fundador.
A sucessão feminina vinculada a algum evento infortuna onde a primeira filha obedecendo à ordem sucessória assume a responsabilidade em fase emergencial de sucessão ou quando há oportunidade de minimizar despesas envolvendo os sucessores aproveitando-se de características afetivas tradicionalmente femininas com visão dos negócios empresariais analisa Otten-Pappas (2013).
No mundo moderno as relações de gênero ainda são desarmônicas tendo o homem com a função do chefe da família e as mulheres costumeiramente associadas aos exercícios do lar e a prática de procriação. Essas desigualdades ocupacionais expandem tanto no ambiente familiar quanto no domínio do trabalho através dos cargos hierárquicos, de acordo com Bruschini (1999).
Segundo Macedo et al (2004), quando ocorre de mulheres participarem do processo sucessório, as mesmas acabam por liderar departamentos que são pré-estipulados como feministas. Como por exemplo: recursos humanos. Estimulando desta forma que se continue com divisão sexual no âmbito trabalhista.
Com tudo Vera e Deam (2005), indicam que as pesquisas ainda estão se construindo no quesito mãe-filha, na maioria das referências bibliográficas, são direcionadas para pai-filho; porém a problemática de não se ter um prévio planejamento sucessório continua afetando as organizações, onde o fundador sendo homem ou mulher tem dificuldades em passar o poder de sua empresa para a próxima geração.
2.2 Conflitos entre as gerações
O cenário socioeconômico vem se modificando rapidamente nos últimos anos, as empresas vêm se adaptando a estas mudanças políticas, sociais e econômicas, atualmente pode-se observar uma variedade de gerações no mercado de trabalho cada uma com suas características estabelecidas para o convívio entre estas
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