EMPREENDEDORISMO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Por: Hugo.bassi • 3/10/2018 • 2.073 Palavras (9 Páginas) • 398 Visualizações
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criadas a cada ano.” O autor lembra ainda que de acordo com pesquisa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) “parte da proliferação dos pequenos empreendimentos é resultado da globalização, já que este fenômeno exige que as grandes empresas, ao buscarem uma maior eficiência, terceirizem as atividades de apoio ao negócio principal”.
Para entendermos com mais clareza as diferenças entre as micro e pequenas empresas e as grandes do mercado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e apresenta a seguir, a Tabela 1, que classifica as empresas de acordo com as receitas brutas anuais.
Tabela1: Critério de Classificação do Porte de Empresas pela Receita Operacional Bruta Anual
Classificação Receita Operacional Bruta Anual
Microempresa maior ou igual a R$ 2,4 milhões
Pequena Empresa maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16 milhões
Média Empresa maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a R$ 90 milhões
Média-Grande Empresa maior que R$ 90 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões
Grande Empresa maior que R$300 milhões
Fonte: www.bndes.gov.br/site BNDES. Consultado em 05.11.2012
A seguir, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE e demonstra em forma de tabela, a classificação das Empresas quanto aos seus números de empregados, esta ainda, separada por segmentos como indústria e comércio e serviços.
Tabela 2: Critério de Classificação do Porte de Empresas pelo número de Empregados
Classificação Número de Empregados
Indústria Comércio e Serviços
Micro até 19 até 09
Pequenas de 20 a 90 de 10 a 49
Médias de 100 a 499 de 50 a 99
Grandes acima de 500 acima de 100
Fonte: www.sebrae-sc.com.br/leis. Consulta em 05.11.2012
Vale destacar que dentre os fatores que influenciam o surgimento das MPE’s encontram-se ainda, a necessidade de terceirização de algumas das atividades das grandes empresas bem como a capacidade de absorção da mão de obra demitida destas grandes e do surgimento de novas tecnologias. Por outro lado, tais empresas têm como características, serem mais enxutas, possuindo maiores índices de produtividade e respondendo de forma mais rápida e eficiente às mudanças da economia, devido à sua capacidade de flexibilização das estruturas e dos processos.
A falta de cultura no que diz respeito ao planejamento, ainda é uma forte característica do brasileiro. No entanto, percebe-se que cada vez mais, esses empreendedores são convidados a maiores reflexões sobre os vários fatores que envolvem seus negócios e a realizarem um planejamento mais detalhado, antes de se lançares às suas atividades. Ainda mais porque segundo Salim et al (2005, p. 4) “[...] às vezes, a pessoa coloca todas as suas economias no negócio que está abrindo[...]”. Por isso existe uma séria necessidade do conhecimento de para onde a empresa vai e como pretende chegar lá.
Apesar de todos dos fatores positivos, constatou-se ainda, que são bastante altas as taxas de insucesso neste tipo de empreendimento. Isto ocorre, muitas vezes, pela falta de identificação de oportunidades e da melhor forma de aproveitá-las. Apesar da verificação da redução destes índices de mortalidade das MPE’s, ainda se pode verificar no Brasil diversos indicadores de insucesso, principalmente no que diz respeito ao estágio inicial de um negócio (seus primeiros anos de existência). Chiavenato (2008, p. 15), sinaliza que “[...] nos novos negócios, a mortalidade prematura é elevadíssima, pois os riscos são inúmeros e os perigos não faltam.” Diante disso, ele ainda aponta algumas das possíveis causas de mortalidade nas empresas, que são apresentadas no Quadro abaixo:
As causas mais comuns de falhas no negócio
Inexperiência
72 % Incompetência do empreendedor
Falta de Experiência de campo
Falta de experiência profissional
Experiência desequilibrada
Fatores Econômicos
20 % Lucros insuficientes
Juros elevados
Perda de mercado
Mercado consumidor restrito
Nenhuma viabilidade futura
Vendas Insuficientes
11 % Fraca competitividade
Recessão econômica
Vendas Insuficientes
Dificuldade de estoques
Despesas excessivas 8 % Dividas e cargas demasiadas
Despesas operacionais
Outras causas
3 % Negligência
Capital insuficiente
Clientes insatisfeitos
Fraudes
Ativos insuficientes
Fonte: Chiavenato (2008, p.15)
O mercado oferece, ainda, grandes possibilidades de desenvolvimento que, de acordo com o autor Chiavenato (2008), estas consistem na sabedoria de evitar ou neutralizar as ameaças iminentes, identificando as oportunidades que se apresentam, mesmo nos ambientes turbulentos e escolhendo o negócio mais oportuno e propenso ao sucesso. O autor também destaca fatores relacionados ao espírito empreendedor, como o desejo de independência profissional, a oportunidade de trabalhar no que lhe proporcione prazer e o desejo pessoal de reconhecimento e prestígio pela descoberta de oportunidades que outros ignoram.
3 CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS
De acordo com Dolabela (2008) o empreendedor tornou-se o “motor da economia”, assumindo o papel
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