Artigo Cientifico

...

Surgi então os movimentos da responsabilidade social, nos EUA e na Europa em meados dos anos de 1960, e passou a fazer pauta na agenda das empresas brasileiras, com mais visibilidade, ao longo dos anos 1990. Foi então que a partir dos anos 2000, entrou em cena um mercado voltado para a criação de projetos de redução da emissão de gases que aceleram o processo de aquecimento do planeta. Trata-se do mercado de créditos de carbono, que surgiu do Protocolo de Quioto, acordo internacional que estabeleceu que os países desenvolvidos devessem reduzir, entre 2008 e 2012, suas emissões de gases de Efeito Estufa (GEE) 5,2% em média, em relação aos níveis medidos em 1990. As nações que não conseguirem (ou não desejarem) reduzir suas emissões poderão comprar os CER em países em desenvolvimentos e usá-los para cumprir suas obrigações.

Sabe-se da importância que a responsabilidade socioambiental traz para o meio em que vivemos, e a contribuição com determinadas ações que visam o melhoramento da qualidade de vida, podemos demarcar a responsabilidade em dois níveis: o nível interno que se relaciona com os trabalhadores e, mais genericamente, a todas as partes interessadas afetadas pela empresa e que, por seu turno, podem influenciar no alcance de seus resultados e o nível externo que faz relação com as ações de uma organização sobre os seus componentes externos, nomeadamente, o ambiente, os seus parceiros de negócio e meio envolvente.

Uma das circunstâncias que envolvem as organizações é a ausência de disposição em se tornarem socialmente responsáveis, haja vista a percepção existente em que, algumas empresas somente integram-se aos projetos, para acatar a legislação e não demostram interesse em desenvolver estratégias e práticas que cooperem e se comprometam com o desenvolvimento das ações.

Foucault (2005) define o que chama de panoptismo como uma característica de nossa sociedade, que significa a forma de poder exercido sobre os indivíduos em forma de vigilância individual e constante, na forma de controle, sanção e correção, transformando os indivíduos em decorrência de suas normas, o que parece ser a dimensão e característica das relações de poder que existem em nossa sociedade. Assim, o comportamento do indivíduo é, em parte, orientado por regras e não por sua consciência.

.

---------------------------------------------------------------

- CONCLUSÃO

A sociedade contemporânea vem percorrendo por diversas transformações, e a população está tendo uma percepção maior da necessidade e da obrigação de rever as ações e as atitudes, tendo a consciência que questões relacionadas à responsabilidade socioambiental, requerem uma atenção maior.

Podemos demarcar a responsabilidade em dois níveis: o nível interno que se relaciona com os trabalhadores e, mais genericamente, a todas as partes interessadas afetadas pela empresa e que, por seu turno, podem influenciar no alcance de seus resultados e o nível externo que faz relação com as ações de uma organização sobre os seus componentes externos, nomeadamente, o ambiente, os seus parceiros de negócio e meio envolvente.

A legislação institui normas e parâmetros a serem cumpridos, propondo novas composturas para lidar com a conduta empresarial. Algumas das exigências estão na Constituição Federal, a Legislação Ambiental; Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, Código de Defesa do Consumidor, Consolidação das Leis Trabalhistas entre outras.

Os Recursos Humanos (um dos componentes da Gestão de Pessoas) coopera de modo abundante para o sucesso da organização, a partir da fase em que a Responsabilidade Socioambiental se integrou aos Recursos Humanos, a gestão de pessoas necessitou ser retificada e aperfeiçoada; um novo desafio para o qual o gestor de RH, necessitará estar mais apto para lidar com as novas exigências.

Dessa maneira, podemos concluir que essas três áreas estão essencialmente relacionadas, cada uma fornece e coopera com elementos que possam contribuir para o desenvolvimento das ações. O Direito institui as exigências para a melhoria da qualidade de vida dos funcionários dentro e fora da empresa, a Gestão de Pessoas desenvolve estratégias, e articula meios para a execução da missão pertencente à Responsabilidade Socioambiental.

---------------------------------------------------------------

REFERÊNCIAS

ÂMBITO JURÍDICO. COM. BR. Responsabilidade social empresarial: relação lei, crescimento econômico e meio ambiente. Disponível em http://www.ambito juridico.com. br/site/ ?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=15640. Acesso em 28 Out. 2015

BARBOZA, Sergio de Goes. Responsabilidade Social: Ética ou Estética um Desafio para a Educação Escolar no Brasil. Londrina, 2012.

BORGER, Fernanda Gabriela. Responsabilidade social: Efeitos da atuação social na dinâmica empresarial. São Paulo, 2001.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.

CHIAVENATO, Idalberto: Gestão de pessoas. 3ª edição. São Paulo. Elsevier, 2008.

ESPOLADOR, Rita de Cássia Resquetti Tarifa. Direito empresarial e trabalhista.

EXAME.COM. As 10 empresas com mais responsabilidade social no mundo. Disponível em http://exame.abril.com.br/negocios/album-de-fotos/as-10-empresas-com-mais-responsabilidade-social-no-mundo#8 Acesso em 28 Out.2015

EXAME.COM. As 20 empresas-modelo em responsabilidade socioambiental Disponível em http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/as-20-empresas-modelo-em-responsabilidade-socioambiental.%2020. Acesso em 28 Out.2015

FONSECA, Viviane Azevedo da. Responsabilidade Social Empresarial : Uma proposta de analise. Rio de Janeiro, 2004.

FONSECA, Viviane Azevedo da. Responsabilidade Social Empresarial : Uma proposta de analise. Rio de Janeiro, n.66, p. 83 – 112 jul.2013.

GUEDES, Fernanda Antunes. Responsabilidade social empresarial: relação lei, crescimento econômico e meio ambiente. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVIII, n. 132, jan. 2015. Disponível em >. Acesso em 01 nov. 2015.

JORNALISTAS, Rede Ethos de. Conceitos Básicos e Indicadores