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Análise de Investimentos

Por:   •  18/1/2018  •  3.591 Palavras (15 Páginas)  •  254 Visualizações

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2. MORTALIDADE EMPRESARIAL

Diariamente, uma série de novos negócios dos mais variados segmentos são abertos ou inaugurados por diversos motivos, seja por desejar ter seu próprio negócio, identificar uma oportunidade, por exigência de clientes / fornecedores, melhorar de vida (aumentar a renda) ou por estar desempregado e não arrumar emprego.

No Brasil, nos últimos anos, temos visto um forte aumento na criação de novas empresas e de optantes pelo Simples Nacional, regime fiscal diferenciado e favorável aos Pequenos Negócios. Em dezembro de 2012, havia 7,1 milhões de empresas registradas nesse regime. Este número ficou 26% acima do verificado em dezembro do ano anterior. Em 2011, a expansão já havia sido de quase 30%. (SEBRAE, 2013).

Em meio a tantas empresas, algumas conseguem uma gestão eficiente e obtém sucesso no mercado, mas a grande maioria não sobrevive por muito tempo, algumas chegam a durar meses e outras por no máximo dois anos, aumentado ainda mais os índices de fracasso ou da mortalidade empresarial.

Dados de uma pesquisa realizada pelo Sebrae de São Paulo, a respeito da taxa de mortalidade empresarial no ano de 2010, apontou que 27% das empresas fecham em seu primeiro ano de atividade e 64% fecham até o seu sexto ano de atividade.

A taxa de mortalidade vem diminuindo nos últimos 10 anos e em julho de 2013 a sobrevivência chegou a 76%. Há dez anos, esse índice era de 50%. A atual taxa mostra uma melhor capacidade das micro e pequenas empresas para superar dificuldades nos primeiros dois anos do negócio. Nesse período inicial, a empresa ainda não é conhecida no mercado, não possui carteira de clientes e, muitas vezes, os empreendedores ainda têm pouca experiência em gestão. (RIBEIRO, 2014).

Gerenciar um negócio ou uma empresa, requer principalmente muita dedicação e perseverança por parte dos empreendedores, porém não basta somente esses dois elementos, e sim, uma série de fatores que estão diretamente ligados, tanto com o sucesso, quanto com o fracasso do negócio, ou seja a ausência desses pontos podem comprometer o desempenho ou até mesmo acarretar no fechamento das micro e pequenas empresas.

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2.1 Fatores da mortalidade empresarial

Não existe um fator crucial para os grandes índices da mortalidade das empresas, e sim uma série de elementos que podem comprometer a sobrevivência do negócio.

Os principais fatores para o fracasso ou a mortalidade das empresas são:

- Desconhecer o campo ou mercado de atuação: Falta de conhecimento a respeito do campo ou do mercado de atuação, contribui para os altos índices de fracasso das empresas. É essencial que se tenha conhecimento ou que seja realizada uma pesquisa a respeito do negócio.

- Negócio em setor não rentável: Muitas vezes não bastam boas ideias para que se tenha um negócio altamente lucrativo, se faz necessário a escolha de uma indústria onde você pode conseguir um crescimento sustentado. Algumas vezes é preciso mais do que uma boa ideia e entusiasmo para permanecer no negócio.

- Ausência de um plano de negócios: O plano de negócios é documento que especifica a sua empresa como um todo. A ausência de um documento como esse pelos empreendedores é um dos principais fatores do fracasso empresarial. Em outras palavras o plano de negócios é uma espécie de roteiro que mostra de forma detalhada onde você esteve, onde você está e qual será o futuro do seu negócio.

- Não planejar o investimento ou as finanças: Além de desconhecer boa parte dos conceitos de finanças indispensáveis para tocar um negócio, faltam controles financeiros. Ausência de capital inicial, capital de giro, não controlar os custos, bem como de outros controles internos ligados à capacidade de gerenciamento de uma empresa, tais como: compras, vendas, estoques, finanças, contabilidade, recursos humanos, etc. Não planejar o investimento a ser feito, seja ele a curto prazo com o capital inicial, ou a longo prazo com capital de giro, contribui para o insucesso das empresas. É necessário que se planeje os investimentos, afim de evitar o acumulo de dívidas e o pedido de empréstimos.

- Má gestão: Gestão de um negócio engloba uma série de atividades: planejamento, organização, controle, direção e comunicar. A regra fundamental de gestão de pequenos negócios é saber exatamente onde você está em todos os momentos. Um problema comum enfrentado por empresas de sucesso está crescendo além dos recursos de gestão ou habilidades.

- Alta carga tributária: Um fator que está ligado a parte financeira da empresa é a alta carga tributária, que é a grande inimiga das novas e já existentes empresas, principalmente no Brasil. Os impostos sufocam qualquer empresa, principalmente na hora da formalização e contratação de pessoal.

- Financiamento inadequado: As empresas precisam de fluxo de caixa para se manter através dos ciclos de vendas e do fluxo e refluxo natural dos negócios. Empreender com as contas bancárias vazias é responsável por uma boa parte do insucesso empresarial. O dinheiro é a base do negócio, muitas vezes pedir dinheiro de credores pode ser complicado.

- Mistura de patrimônios: Uma razão clássica e um dos mais sérios motivos para o fracasso é de confundir ou misturar as contas da empresa e as despesas pessoais. O patrimônio da empresa não deve ser misturado ao patrimônio dos donos. O ideal é ter um pró-labore estabelecido e dentro da realidade financeira da empresa, e a partir daí fazer retiradas para pagar as contas.

- Possuir atitudes reativas: Postura de quem quer fazer sempre as mesmas coisas, percorrer os mesmos caminhos, tem aversão as mudanças, não se antecipam ou reagem à concorrência, novas tecnologias, ou mudanças do mercado, conservando sempre as mesmas condutas, no provérbio popular: “Em time que está ganhando não se mexe”.

- Não definir estratégias para os clientes: São os clientes que influenciam no negócio e é preciso uma estratégia para lidar com eles. Não compreender o perfil dos seus clientes, preferências ou seus hábitos de compra, um cenário onde poderia, se antecipar e poder surpreender seu público, baseado nessas informações.

- Perder o senso de realidade: Uma das principais características dos empreendedores é o otimismo, porém é preciso ter sempre os pés no chão antes de tomar as decisões, mesmo acreditando que a ideia vai ser um sucesso.

- Buscar o produto ou negócio

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