Anteprojeto para implantação de uma política e de técnicas em gestão do conhecimento em empresas de pequeno e médio porte.
Por: kamys17 • 12/10/2018 • 5.081 Palavras (21 Páginas) • 380 Visualizações
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O processo de implantação de um sistema de gestão de conhecimento baseado na otimização de sistemas pode requerer mudanças. As mudanças geram contradições e paradoxos porque implicam em ruptura parcial com práticas e hábitos que já estão consolidados (Vasconcelos & Vasconcelos, 2004)
Algumas ferramentas podem facilitar a implantação de sistemas de gestão da qualidade, tais como o Balanced Scorecard – BSC – que dentre outras, é uma ferramenta que desempenha muito bem a maneira de medir a performance de uma organização a tal ponto de poder ser usado, também como forma de gestão; assim o BSC contempla quatro perspectivas dentro da organização, que são: a) perspectiva financeira; b) perspectiva dos clientes; c) perspectiva dos processos internos e d) perspectiva do aprendizado e crescimento.
Nesta visão mais abrangente da organização, em termos de desempenho integral, a uma estratégia de gerenciamento permitem tomadas de ações decisórias mais concisas e menos pontuais. Os laboratórios de análises clínica, na sua maioria, trabalham com medida de desempenho contábil-financeiro e, calcados nestas, conduzem o gerenciamento, determinando ações imediatistas e de pouco alcance, sendo que a gestão do conhecimento através das ferramentas aqui delineadas, proporcionam ações e controle de maior alcance e perenidade.
Assim posto, acredita-se que os laboratórios clínicos de qualquer porte, poderão se beneficiar das ferramentas de GC, realizado mediante sistema de TI, não só como forma de gerenciar a organização em si, mas também como forma de medida de desempenho, aumento de qualidade, bem como de um sistema de gerenciamento do conhecimento para a organização, tendente à sua constante evolução.
2 OBJETIVO
2.1 Objetivo Geral
Implantar um sistema de gestão do conhecimento, fundado na otimização de qualidade de sistemas de TI em laboratórios de análises clínicas.
- Objetivos Específicos
a)Propor metodologia para implantação.
- Identificar as contribuições que a GC pode proporcionar na gestão empresarial de laboratório clinico.
3. JUSTIFICATIVA DO TEMA
A quantidade e a qualidade da informação e do conhecimento existente em uma empresa, com o uso intensivo da internet e todos os meios de comunicação disponíveis, cresce a cada dia. Os colaboradores, na execução diária do empreendimento, necessitam criar e trocar informações com maior rapidez e em um volume maior do que existia no passado.
Barclay e Murray (apud GOMES E BARROSO, 2000) consideram a gestão do conhecimento como uma atividade de negócios, com dois aspectos básicos. O primeiro aspecto aborda o componente de conhecimento das atividades de negócios explicitamente, como um fator de negócios refletido na estratégia, política e prática em todos os níveis da empresa. O segundo aspecto estabelece uma ligação direta entre as bases intelectuais da empresa, o que existe explicitamente e o que existe de tácito, ligando tudo isso aos resultados.
Para aplicar um projeto de gestão do conhecimento é necessário: identificar e mapear os ativos intelectuais ligados à empresa; gerar novos conhecimentos, tornar possível o compartilhamento do conhecimento tácito existente, e tornar acessíveis informações corporativas, compartilhando as melhores práticas. Para viabilizar esta estrutura, é necessário incluir a tecnologia que torna isso possível, como as ferramentas de groupware (software em rede, que permite que diversas pessoas trabalhem em conjunto com documentos e arquivos) e intranets.
Um fator fundamental na GC é a valorização das pessoas dentro da organização.
Uma organização empresarial deve acreditar profundamente que ela é importante, que ela faz diferença. Se ela não tiver esta crença, eu acho que não terá um bom desempenho porque, mais cedo ou mais tarde, surgirá uma crise e tudo dependerá das pessoas abrirem mão de seu ego. E também porque a alma define o trabalho. Peter F. Drucker apud ANGELONI (2002)
Um dos princípios da GC prega que o conhecimento deve ser gerenciado dentro do contexto onde é criado o valor. Nessa linha, Stewart, 2002 coloca que o projeto, desenvolvimento e organização de um sistema para suportar a GC deve ser criado, tendo-se em mente somente uma organização, a própria organização onde se trabalha. Deve-se buscar na estratégia da própria empresa quais são as informações das quais ela necessita e onde se localizam os processos críticos e de maior valor para empresa.
O tema escolhido pretende demostrar que a saúde, também são prestadoras de serviços e trabalham com tecnologia, bem como que o fator humano ainda é um diferencial enorme, mas que a tecnologia é um grande aparato, e, assim como outras ferramentas existentes nas organizações, precisa de atenção e gestão para sobreviver.
Pretende-se ainda demonstrar que, na área da saúde, a filosofia da qualidade não difere da aplicada nas indústrias. A adequação do produto ou serviço aos anseios do cliente é um fundamento de qualidade perfeitamente aplicável aos diversos serviços de assistência à saúde.
Com efeito, o aumento da complexidade desses serviços, impulsionados pela demanda tecnológica e pela explosão de novos conhecimentos, acrescidas do aumento da expectativa de vida e do maior número de pacientes portadores de doenças crônicas, vem onerando o gasto em saúde, de modo que o desafio atual desse setor é prestar atendimento humanizado, com alta produtividade e baixo custo, num contexto de gestão do conhecimento. É o que se espera como resultado do programa de gestão de conhecimento fundado em qualidade.
Sendo assim, na trajetória administrativa dos laboratórios, não pode ser diferente e deve ser medido e avaliado constantemente (integral). Neste sentido os laboratórios clínicos necessitam desatrelar a qualidade intrínseca de seu objetivo principal, pois estas organizações de prestação de serviços, assim como todas as outras deste setor, tem a qualidade como premissa.
Pelas ponderações feitas nos parágrafos anteriores, parece importante introduzir uma mentalidade de gestão do conhecimento mais abrangente e dinâmica para os laboratórios clínicos, uma vez que suas ações administrativas nem sempre acompanham a evolução que as organizações necessitam para manter-se no mercado turbulento e altamente competitivo.
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