Analise Morgan- Organização como fluxo e transformação
Por: Evandro.2016 • 1/5/2018 • 1.929 Palavras (8 Páginas) • 219 Visualizações
...
Entretanto podem surgir encruzilhada no caminho da mudança, que no ambiente organizacional uma mudança pequena no meio do processo produtivo pode tomar uma proporção catastrófica para a empresa. Além disso o autor defende que os padrões a serem adotados não podem ser impostos, tem que ser natural envolvendo a organização, hierarquia e controle.
A mudança dentro do ambiente quebra paradigmas, rótulos e maneiras de organizar as tarefas. Sendo assim o papel fundamental dos administradores é criar e moldar contextos para uma nova forma de auto-organização. É de extrema importância que o gestor identifique o gargalo para que assim mesmo de um ponto pequeno com o objetivo de expandir a mudança altere a estrutura da empresa, para se atingir o resultado esperado. Assim a teoria do “caos e complexidade”, afirma que em sistemas complexos não há uma maneira de planejar ou controlar as operações do sistema de maneira global, geralmente o ideal é que o administrador use parâmetros críticos que faça evoluir.
2.3 Causalidade Mútua: Círculos em lugar de Linhas
Nesta parte do capitulo o autor cita que as organizações evoluem ou desaparecem em conjunto com mudanças que ocorrem nos seus ambientes e que a administração estratégica dessas organizações requer um entendimento deste contexto. Isto exige que os membros da organização adquiram uma nova maneira de raciocinar a respeito do sistema de relações circulares ao qual pertencem e que compreendam como estas relações são formadas e transformadas pela empresa através de processos que são mutuamente determinantes e determinados. A teoria encoraja que se pense sobre mudança como círculos e não linhas e substitui a idéia de causalidade mecânica. Quando se analisam situações como círculos e não como linha, invariavelmente se chega a configurações mais ricas do sistema considerado. Existem muitos níveis nos quais um sistema pode ser analisado, e a escolha da perspectiva dependerá muito da natureza do problema com o qual se esta lidando.
Em complemento, o método para analisar este tipo de mutua causalidade foca no papel do feedback positivo e negativo no delineamento da dinâmica dos sistemas. Processos de feedback negativo, em que uma mudança em uma variável inicia uma mudança na direção oposta, são importantes para explicar a estabilidade dos sistemas. Por sua vez, os processos caracterizados por feedback positivo, são importantes para explicar a mudança do sistema (quanto mais feedback maior o fenômeno, quanto menos, menor). Estes mecanismos de feedback, juntos, podem explicar as razões pelas quais sistemas ganham ou preservam determinada forma e como esta forma pode ser elaborada e modificada com o tempo. Para exemplificar, o autor apresenta o caso da vaca louca na Inglaterra, que iniciou-se na década de 80 e, com feedback negativos foi “abafado”, porém o fenômeno continuou ocorrendo e bastaram alguns feedbacks positivos associando a morte de pessoas à uma doença que poderia ser ligada ao consumo da carne que o problema voltou e foi aumentando sempre que novos feedbacks eram inseridos, como por exemplo o McDonalds afirmou que não usava carne inglesa em seus restaurantes, outros países suspenderam a importação de carne, etcs. Por fim, a Inglaterra teve que sacrificar quatro milhões de vacas para resolver o problema.
Ao se tentar compreender a lógica da mútua causalidade, é importante levar em consideração que existem padrões-chave nos sistemas e entende-los é um fator de sucesso e prevenção contra possíveis efeitos “dominós” na empresa. Outro fator que o autor cita é que em alguns sistemas um elemento pode ser o fator de destruição e colapso, pelo fato de consumirem recursos do sistema.
2.4 Contradição e crise: a lógica da mudança dialética
Nesta parte do capitulo o autor insere o estudo sobre os opostos. De fácil entendimento, a afirmação é de que qualquer fenômeno implica e gera o seu oposto. O autor remete à teoria Taoísta da antiga China, com os símbolos Yin e Yang, refletindo a importância dos opostos. Baseado nisto, o autor cita os trabalhos de Marx e Hengel como contribuições teóricas para a lógica da mudança:
- O primeiro principio é relacionado à luta mutua, a unidade dos opostos. Isto é, o existem mudanças autogerados, em que os fenômenos mudam a si próprios como resultado de tensões em face dos seus opostos. Se uma pessoa tenta dominar a outra, esta outra muda e luta contra a domição, por exemplo.
- O segundo princípio explica como a mudança pode assumir um caráter de desenvolvimento, no sentido de que cada negação rejeita uma forma anterior, embora mantenha ainda algo desta antiga forma. O autor exemplica com: um ato de controle gera uma negação, que gera uma negação do executor do ato de controle e o circulo vicioso continua.
- O terceiro principio refere-se aos processos de mudança revolucionários em que um tipo de organização social dá lugar a outro. Ou seja, formas de controle podem gerar processos reacionários que acumulados podem criar uma nova ordem em que a resultante seja a cooperação das partes ou a destruição de uma.
Com isso, a combinação destes três princípios mostra uma visualização rica do processo de mudança.
Ainda tratando sobre as teorias de Marx, o autor cita o conflito entre trabalhador e empresário. O fator abordado por Marx é que o valor gerado pelo funcionário não retorna para ele, pois, em contra partida para aumentar o lucro o empresário sempre quer reduzir custos. Por fim, ele agrega o conflito com competidores que reduz o lucro.
Em complemento, a teoria da causalidade mútua, leva a um pensamento em termos de círculos, mas em círculos de um tipo especial em que se reconhece que toda a ação tem uma tendência a produzir um movimento na direção oposta. Isto possui consequências importantes para o modo de como ocorre a organização em todas as esferas da vida, encorajando o reconhecimento de que os parâmetros da organização definem os pontos de reagrupamento para a desorganização, de que o controle sempre gera forças de contra-controle e de que todo o sucesso é a base de um fracasso. Assim, a análise dialética demonstra que a gerência das organizações, da sociedade e da vida pessoal envolve, em última análise, a gerência da contradição.
3.0 Vantagens e limitações da metáfora
Uma grande vantagem da metáfora é entender de uma forma mais
...