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Adm virtual

Por:   •  1/3/2018  •  5.163 Palavras (21 Páginas)  •  251 Visualizações

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Uma análise mais detida, porém, concluirá que a corporação virtual tanto pode ser uma aliança de empresas, como uma única empresa; tanto pode ter amplas instalações, como existir apenas num computador pessoal; por fim, também pode ser uma joint ventures ou uma pequena empresa. Isto porque, essencialmente, a corporação virtual é um negócio baseado nas informações em tempo real, apesar de envolver vários aspectos intrinsecamente relacionados, principalmente globalização, alianças estratégicas, terceirização, redes de informações, relações de cooperação e core competencies.

RESGATANDO O TRABALHO DE ALGUNS AUTORES

Uma análise mais detida do que seja a corporação virtual parte da proposta de Davidow & Malone, que cunharam a expressão. Em seguida, resgata o trabalho de autores que procuram explicar as mudanças em curso na sociedade, através da sucessão de ciclos econômicos provocada pelo desenvolvimento tecnológico associado à evolução da demanda dos consumidores. Nesta linha de análise, a corporação virtual seria a moderna denominação de um fenômeno previsto desde o advento da indústria de informática na década de 60, aproximadamente.

Alvin Toffler (A Terceira Onda ), demonstra que a evolução da humanidade ocorre através da sucessão de ondas de civilização, cada uma delas com características intrínsecas particulares, tais como: valores, tecnologias, relações geopolíticas, estilos de vida, modos de comunicação. São exatamente os períodos de crise, de grandes mudanças aparentemente não relacionadas, de deterioração e aparente colapso da humanidade, que indicam o nascimento de uma nova civilização, conflitante com a civilização em curso.

[pic 2]

Embora a sucessão de ondas de mudanças profundas seja considerada em um amplo contexto sócio-político-econômico-ambiental e ainda que o próprio autor se utilize quase que exclusivamente da metáfora – a terceira onda – para denominar a civilização corrente nos dias de hoje, a questão do desenvolvimento tecnológico permeia toda a

argumentação, estando no âmago das mudanças. É a tecnologia, criada pelo próprio homem, transformando continuamente a humanidade, a ponto de provocar rupturas e favorecer a sucessão de civilizações, completamente diferentes em seus valores, hábitos, costumes.

DAVIS & DAVIDSON também discutem o impacto provocado pelas mudanças tecnológicas, propondo que, da mesma forma que os seres vivos, produtos, mercados e negócios, também a

humanidade se desenvolve em ciclos. As economias têm um ciclo vital, baseadas no desenvolvimento tecnológico e na demanda de mercado. Cada ciclo vital apresentaria quatro fases: gestação, crescimento, maturidade e envelhecimento. Ocorrem momentos de ruptura, quando um ciclo não é extinto mas absorvido pelo novo ciclo que desponta. Novas oportunidades, renovação dos produtos baseados na velha tecnologia, nascimento de novos setores de negócios, e morte de outras tantas empresas, são conseqüência do impulso tecnológico desses momentos de ruptura, onde um ciclo envelhecido entra em choque com o novo ciclo, antes de ser completamente absorvido pelo novo.

[pic 3]

Hoje, no final dos anos 90, já estaríamos na metade do terceiro ciclo vital, denominado economia da informação. Este ciclo teria começado nos anos 50, e estaria agora na fase de crescimento, absorvendo o ciclo anterior e provocando a completa renovação dos negócios que amadureceram na era industrial. A expansão dos produtos e serviços oferecidos através da Internet não mais nos surpreende, tampouco o investimento das empresas e instituições nos produtos inteligentes.

Ao todos identificam-se quatro ciclos: o primeiro foi a economia agrícola, o segundo a economia industrial, o terceiro a economia da informação e o quarto a bioeconomia, esta última nascente nos anos 90. Nesta sucessão de ciclos de desenvolvimento, ao mesmo tempo em que um ciclo é absorvido pelo seguinte, ele também é o suporte do qual depende o ciclo nascente. Cada ciclo depende de determinada infra-estrutura tecnológica, que deve expandir-se para permitir a transformação econômica e o posterior crescimento. Até a fase de crescimento as empresas que se renovam com a nova base tecnológica obtêm vantagem competitiva, mas no final do ciclo a tecnologia passa ao domínio do conhecimento comum e novo salto tecnológico é necessário para renovação, trazendo um novo ciclo econômico.

Quanto à administração, é considerada a distinção entre empresa e organização:

- A empresa aplica recursos para criar produtos e serviços que atendam às necessidades do mercado.

- A organização é a maneira pela qual estes recursos são administrados, compreendendo estrutura, sistema, funcionários e cultura.

Esta distinção ajuda a manter o foco no porquê as pessoas estão administrando e não na maneira pela qual administram, permitindo encontrar as bases necessárias para a mudança da organização em função dos negócios futuros, da empresa futura. A forma da organização deve seguir a função do negócio.

Não é por acaso que o negócio se revitaliza primeiro e somente depois a organização se adequa a ele. Considerando-se a sucessão de ciclos, isso explica o porquê de os novos modelos de organização surgirem de negócios nucleares, baseados na principal tecnologia do ciclo em ascensão.

No início da revolução industrial nos EUA, por exemplo, os modelos vieram das ferrovias, que estavam no centro da incipiente economia industrial. Em seguida, tivemos Ford e Sloan na indústria automobilística, que passou a ser o núcleo da economia industrial e que permanece até hoje. Nesta linha, não seria prematuro vislumbrar que a indústria de informática, infra-estrutura em crescimento deste terceiro ciclo, venha a ditar novos modelos de organização, como parece já estar acontecendo na Microsoft de Bill Gates. Ou talvez a Microsoft da era da informação seja apenas equivalente às ferrovias da era industrial, cabendo a Andreessen, da Netscape, levar este ciclo econômico ao seu amadurecimento, como fizeram Ford e Sloan. Segundo Andreessen, que se declara capaz de provar que a Microsoft já está ultrapassada, “em dez anos nós vamos olhar para trás e perguntar o que era mesmo aquela história de Windows”.

[pic 4]

Os negócios que são pura informação serão globalizados primeiro. A distância e o isolamento

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