ATPS - Administração de Materiais e Logística
Por: Hugo.bassi • 16/10/2018 • 2.381 Palavras (10 Páginas) • 378 Visualizações
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Em linhas gerais, podemos definir as duas principais funções dos Estoques são garantir o abastecimento de materiais, neutralizando os efeitos da demora ou atraso no fornecimento de materiais, da sazonalidade no suprimento e dos riscos e dificuldade no fornecimento. Além disso, proporcionar economias de escala através da compra ou produção em lotes econômicos, pela flexibilidade do processo produtivo e pela rapidez e eficiência no atendimento às necessidades.
Diversos são os itens armazenados em estoques e, por essa razão são também variados os tipos de estoques existentes. Listam-se, a seguir, os principais tipos de estoques existentes. Os estoques de Matérias Primas constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo da empresa. São itens iniciais para a produção. Os estoques de materiais em processamento, ou de materiais em vias, são constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo da empresa. Os produtos em processamento são aqueles que não estão nem no almoxarifado, por não serem mais insumos iniciais e nem tampouco no depósito, pois ainda não estão acabados.
Os estoques de Produtos Acabados referem-se aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi completado inteiramente. Constituem o estágio final do processo produtivo e já passaram por todas as fases. Os Estoque em Trânsito São os estoques que estão em trânsito entre o ponto de estocagem ou de produção. Quanto maior a distância e menor a velocidade de deslocamento, maior será a quantidade de estoque em trânsito. Exemplo: produtos acabados sendo expedidos de uma fábrica para um centro de distribuição. Por fim, os estoques em Consignação configuram-se com produtos com um cliente externo que ainda é propriedade do fornecedor. O pagamento por estes produtos só é feito quando eles são utilizados pelo cliente.
A reposição dos estoques, outro aspecto de notória importância dentro da gestão dos armazéns, deve considerar a demanda das unidades produtivas e consumidoras, de forma a encontrar a periodicidade de reposição adequada, de cada um de seus itens em estoque, considerando as quantidades e a periodicidade de reposição.
Marco Aurélio P. Dias alerta sobre as grandes variações, incertezas e instabilidades do mercado atual e da necessidade de que o gerente de materiais prepare-se de forma adequada para suportar os efeitos negativos eventualmente ocasionados por esses fatores. O setor de estoques deverá estar apto a responder às novas exigências das áreas solicitantes, com relação às variações dos preços de venda de seus produtos acabados e dos preços das matérias-primas. Dentro da incerteza, uma das formas confiáveis e seguras é a correta implantação da política de estoques.
Em períodos de crises econômicas e em regimes inflacionários, os gestores de estoques deparam-se com problemas complexos, já que o volume de vendas diminui e os preços dos produtos e insumos são constantemente reajustados. Como consequência, ocorre a redução imediata na margem de lucro, agravada pela irregularidade da demanda na quase totalidade da sua linha de produtos. A gestão dos estoques torna-se então indispensável para a sobrevivência das organizações.
Principais sistemas para gestão de Estoques
Diversas fórmulas são utilizadas para reduzir estoques sem afetar o processo produtivo e sem o crescimento dos custos. Um dos maiores desafios que os gestores encontram na Administração de materiais é alcançar o equilíbrio entre o suprimento disponível e a imobilização de capital em estoques. As fórmulas clássicas, como a do Lote Econômico, já foram satisfatórias em tempo de estabilidade e certeza. No atual cenário mercadológico, de crises, incertezas são necessárias novas abordagens
Sistema duas gavetas: Considerado como Método mais simples para controlar os estoques, tem seu uso bastante difundido em revendedores de autopeças e no comércio varejista de pequeno porte, devido a sua simplicidade e facilidade de aplicação. Por sua simplicidade e limitações, é recomendável a utilização para as peças e equipamentos da classe C, segundo a classificação ABC de Pareto. A técnica resume em dividir todo o estoque em duas gavetas. Uma das gavetas possui uma quantidade equivalente ao consumo previsto no período produtivo normal. As requisições de material que chegam ao almoxarifado são atendidas pelo estoque da referida caixa.
A outra caixa ou gaveta, representa uma forma rudimentar de ponto de pedido, ou seja, possui uma quantidade de material suficiente para atender ao consumo durante o tempo de reposição, mais o estoque de segurança.
Sistema de Revisão Contínua: Também conhecido como Sistema dos máximos - mínimos, esse método de reposição de Estoques é utilizado para reduzir as imperfeições causadas pelas dificuldades para determinação do consumo e pelas variações do tempo de reposição também chamado de sistema de quantidades fixas. Basicamente o sistema consiste em determinar dos consumos previstos para o item desejado, dentro de um o período de consumo previsto. Em seguida é necessário efetuar cálculo do ponto de pedido em função do tempo de reposição do item pelo fornecedor, calcular os estoques mínimos e máximos e calcular dos lotes de compra.
A principal vantagem desse método é uma razoável automatização do processo de reposição, que estimula o uso do lote econômico, em situações em que ele pode ser usado naturalmente, e abrange os itens das classes A, B e C.
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Sistema das revisões periódicas: Por esse sistema, o material é reposto periodicamente em ciclos de tempo iguais, chamados períodos de revisão. A quantidade pedida será a necessidade da demanda do próximo período. Considera-se também um estoque mínimo ou de segurança e ele deve ser dimensionado de forma que previna o consumo acima do normal e os atrasos de entrega durante o período de revisão e o tempo de reposição.
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Estudo de caso
Utilizaremos neste nosso estudo uma experiência prática vivenciada por um dos membros da equipe, o aluno Alexandre Baêta, enquanto atuava como analista de processos, dentro da empresa LOJAS REDE, maior rede varejista de cosméticos e produtos de beleza do estado de Minas Gerais e uma das maiores do Brasil. Na ocasião, após diversas entrevistas e levantamentos de requisitos
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