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A UTILIDADE DAS METÁFORAS NA CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO

Por:   •  3/4/2018  •  1.136 Palavras (5 Páginas)  •  236 Visualizações

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A utilização da metáfora, de acordo com Morgan, serve para gerar uma imagem para o estudo de um objeto. Esse ponto merece um exemplo, diferente dos que o autor deu para ilustrar sua teoria, para tanto, recorrerei a Camões, que diz: “o amor é fogo que arde sem se ver”. Nessa analogia, o autor utiliza uma metáfora para o sentimento “amor”, dizendo que ele é “fogo”. Obviamente, o que o poeta quis dizer é que o amor, muitas vezes, pode machucar alguém, fazê-la sofrer, não fisicamente como o fogo, que queima, mas sentimentalmente. O autor diz que a metáfora, portanto, se baseia somente numa verdade parcial, requerendo da pessoa que a utiliza uma abstração, enfatizando certas características e suprimindo outras, numa comparação seletiva.

No que diz respeito ao uso das metáforas na teorização organizacional, o autor afirma que a visão ortodoxa baseou-se de forma predominante nas metáforas da máquina e do organismo, e que, posteriormente, devido aos insights limitados gerados por essas duas metáforas, novos modelos foram surgindo, já que estudiosos passaram a observar as organizações sob a ótica de novas metáforas, tornando possível entendê-las de novas maneiras.

O autor deixa muito claro que nenhuma metáfora é completa, ou seja, nenhuma delas, por si só, consegue explicar completamente uma organização, dada sua complexidade. Com isso, ele nos apresenta uma série de metáforas que foram surgindo no decorrer de toda construção da teoria organizacional, sempre as atrelando ao paradigma que elas estão inseridas, ou que elas representam.

No paradigma funcionalista encontramos as metáforas da máquina, do organismo, do cérebro, da política, dentre outras. No paradigma interpretativista estão as metáforas do texto, dos jogos de linguagem e da realização ou conquista. Já no paradigma humanista-radical, encontramos a metáfora da prisão psíquica. Por fim, no paradigma estruturalista radical estão as metáforas de instrumentos de dominação, sistemas cismáticos e de catástrofe.

Morgan conclui enfatizando a importância das metáforas e de suas diferentes utilizações e diz que o desafio para a teoria organizacional que emana dos paradigmas apresentados por ele nesse artigo é penetrar por sob a aparência superficial do mundo empírico e desvendar a profunda estrutura de forças que explicam a natureza, a existência e a transformação contínua das organizações dentro de todo o contexto mundial.

O que o autor quis dizer, a meu ver, é que é preciso um olhar mais investigador sob as organizações, para que se possa desvendar os seus mistérios e resolver os seus problemas. Mas um olhar sob várias óticas, ou seja, vários pontos de vistas. Importante destacar aqui a importância do gestor nesse processo, que deve estar sempre atento à organização em sua totalidade, ou seja, não se descuidar da visão holística, sempre procurando utilizar várias metáforas que se inter-relacionam, na busca de melhores resultados. Há uma imensidão de metáforas que vão além daquelas do paradigma funcionalista, basta usar a criatividade.

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