A Logistica Reversa
Por: kamys17 • 19/9/2018 • 2.918 Palavras (12 Páginas) • 255 Visualizações
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De acordo com Guarnieri (2006), o processo logístico reverso, tornou-se um assunto de grande importância atualmente, por diferentes motivos, como: redução do ciclo de vida e a obsolescência precoce dos produtos; criação de novas tecnologias e de produtos constituintes de novos materiais; entre outras.
Diante deste contexto surge a problematização deste artigo: A utilização da logística reversa pode ser considerada um diferencial competitivo para uma organização?
Contudo, é importante destacar que a implantação da logística reversa em uma organização traz um diferencial competitivo, atraindo mais consumidores que visualizam a importância da preservação do meio ambiente e de atitudes sustentáveis praticadas pelas organizações.
METODOLOGIA
O presente artigo foi descrito com base na pesquisa qualitativa, que segundo Fleury (2000), tem como função observar, registrar, analisar e correlacionar-se os fatos ou fenômenos sem manipulá-los e sem a interferência do pesquisador. Apoiando esta textualização o artigo foi baseado em pesquisa bibliográfica, realizada por meio escritos e eletrônicos, como livros, páginas de web sites e outras, possibilitando uma visão geral de como as empresas administram a tarefa da logística reversa para obtenção de vantagens competitiva.
REFERENCIAL TEÓRICO E DISCUSSÃO
A Importância da logística reversa
Há muitas razões para que a Logística Reversa seja entendida como importante. Mas dentre tantas, foi identificado algumas de maiores relevâncias: Competitividade: por ser ecologicamente correta e também por meio do marketing ligado a questão ambiental, a empresa pode alcançar uma imagem diferenciada, tornando assim mais competitiva no mercado.
Sensibilidade ecológica e sustentável: a população está cada vez mais preocupada com os diversos aspectos do equilíbrio ecológico e sustentável. Estão preocupadas em atender suas necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras. Devido a isso, esses aspectos influenciam os fluxos de distribuição reversos. No entanto, há uma responsabilidade em relação aos produtos no fim do seu ciclo de utilização, como: disposição do lixo urbano devido a seus aspectos nocivos, reciclagem e reutilização de materiais e/ou produtos passíveis. Redução de Custos: a falta de informações dos volumes transacionados e das condições ambientais não tem justificado até então uma organização formal e uma maior estruturação dos canais de distribuição reversos, dificultando a visualização dos custos. No entanto, pode ser obtidas economias, como na utilização de embalagens retornáveis e no reaproveitamento de materiais para a produção, por exemplo, de acordo com a Associação Brasileira do Alumínio, uma tonelada de latas recicladas gasta-se apenas 5% da energia necessária para produzir a mesma quantidade de latas feitas a partir de alumínio virgem – estimado assim, a implantação da logística reversa.
Essa questão gera muitas discordâncias, devido à difícil visualização nos custos. Algumas empresas e especialistas acreditam que a Logística Reversa interfere nos custos da empresa de forma otimista, outros não. Isso ocorre porque a Logística Reversa não representa receita, mas sim custos.
De acordo com Pires (2007) as razões econômicas parecem as mais facilmente compreendidas e as que “motivam” as empresas a se engajarem nos processos reversos. O reaproveitamento de produtos e materiais pode muitas vezes ser mais econômico do que a aquisição de novos, ainda que tenham que ser realizadas atividades para possibilitar esse reaproveitamento.
Logística reversa como vantagem competitiva
Logística, de acordo com a Associação Brasileira de Logística é definida como:
“O processo de planejamento, implementação e controle do fluxo e armazenagem eficientes e de baixo custo de matérias primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do cliente”.
Conforme Lacerda (2002), vantagem Competitiva é a forma como a estratégia estudada e seguida pela organização pode determinar e sustentar o seu sucesso competitivo. São características que permitem a uma organização ser diferente por proporcionar mais valor na visão dos clientes, se destacando da concorrência e, com isso, obtendo vantagens no mercado.
Ela precisa ter valor para os clientes, não é suficiente ser diferente ou único essa diferença ou unicidade precisa ser desejada, obtida, almejada pelos seus clientes. Sem algo que não agregue valor para os clientes, que eles não tenham interesse, não é vantagem competitiva, é desperdício. Para obter bons resultados, não pode ter outras vantagens substitutas disponíveis aos concorrentes. Pois se os concorrentes não podem copiar a vantagem competitiva, mas ao invés disso substituí-la, todo o impacto dessa vantagem é neutralizado. Para fornecer a vantagem competitiva para os clientes de forma constante e consistente, a empresa precisa ter os recursos e a capacidade, visto que se a empresa não possui os recursos, ou não tem algumas capacidades necessárias, não poderá ser utilizada por um longo período. Dessa forma, a empresa terá de investir, perdendo os recursos na tentativa de desenvolver essa vantagem. Além disso, precisa ser sustentável. Se a vantagem competitiva não puder ser sustentada ao longo do tempo, se ela puder facilmente ser copiada pela concorrência, então não dura e a empresa não obtêm vantagens no seu mercado de atuação, dessa forma não trazendo os benefícios esperados. Atualmente, a Logística, vem apresentando uma evolução constante, sendo um dos elementos-chave na estratégia competitiva das empresas. Numa empresa a estratégia está relacionada à arte de utilizar adequadamente os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização dos problemas e a maximização das oportunidades (OLIVEIRA, 1999).
O processo de desenvolvimento econômico observado nos últimos 50 anos apresenta resultados negativos, em especial ao que se refere a urbanização. Com o crescimento desordenado, algumas cidades se tornaram centros econômicos, fazendo com que diversas pessoas migrassem para essas cidades maiores e mais desenvolvidas a procura de empregos e oportunidades, ocasionado um total descontrole ambiental. O consumo foi se tornando cada vez maior provocando sérios problemas nos sistemas de segurança, transporte, saneamento básico,
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