A IMPORTÂNCIA DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NO CENTRO CIRÚRGICO
Por: Ednelso245 • 15/11/2017 • 23.771 Palavras (96 Páginas) • 729 Visualizações
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Este Trabalho de Conclusão de Curso busca mostrar a importância da utilização dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI(s), de forma adequada e constante nas rotinas do Centro Cirúrgico da Maternidade Escola Assis Chateaubriand. Inova a abordagem sobre o tema com a aplicação da ferramenta de gestão da qualidade 5w2h (What? When? How? Where? Who? How much? Why? - que traduzido para o Português significa: O quê? Quando? Como? Onde? Quem? Quanto? e Para quê?) como forma de envolver as pessoas e a instituição na relevância do tema.
1.1 – Definição do Problema.
A população dos profissionais de enfermagem é potencialmente vulnerável a moléstias funcionais, devido ao contato direto e constante com pacientes. Esses profissionais, de um modo geral, estão expostos a uma série de riscos químicos, físicos e principalmente biológicos, sobretudo os que trabalham no centro cirúrgico, pois estão em contato direto com materiais perfurocortantes1, sangue e demais secreções corporais. Para tanto, medidas de segurança e precauções para evitar acidentes ou enfermidades laborais são extremamente necessárias. Essas precauções incluem a utilização de barreiras de proteção, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs, que utilizados corretamente permitem a realização de procedimentos de forma segura, tanto para o profissional que está prestando assistência, como para o paciente que está sendo atendido.[pic 8]
1 Perfurocortantes: Que perfura e corta ao mesmo tempo (Dicionário Michaelis, acesso em 12/10/2014, no endereço: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues).
Neste sentido tanto a instituição como os funcionários têm responsabilidades a cumprir, a primeira deve proporcionar o equipamento de proteção individual (EPI) adequado, em quantidade e qualidade necessárias para cada tipo de procedimento, enquanto funcionários devem comprometer-se a utilizá-los e conservá-los corretamente. Outro ponto importante é a constante necessidade de qualificação e conscientização do quadro de pessoal, com aplicação de cursos de capacitação sobre riscos ambientais e EPIs, para que servem, como usar e em quais situações devem ser usados, demonstrando sua importância e benefícios trazidos a toda a comunidade hospitalar como segurança, qualidade, saúde e economia de recursos.
O presente projeto visa demonstrar a importância da prevenção, através de orientações para os profissionais de enfermagem do centro cirúrgico da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, com o intuito de proporcionar uma percepção de riscos e mudanças de comportamento, demonstrando que a prevenção é a maneira mais econômica, eficaz, menos dolorosa e preocupante de cuidar da saúde e manter o bem estar em geral, além de promover o conhecimento e a sensibilidade a respeito da saúde ocupacional no trabalho.
Este projeto tem como local de pesquisa o Centro Cirúrgico da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, situa o leitor mostrando um breve histórico da MEAC, como ela está estruturada atualmente, e quais são as rotinas específicas do seu Centro Cirúrgico, as equipes multidisciplinares que lá atuam e os principais procedimentos realizados. Utiliza como base teórica as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e ferramentas da Gestão da Qualidade, especificamente o 5w2h, como forma de potencializar o conhecimento sobre o tema junto à população do Centro Cirúrgico.
1.1.3. Pergunta
– Como definir um modelo de inserção da cultura de prevenção aos riscos ambientais do Centro Cirúrgico da Maternidade Escola Assis Chateaubriand?
1.2. Objetivos
Este trabalho de conclusão de curso pretende abordar o tema de prevenção aos riscos ambientais sobre o enfoque da qualidade, com a aplicação da ferramenta 5w2h como forma de um projeto de melhoria nas campanhas de conscientização e capacitação sobre a importância dos EPIs.
1.2.1. Objetivo Geral
Demonstrar para a equipe de enfermagem do centro cirúrgico da MEAC da importância de utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como um fator de segurança para a saúde do profissional do usuário e da comunidade hospitalar como um todo.
1.2.2. Objetivos Específicos
Debater junto à equipe de enfermagem sobre as principais Normas Regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho – NR(s) e sobre a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual indicados para o centro cirúrgico, orientar os profissionais da enfermagem quanto ao uso correto desses equipamentos, relacionando a sua utilização com a redução dos casos de contaminação entre profissionais e pacientes. Implantar a cultura da prevenção através da utilização de ferramentas de Gestão da Qualidade como uma forma de aperfeiçoar processos, tornando-os mais seguros e eficientes.
2. MÉTODO PROPOSTO
Inicialmente elaborei uma pesquisa para ratificar a definição do problema proposto neste Trabalho de Conclusão de Curso, na qual apliquei um questionário junto a equipe do turno da manhã do Centro Cirúrgico da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, composta por dez técnicos de enfermagem com idade variando entre 28 e 54 anos de idade, com experiência na área de saúde variando entre 10 e 29 anos, todas do sexo feminino. A pesquisa visava medir o conhecimento dos mesmos sobre a importância da utilização dos equipamentos de proteção individuais – EPIs, na qual obtive os seguintes resultados:
- Todas as entrevistadas alegaram conhecer e utilizar os EPIs de forma correta, mas 30% (trinta por cento) deles afirmaram que não os utilizam diariamente em suas rotinas de trabalho;
- Sete de cada dez entrevistadas afirmaram que nunca se acidentaram, mas 90% (noventa por cento) delas afirmaram já ter presenciado acidentes pela ausência do EPI indicado para a rotina;
- Sessenta por cento das entrevistadas afirmaram que os EPIs disponibilizados para o Centro Cirúrgico apresentam qualidade razoável, entretanto o mesmo percentual das entrevistadas afirma também não receber os equipamentos necessários para os procedimentos realizados naquele Centro Cirúrgico;
- Sete em cada dez entrevistados afirmaram conhecer a Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde do Trabalho em Serviço de Saúde (NR 32 do Ministério do Trabalho e Emprego), mas a grande maioria (80%) alega nunca ter participado de capacitação ou treinamento oferecido pela Maternidade Escola sobre o tema, apesar de todos terem manifestado
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