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Estudo de caso: o uso dos equipamentos de proteção individual na construção civil na região metropolitana do Vale do Aço

Por:   •  19/11/2018  •  2.228 Palavras (9 Páginas)  •  516 Visualizações

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A segurança do trabalho é uma atividade que busca introduzir no setor produtivo, incluindo ai os trabalhadores e a direção da empresa, conceitos fundamentais sobre a prevenção de acidentes. É valido ressaltar os elevados índices de acidente no trabalho, e que este quadro, para ser revertido deve ter uma ação compartilhada de todos os segmentos da organização (CARDELLA, 1999).

Dados da OIT (2009) relatam à ocorrência de mais de 1,2 milhões de mortes por acidente de trabalho no mundo, ou seja, são dois trabalhadores mortos por minuto, sendo que as principais causas dos acidentes são a deteriorização das condições de trabalho, e o desrespeito ao direito de segurança do trabalhador ou a falta de uma regulamentação adequada.

A Segurança do Trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.

Sendo assim, torna-se importante contar com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) que é composta por representantes do empregador e dos empregados, e tem como missão a preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores e de todos aqueles que interagem com a empresa.

Outro ponto importante se refere aos EPI’s que são destinados à proteção da integridade física do trabalhador durante a atividade de trabalho. Tem a função de neutralizar ou atenuar um possível agente agressivo, contra o corpo do trabalhador que o usa. Segundo a Norma Regulamentadora 6 (NR -6) constitui-se em obrigação da empresa o fornecimento dos EPI”s gratuitamente para os empregados.

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3. Segurança no trabalho na construção civil

Assim, como qualquer atividade do setor privado, a construção civil visa, fundamentalmente, o lucro para suas empresas e, muitas vezes, a forma escolhida para obter maiores lucros se dá através da redução irrestrita dos custos, sendo um deles o da segurança no trabalho. Como alguns profissionais do setor não percebem o impacto da segurança do trabalho na produtividade da empresa, com freqüência ela é deixada para um segundo plano (HINZE, 1997; LISKA ET ALLI, 1993; DAVIES E TOMASIN, 1990).

No mundo, 337 milhões de acidentes nos postos de trabalho por ano. Alem de 160 milhões de casos novos de doenças do trabalho. E mais de 2 (dois) milhões de mortes relacionadas ao trabalho: 1574.000 por doenças, 355.000 por acidentes e 158.000 por acidentes de trajeto. A cada 15 segundos, morre um trabalhador por acidente ou doença relacionada ao trabalho, e 160 trabalhadores sofrem um acidente relacionado ao trabalho. Ao final do dia, cerca de 1 (um) milhão de trabalhadores terão sofrido um acidente no local de trabalho e em torno de 5500 trabalhadores morrem por causa de um acidente ou doença do trabalho. No Brasil, são 8 mortes por dia ou uma morte a cada 3 horas. Na Europa, a cada 5 segundos há um acidente de trabalho. (FONTE: ZUHER HANDAR, CONSULTOR DA OIT

– JUNHO 2009).

4. Materiais e métodos

A pesquisa foi realizada em 8 (oito) empresas de pequeno porte de construção civil do Vale do Aço. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados questionários aplicados através de entrevistas como os responsáveis pela segurança no trabalho, sendo que em alguns dos casos o próprio dono da empresa era o responsável por este assunto.

Os EPI’s foram separados em quatro grupos, sendo:

- EP I ’s par a P rot eção da Cabeça - Grupo I;

- EP I ’s par a P rot eção de P er nas e P és – Grupo II;

- EP I ’s par a P rot eção do Tro nco – Grupo III;

- EP I ’s par a P rot eção de Br aço s e Mão s – Grupo IV.

5. Resultados e discussão

Verificou-se que os EPI’s fornecidos pelas empresas para a proteção da cabeça correspondem ao capacete, óculos, protetor auricular e máscaras. O uso de capacete com protetor facial é limitado à apenas 50% das empresas estudadas. Verificou-se que embora a atividade de soldagem implica na exposição aos fumos metálicos apenas 87,5% das empresas pesquisadas promovam o seu efetivo fornecimento. Outro aspecto, relevante é a limitação do uso do protetor facial no uso de serra circular, que atingiu apenas 37,5% (Tabela 1).

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Tabela 1 – Fornecimento de EPI”s para a proteção da cabeça em empresas da Região Metropolitana do Vale do

Aço .

EPI's

Fornecimento

Freqüência

%

Capacete

Óculos

Protetor facial para serra circular

Protetor Auricular

Máscara para pó

Capacete Com protetor facial

Máscara para soldadores

8

8

3

8

8

4

7

100

100

37,5

100

100

50

87,5

Com relação à proteção das pernas e pés, verificou-se que o fornecimento do calçado fechado atinge a totalidade das empresas pesquisadas. No entanto, sapatos especiais, tais como as botas para concretagem e terrenos impermeáveis e a perneira de couro para soldagem e corte a quente atingem respectivamente 37,5% e 25% das empresas pesquisadas (Tabela 2).

Tabela

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