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A GESTÃO FINANCEIRA DA FAMÍLIA CRISTÃ

Por:   •  26/6/2018  •  11.377 Palavras (46 Páginas)  •  435 Visualizações

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Howard Dayton, estudioso de finanças, evidencia em seu título, O Seu Dinheiro, 1996, a importância que há em atentar para Bíblia, pois tem muito a nos dizer sobre dinheiro, há mais de 2.350 versículos que tratam de tudo que precisamos saber sobre a forma de lidar com o dinheiro. A palavra de Deus nos revela um projeto de como gerenciarmos as nossas finanças.

É por isso que Jesus falou tanto sobre dinheiro. Dezesseis das trinta e oito parábolas tratam da forma de se lidar com o dinheiro e com as posses. Na verdade, Jesus Cristo falou mais sobre dinheiro do que sobre quase todos os outros assuntos.

O dinheiro e a relação do Homem com ele é um assunto espiritual e também emocional. Há na Bíblia quinhentos versículos sobre oração, menos de quinhentos sobre a fé, porém, mais de dois mil trezentos e cinqüenta sobre dinheiro e posses.

Se o Senhor falou tanto sobre isso é porque deseja que conheçamos Sua perspectiva desta área crítica da vida. Ele importou-se com a questão do dinheiro porque dinheiro é importante!

As Escrituras ensinam que há duas partes distintas na forma de se lidar com o dinheiro: a de Deus e a do Homem. A maior parte da confusão relativa ao trato com o dinheiro surge da falta de um entendimento claro sobre essas duas partes.

A parte de Deus é o fundamento do contentamento. Nas Escrituras, Deus se autodenomina com mais de duzentos e cinqüenta nomes. Aquele que melhor descreve Deus nessa área do dinheiro é Senhor.

A forma como enxergamos Deus determina a forma como vivemos. Precisamos olhar exemplos como o de Jó, que após perder todos os filhos e filhas e todas as suas posses, ainda foi capaz de adorar a Deus. Sua adoração independia do quanto possuía.

Ao conhecer a Deus e Seu papel como Senhor de nossas posses estaremos prontos para aceitar o Seu papel de Senhor.

Pessoas, Dinheiro e Valores. O modo como cada um de nós lida com as finanças reflete nossas emoções, ambições, valores e sentimentos de auto-estima. Não por acaso a vida financeira das pessoas conta quase tudo sobre o modo como elas vêem a si e aos outros.

O fato é que construímos as bases de nossa relação com o dinheiro até por volta dos 5 anos de idade. Atitudes que funcionaram na infância e levaram-nos a conseguir os resultados desejados foram, em boa parte, os responsáveis pela formação da mentalidade financeira que temos hoje.

Não é difícil, por exemplo, reconhecer em adultos mimados, que se comportam como se o mundo inteiro lhes devesse os favores de repetidos empréstimos a fundos perdidos, traços egocêntricos da criança que cresceu sem que ninguém impusesse limites aos seus desejos.

Evidente que nada é tão definitivo em relação à falta de jeito para lidar com as finanças que não se possa, no decorrer da vida, consertar e aprender. Mas o ideal é receber, ainda criança, educação em relação ao dinheiro.

As pessoas são diferentes e sua visão de mundo é nutrida pelo histórico que cada uma vai construindo ao longo de sua vida.

Ao unirem-se, homens e mulheres se encontram para formação de objetivos comuns. Analisaremos agora qual a postura das pessoas frente à gestão financeira.

O dinheiro é um instrumento que pode comprar tudo, menos a felicidade, e pagar por tudo, menos pelo céu. “Tudo em sua mão é uma semente. Tudo na mão de Deus é uma colheita.” [1]

A riqueza sozinha nunca conseguiu fazer alguém feliz. O milionário John D. Rockefeller é citado por dizer: “Eu ganhei milhões, mas eles não me trouxeram a felicidade”.

A maioria das pessoas deseja ser rica, pois acredita ser a riqueza a fonte da felicidade. A relação entre a riqueza e felicidade a muito ocupa o tempo dos filósofos e economistas.

A mensagem mecanicista e consumista da sociedade moderna fincou raízes profundas em nosso modo de pensar. Porém a sociedade contemporânea abre espaço para uma nova postura, onde felizmente o consumo passa a perder espaço, gerando a reflexão das pessoas em busca do ser, por meio da organização financeira.

A verdadeira prosperidade do Homem é conhecer a Deus intimamente como provedor de tudo o que precisamos. Prosperidade é um estilo de vida que não se prende ao temporal, mas constantemente entrega o que é impossível manter numa longa jornada. É observar nossos dons, talentos e influência multiplicarem e crescerem.

Pesquisas mostram que em 50% dos casamentos que terminam em divórcio a causa direta é a divergência do casal em relação ao dinheiro. Como causa indireta o percentual de divórcios sobe para 80%.

O dinheiro pode atrapalhar o amor, minando mesmo relacionamentos apaixonados. O fato é que de todas as intimidades que se compartilha, a que envolve dinheiro provoca as maiores discussões, causando sérios ressentimentos.

Para conquistar relacionamentos fortes o bastante para superarem as dificuldades envolvidas no trato do dinheiro, é preciso compreender as origens das tensões financeiras.

Segundo Gustavo Cerbasi, em Casais Inteligentes Enriquecem juntos, há basicamente cinco estilos de como lidar com o dinheiro.[2]

POUPADORES: Sabem que é importante guardar e, por isso, não se importam nem um pouco em restringir ao máximo os gastos atuais, para poupar o que for possível e conquistar a independência com muito dinheiro. Nem sempre suas intenções são compreendidas; frequentemente recebem críticas por serem mesquinhos ou avarentos, verdadeiros “Tios Patinhas”.

Pontos fortes: disciplina e capacidade de economizar.

Pontos fracos: conformismo com um padrão de vida simples, restrições a novas experiências.

GASTADORES: Para estes, a vida é medida pela largura, não pelo comprimento. É importante viver bem hoje, pois o amanhã pode não existir. Gastam toda a renda, às vezes um pouco mais. Gostam de ostentar, destacam-se pelas roupas caras, não se sentem incomodados em encarar um financiamento se o objetivo é ser feliz. A poupança acumulada, quando existe, é só para a próxima viagem. Seu estilo de vida faz sucesso entre os amigos.

Ponto fortes: hábitos pouco rotineiros, tem abertura para as novas tendências e muitos hobbies.

Pontos fracos: insegurança em relação ao futuro, dependência extrema da estabilidade no emprego, aversão a controles, orçamentos e contas.

DESCONTROLADOS: Não sabem

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