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RELATORIO DE VISITA TÉCNICA

Por:   •  8/5/2018  •  2.212 Palavras (9 Páginas)  •  353 Visualizações

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- Principais demandas profissionais do Serviço Social na organização:

Amenizar as raízes de vulnerabilidade encontradas, impedindo que se alastrem causando outras demandas, potencializando o sujeito para se tornar protagonista da própria história tendo em mente as particularidades de cada situação, atuando de forma estratégica, usando os conhecimentos, habilidades e atitudes como referencial para intervir nas sequelas da pobreza e da exclusão social, tais como: família com ausência de renda ou renda insuficiente com consequente fragilização neste ambiente familiar, situações de violência e abuso, idosos e portadores de necessidades especiais negligenciados, adolescentes e crianças em situação de drogadição, levando estes a cometer atos ilícitos.

- Principais demandas profissionais do Serviço Social na organização transformada em objeto de intervenção da assistente social:

A assistente social tem como objeto de trabalho para intervenção a exclusão social, abandono/negligência, relacionamento familiar fragilizado, abuso sexual, maus tratos, prejuízos acarretados pela drogadição e abuso de álcool, ausência de renda, falta de alimentos e recursos.

- Principais instrumentos utilizados pela assistente social:

A assistente social faz o acolhimento, entrevista, quando necessário realiza visitas domiciliares, orienta, observa, realiza a abordagem, a análise documental, o estudo social, faz encaminhamentos, elabora planos de atendimento/acompanhamento.

ANÁLISE COMPREENSIVA:

- Análise a partir das categorias “expressões da Questão Social” e” manifestações da Questão Social”, das demandas profissionais transformadas em objeto de intervenção da assistente social:

O assistente social tem na questão social a centralidade da relação profissional e realidade; sendo assim, intercede nas relações sociais cotidianas objetivando o aumento e a solidificação da cidadania na garantia dos direitos civis, políticos e sociais á parcela da população em vulnerabilidade social, interferindo em questões como idosos negligenciados ou abandonados pela família, pessoas com moradia e/ou alimentação precária, sem higiene e saneamento com consequente dano à saúde, também em casos de violência, desemprego, entre outros.

- Análise a partir das categorias “objeto dado” e “objeto construído” de um dos objetos de intervenção do assistente social:

O assistente social, profissional que tem como seu objeto de intervenção as necessidades sociais, deve interceder nas expressões da questão social, as quais são uma consequência do capitalismo, atuando de forma a erradicar todas as formas de discriminação, promovendo a garantia dos direitos dos cidadãos, auxiliando na busca da própria autonomia, como está presumido no projeto ético-político profissional. O profissional deve, portanto, agir em conjunto com o usuário e seus familiares, investindo nas suas potencialidades, para que eles mesmos descubram seus valores, busquem seu autodesenvolvimento, e fortaleçam seus vínculos familiares já que a família é o elemento central para a base de formação do cidadão. Para trabalhar as relações familiares e as mudanças ocorridas na estrutura familiar ao longo da história é necessário que o profissional adote uma postura sócio-educativa, de trocas, tendo em mente o respeito à individualidade de cada família, procurando não fazer julgamento de valores, atuando como facilitador das relações do grupo familiar e fortalecendo a luta emancipatória dos usuários através de sua escolha teórica-metodológica e ética-política. O assistente social agindo de forma crítica e propositiva desenvolve metodologias para a intervenção nas famílias por meio da atualização de conhecimentos técnicos e habilidades, que quando articulados a um referencial teórico auxiliam para uma atuação coerente e comprometida para o êxito do projeto ético-político da profissão.

- Análise da intervenção da assistente social à luz da categoria “processo de trabalho”:

O profissional deve assumir uma postura investigativa sobre as consequências das relações existentes na sociedade sob o ponto de vista social, econômico e político, levando em conta o sistema capitalista de produção. No Brasil, a concentração de renda torna mais grave as desigualdades econômicas, políticas e culturais nas classes sociais, nessa perspectiva, o processo de trabalho do Assistente Social deve ter em vista a construção e a reconstrução dos conhecimentos e ações que levem em conta o sujeito em todas as suas dimensões, já que o processo de trabalho no serviço social reconhece a importância e a influência das várias faces do ser humano. Ao desenvolver seu processo de trabalho, o serviço social tem em vista a efetivação e a consolidação das políticas sociais públicas ou privadas, concretizando-se no cotidiano das relações e na melhoria da qualidade de vida, no planejamento de programas sociais e na sua execução.

O aumento das desigualdades sociais, políticas e econômicas aumenta e exclusão na realidade urbana e rural. Na atualidade, as políticas ainda não são totalmente efetivas nesta direção; são perceptíveis as altas taxas de desemprego, miséria, fome, violência, dificuldade ao acesso aos serviços de saúde, de educação são manifestações da questão social as quais expressam desigualdade e exclusão; neste sentido, as ações do processo de trabalho do assistente social estabelecem parcerias, vínculos e redes de apoio, fortalecendo a possibilidade de acesso aos direitos.

- Análise compreensiva da articulação do trabalho da assistente social com uma ou mais das políticas sociais:

O assistente social não deve ser somente um executor das políticas sociais, mais participante na sua elaboração e implementação. A concretização das políticas sociais é consequência da luta de classes e das mobilizações realizadas pela classe trabalhadora. A formulação das políticas sociais se dá para atuar e/ou interferir nas relações das questões sociais vinculadas as sequelas das problemáticas sociais.

O PAIF é um serviço continuado de proteção social básico feito pelo CRAS, o qual faz atendimento socioassistencial para pessoas em vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação ou ausência de renda, acesso precário ou nulo aos serviços públicos, com vínculos familiares fragilizados e em situação de discriminação.

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