O SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Por: Sara • 25/12/2018 • 9.390 Palavras (38 Páginas) • 419 Visualizações
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Palavras-chave: Saúde Mental; Família; Serviço Social; Portador de Transtorno Mental.
Abstract: This article aims to provide an approximation to the around of reality experienced by patients who suffer from mental disorder and the work carried out at your Family, whose intervention of the social worker must be in conjunction with the Needs of the users, in order to provide independence, the emancipation of
Individuals social democracy and the struggle for realization of rights.
Keywords: Mental Health; Family; Social Services; Mental patient.
- INTRODUÇÃO
O referido trabalho faz parte da avaliação final para a conclusão do curso e obtenção do grau de bacharel em Serviço Social, tendo como objetivo a reflexão e aprimoramento dos aspectos do assistente social frente ao CAPIS, A finalidade do relato é contribuir para que se faça conhecida a atuação do assistente social nestes espaços sócio ocupacionais assim como ampliar o debate do exercício da profissão.. A motivação acadêmica por essa temática partiu da experiência vivenciada junto à equipe de profissional e, especialmente a permanência junto ao usuário podendo observar a importância do diálogo e a informação.
O novo modelo de atenção à Saúde Mental se inicia em Santos/SP em 1989 com o Núcleo de Atenção Psicossocial- NAPS e se estende a todo Brasil a partir de então:
Os CAPS são dispositivos substitutivos aos hospitais psiquiátricos, abertos, são de gerenciamento municipal, oferecem tratamento diário e em alguns casos funcionam 24 horas.
Os CAPS são compostos por equipes multidisciplinares, como assistente social, auxiliar de enfermagem, educador físico, enfermeiro, psicólogo, psiquiatra, terapeuta ocupacional e arte educadores.
Segundo Ministério da Saúde o CAPS se propõe a:
Prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos;
Acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território;
Promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações Inter setoriais;
Regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação;
Dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica;
Organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios;
Articular estrategicamente a rede e a política de saúde mental num determinado território;
Promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
Decorrente de fatos históricos a loucura é justificada como um fenômeno social. Teve diversas interpretações até o surgimento da psiquiatria na medicina que passa a explicar a loucura como doença. CORDAS (2002:27) afirmam que “esta história inicia com o surgimento da medicina, entendendo a doença" em termos naturais; desconsiderando, portanto, todo processo anterior.
No entendimento de BARRETO (1999: 48), “a saúde mental, entendida como ausência de saúde mental, passa a constituir-se num dos valores mais efetivos na atualidade”.
Na sociedade moderna, fatos e acontecimentos têm interpretado e relacionado o sofrimento mental nos diversos contextos sócio-históricos. Na visão de BARRETO (1999: 199) afirma que "a psiquiatria não conseguiu humanizar o manicômio, e o que é mais importante: o manicômio conseguiu brutalizar a psiquiatria".
A partir da trajetória no movimento de luta antimanicomial “que implanta o modelo alternativo da saúde mental, abole progressivamente o manicômio”. (BARRETO, 1999: 195). No movimento das mudanças principalmente nas políticas públicas e legislações, a Lei 10.216 de 6 de abril de 2001 que dispõe “sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental” é reconhecida em termos políticos e sociais.
Em face do exposto, esclarece BARRETO (1999: 195):
Se alguma dúvida ainda havia, que fique agora bem claro: com a Lei Antimanicomial aprovada pela Assembleia e sancionada pelo Governador, nossa sociedade deixa manifesto que não mais tolera esse tipo de soberania nem a estrutura que a sustenta.
È importante ressaltar que o Serviço Social apresenta-se como um processo constitutivo na sociedade.
Nesta direção cabe destacar IAMAMOTO (2001: 18): Estes novos tempos reafirmam, pois, que a acumulação de capital não é parceira da equidade, não rima com igualdade, verifica-se o agravamento das múltiplas expressões da questão social, base sócio-histórica da requisição social da profissão.
Posteriormente, fala-se sobre os avanços que contemplam a saúde mental, decorrentes de movimentos como a Reforma Psiquiátrica que estabelece mudanças significativas em torno da “loucura”, sendo os Centros de Atenção Psicossocial um dos mecanismos mais conhecidos por sua eficiência, demonstrando-se a efetivação de parte das propostas de tal movimento.
A seguir, entra a questão da dinâmica familiar com á presença de um portador de doença mental, como se apresentam a convivência,a culpa e vergonha entre outros sentimentos que expressam desafios à família dos portadores. À atuação do assistente social diante da saúde mental, e de fundamental importância tratando de certos equívocos, diante da realidade e principalmente do fazer profissional das demandas trazidas pela família do portador.
Portanto as mudanças ocorridas no Brasil tenham sofrido influência das experiências citadas, atualmente o processo é lento, não se tendo constituído uma rede de serviços de saúde mental capaz de preencher a procura dos portadores de transtorno mental de forma alternativa. Os serviços existem, mas são ainda insatisfatórios. Ainda, os serviços existentes carecem de constante analise de suas práticas e referenciais teóricos adotados a fim de não se institucionalizarem dentro de uma lógica manicomial.
Compartilho com AMARANTE (1994: 43) da compreensão de que
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