FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS- CREAS DE LAJE DO MURIAÉ -RJ

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São realizados atendimento de média e alta complexidade no CREAS com essas famílias que se encontra em situação de direitos violados. Atendimento em média complexidade cujos vínculos familiares não foram rompidos. Requerem maior estruturação técnico-operacional e atenção especializada e individualizada com um acompanhamento sistemático e monitorado, já de alta complexidade garantem proteção integral - moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou, comunitário.

Nesta perspectiva, o CREAS deve articular os serviços de média complexidade e operar a referência e a contra referência com a rede de serviços socioassistenciais da proteção social básica e especial, com as demais políticas públicas e demais instituições que compõem o Sistema de Garantia de Direitos e movimentos sociais.

Mediante este cenário supracitado o referido projeto visa o trabalho junto as famílias dos usuários/as atendidos no CREAS e que tiveram seus direitos fundamentais violados, propondo-se sobre tudo a trabalhar diretamente como o objeto de trabalho do Serviço Social “a questão social” tendo por objetivo assim explicitado no Código de Ética (1993) a viabilização dos direitos aos usuários/as dos serviços, vislumbrando o alcance de tais metas a partir do trabalho com as famílias e olhar sobre o todo, não como resposta ao imediato mas como meio de minimizar ou findar tais violações a longo prazo.

Pode-se citar sobre a importância de se identificar a questão social e suas expressões na vida dos usuários/as como meio de compreender a realidade dos mesmos e buscar a melhor forma de intervenção, que propiciem mudanças na realidade social dos mesmos. Deste modo cita-se a definição questão social conforme Iamamoto (1982) que diz que a questão social pode ser entendida como um conjunto das expressões das desigualdades que são oriundas do modo de produção capitalista, que subjuga o ser humano em detrimento das coisas materiais, ou seja, este modo de produção segundo a mesma interfere diretamente nas relações sociais bem como na maneira que estas ocorrem, transformando a sociedade e fazendo com que a mesma se embase no “ter” e não mais no “ser”, levando a um processo de coisificação do homem.

- PÚBLICO ALVO:

Caracteriza-se por famílias de adolescentes envolvidas com álcool e drogas, com público alvo em 07 (sete) famílias.

5 METODOLOGIA:

Para a construção desta ação/intervenção integrada a metodologia foi dividida em tópicos, de maneira a elucidar a finalidade do projeto e de que forma este será aplicada, tal temática envolve a reflexão/criticidade acerca de concepções teórico-filosóficas sobre os conceitos de família, Serviço Social, questão social e resiliência, além de utilizar de referenciais do Serviço Social como o conceito de totalidade em Marx como embasamento teórico, que ajudam na fundamentação teórica e compreensão do indivíduo como um todo, que portanto deve ser atendido não apenas no imediato mas vislumbrando minimizar ou prevenir possíveis situações de vulnerabilidade social, com incentivo a autonomia do indivíduo e a interação comunitária.

Deste modo ressalta-se que para o indivíduo se tornar sujeito social é necessário estabelecer-se como indivíduo singular e só poderá atingir esse ponto uma vez que atingir o ser coletivo, pois não constitui coletivo sem a perspectiva do singular. Singular, tendo sua própria cultura, seus próprios costumes, sentimentos, valores, crenças, dentre outros.

É exatamente essa noção do sujeito coletivo como ação de grupo, movimento social, onde as perspectivas são vividas e compartilhadas em lugares políticos novos. O cotidiano é um ponto especial que se reflete as atividades dos sujeitos sociais quando não são simplesmente um cotidiano repetitivo e banal, nesse sentido é que cresce a cada dia a opção pelo estudo da vida cotidiana como ponto de partida para se avançar nas reflexões e análise sobre a realidade em um contexto maior.

Para um melhor entendimento, ressalta-se que a metodologia foi dividida em etapas para um melhor entendimento sobre a proposta de ação/intervenção posta em questão neste projeto, as três (03) etapas principais a serem realizadas são:

- Primeira etapa se realizará uma visita institucional ao campo com os membros do grupo e supervisora docente, no dia 10 de outubro, para conhecer o local onde o mesmo será aplicado, o espaço, a equipe técnica bem como efetuar a seleção das famílias que serão abrangidas neste projeto.

- Segunda etapa entre os meses de setembro e outubro serão construídas as dinâmicas a serem realizadas junto aos usuários/as com base na análise da instituição, dinâmicas estas que serão testadas em sala de aula no dia 01 de novembro, junto a turma, para que no dia da intervenção, os componentes da equipe estejam preparados para lidar diretamente com os usuários/as.

- Terceira etapa e última etapa a ser realizada no dia 08 de novembror do corrente ano, onde então ocorrerá a efetivação da ação/intervenção no campo escolhido e posteriormente análise das informações colhidas no dia da ação/intervenção, através da observação, para que se possa ilustrar qual a contribuição do presente projeto para os usuários/as e a instituição.

- População e amostra

- Usuários dos Serviços Socioassistenciais Centro de Referência Especializado da Assistência Social – CREAS do município de Laje do Muriaé;

- Propõe-se uma seleção de amostra através das famílias referenciadas na unidade, para inserção neste projeto;

- Propõe-se a um quantitativo de 07 famílias, selecionadas através de amostra aleatória simples, ou seja, dentro dos casos de adolescentes entre 12 a 17 anos envolvidos com álcool e drogas atendidos pelo serviço social.

- Instrumentação

- Visita Institucional, Observação, Dinâmica de grupo

6 RECURSOS

6.1 Humanos

5 discentes do Curso de Serviço Social; 1 Orientadora Docente; 1 Supervisora de Campo.

6.2 Materiais

- Notebook