Atendimento à Maria
Por: kamys17 • 20/2/2018 • 1.243 Palavras (5 Páginas) • 288 Visualizações
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Procuramos também trabalhar no empoderamento de Carla em relação à violência cometida por seu namorado, recomendando a procura por grupos de convivência dirigido à mulher. Orientações referente à importância dos exames pré-natal bem como cuidados pós-parto e amamentação. Também a orientamos para encaminhamento junto ao CRAS de sua região, a fim de realização do Cadastro Único para ingresso em programas sociais adequados para ela e seu futuro filho, bem como dar continuidade aos estudos.
Para Antonio, orientamos Maria a fortalecer o vínculo com seu filho, também incentivá-lo a procurar uma instituição de ensino público, o EJA, por exemplo, e sua inserção no mercado de trabalho através de programas como o Jovem Aprendiz até que ingresse, posteriormente, em algum curso técnico ou universidade.
Em relação a Davi, orientamos o ingresso em atividades recreativas, grupos e oficinas envolvendo cultura, arte e dança, na escola e em turno inverso (para que sua mãe possa trabalhar), estimulando o seu interesse e reestabelecendo o convívio com outras crianças, além de acompanhamento psicológico.
Orientamos também que o ex- companheiro de Maria, pai de seus filhos, participe dos grupos de convivência junto à sua família. Também acreditamos necessário encaminhá-lo para atendimento junto ao CAPS - Centro de Atenção Psicossocial , e posteriormente, a cursos profissionalizantes para que possa retomar o acesso ao mercado de trabalho, mas somente se for de sua vontade.
O assistente social, mediante o que chama de "materialização de recursos", redefine as situações-problema no contexto social, em sua realidade externa, por exemplo, buscando informações e reflexões sobre suas condições de vida e trabalho como determinantes da situação, dando atenção aos recursos materiais, vinculando sentimentos e pensamentos às questões ideológicas e dando apoio emocional ao usuário. (FALEIROS, 1997)
No caso de João, jovem que se encontra na FASE, é essencial conscientizá-lo sobre seus erros e socializá-lo através de projetos sócio-educativos como o envolvimento à cultura, à musica e toda a forma de arte moderna para o seu rompimento com a criminalidade, além de seu reingresso à escola, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, conforme o art. 53, Cap.IV, do Estatuto da Criança e do Adolescente. Solicitamos também o acompanhamento psicológico juntamente com a equipe técnica da instituição para ajudá-lo na sua recuperação quanto ao uso de drogas, fortalecimento da família e relacionamento harmonioso na unidade, bem como o acompanhamento das equipes de saúde, pedagógica, etc.. Ao deixar a FASE, João deverá receber acompanhamento da equipe técnica do CREAS, a fim de construir e reconstruir seus projetos de vida, com a finalidade de não retornar mais à prática de ato infracional.
O profissional de Serviço Social nas unidades de internação precisa comprometer-se com a efetividade do atendimento sócioeducativo, situando seu trabalho na perspectiva da garantia de direitos. Assim, o assistente social acompanhará o adolescente durante toda a medida de internação, na perspectiva do atendimento integral. Apenas para melhor compreensão do que está sendo proposto, é possível organizar didaticamente o trabalho do assistente social em três grandes dimensões que possuem interlocução entre si: atendimento ao adolescente, atendimento à família, a participação na unidade de internação. (FREITAS, 2011)
Referências
FALEIROS, Vicente de Paula . Estratégias em Serviço Social, São Paulo: Cortez, 1997.
_________. Desafios de cuidar em Serviço Social. São Paulo, 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-49802013000300006> Acesso em: 29 nov. 2015. [Links]
FREITAS, Taís Pereira de . Serviço Social e medidas socioeducativas: o trabalho na perspectiva da garantia de direitos. São Paulo, 2010. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2015. [Links]
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