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A REALIDADE DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NO ABRIGO ANA RIBEIRO DE SERRA TALHADA (PE)

Por:   •  3/10/2018  •  2.404 Palavras (10 Páginas)  •  391 Visualizações

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Um pouco mais da metade dos asilos no país, são privados e/ou filantrópicos, se mantendo com uma taxa paga pelos próprios moradores, segundo o Estatuto do Idoso (2007, p.12) em seu Artº 35 no parágrafo 1º consta “no caso de entidades filantrópicas ou casa-lar, é facultada a cobrança de participação do idoso no custeio da entidade”.

Diante disso pretendemos discutir o porquê os familiares institucionalizam os idosos, e a própria sociedade afastam os mesmos, implicando assim na vulnerabilidade deles podendo adquirir doenças psicológicas como, por exemplo: depressão, porque a instituição não dá a autonomia aos usuários para tomar suas próprias decisões?

De acordo, com Araújo (s.d, p.3) “esperam-se que em 2050 haja dois bilhões de idosos, 80% deles nos países em desenvolvimento. A população de 80 anos ou mais é a que mais cresce e poderá passar dos atuais 11% para 19% em 2050.” Cuidar do idoso de hoje para que os idosos do amanhã tenham qualidade e sustentabilidade de vida.

JUSTIFICATIVA

Este trabalho de pesquisa tem como relevância identificar as formas de exclusão do idoso na sociedade capitalista. De acordo com a vivência observada no campo de estágio no Centro de Referência do Idoso (CRI), é um equipamento governamental/municipal o qual é confinanciado por instituições privadas (Santander e BNB), equipamento este que se encontra dentro das políticas de assistência social para uma melhor efetivação da garantia dos direitos da pessoa idosa. No município de Serra Talhada, visa atender e acolher as pessoas idosas com seus direitos violados e com vínculos familiares fragilizados, sensibilizando, mobilizando e articulando a sociedade sobre efetivação dos direitos dos idosos, que os familiares dos usuários por falta de informação procuram a instituição com propósito de institucionaliza-los.

Portanto, observamos a importância de discutir, sobre o Abrigo Ana Ribeiro e esclarecer para a sociedade o porquê os idosos são institucionalizados em última estância, sendo importante para os mesmos o contato com a família e o contexto social, para a sobrevivência, compreendemos que a institucionalização é uma forma de exclusão dos idosos, pois preferem o convívio familiar e comunitário, entendendo que o ato de institucionalizar deve se dar em caso de alta complexidade. Como nos afirma o Artº 3 da Lei de nº 10.741

“É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.” (Estatuto do idoso. Decreto-lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003).

Segundo o Estatuto do idoso relata que os velhos devem manter o convívio familiar e social.

Por meio de entrevista com uma profissional da Instituição de Longa Permanência do Idoso (ILPI), verificamos que os idosos são excluídos da sociedade e do convívio familiar, como diz o Estatuto do Idoso a assistência integral será prestada quando a inexistência do grupo familiar, abandono/carência, casa-lar de recursos financeiros da família ou próprios. A causa que leva os idosos ao asilo é a rejeição da sua própria família aonde eles sentem-se resguardados da condição de abandono total. Segundo a mesma, os motivos da aceitação dos idosos no abrigo são: a falta de respaldo familiar, a precariedade das condições de saúde dos idosos e perturbação de comportamento.

O projeto será realizado na cidade de Serra Talhada/PE, com referência no Abrigo Ana Ribeiro da referida cidade, para fazer com que os idosos que residem no local se citam incluídos novamente na sociedade, portanto cumprir com os princípios do Estatuto do Idoso, princípios destes citados anteriormente.

OBJETIVOS

GERAL

- Identificar as formas de exclusão do idoso na sociedade capitalista, tendo como referência empírica a realidade do Abrigo Ana Ribeiro do município de Serra Talhada (PE).

ESPECÍFICO

- Discutir sobre a população idosa e as legislações que assegurem seus direitos;

- Identificar informações sobre os idosos institucionalizados;

- Analisar a realidade dos idosos vivenciados no Abrigo Ana Ribeiro.

REFERENCIAL TEÓRICO

No âmbito do tema dos idosos institucionalizados, realizamos pesquisas bibliográfica e eletrônica com objetivo de compreender melhor a historicidade e a realidade das ILPI’s no contexto do país. As instituições no Brasil tem uma realidade precária, com condições baixíssimas para um envelhecimento digno, que de acordo com Silva (2016, p.232) “o idoso tem direito a envelhecer com qualidade de vida e dignidade como premissa nas diretrizes do sistema de proteção e segurança a pessoa idosa”, mas os idosos que vivem nas instituições tem a redução das capacidades de se adaptar a esses espaços se torna uma preocupação maior para o cotidiano do idoso, as mesmas é uma forma antiga de assistir a pessoa idosa, que traz para eles isolamento, redução de qualidade de vida, inatividade mental e física. (Bentes, Pedroso e Maciel, 2012).

De acordo com Bentes, Pedroso e Maciel (2012, p. 197)

“O indivíduo é compelido a conviver com o desconhecido após longa trajetória de vida com aqueles com que mantinha laços de amizade e consanguinidade. Adequar-se à realidade da perda, na maior parte das vezes, leva o idoso a procurar as instituições de Longa Permanência (ILPs) como nova moradia.”

No contexto brasileiro, o principal cuidado com o idoso deve ser realizado pelos familiares que na falta deles passa a ser por vizinhos e amigos, levando a serem institucionalizados em último caso, já que no Estado não existe programas que prestem esse tipo de serviço.

As ILPI’s são destinadas a cuidado coletivo com pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com função de integrar o mesmo a rede de assistência social e a assistência à saúde. De acordo com Bentes, Pedroso e Maciel (2012, p. 198) “é uma residência coletiva, que acolhe tanto idosos independentes em situação de ausência de renda ou de família quanto aqueles com dificuldades para gerenciar suas atividades diárias, e na execução de cuidados prolongados”.

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