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UMA RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE

Por:   •  26/4/2018  •  8.469 Palavras (34 Páginas)  •  379 Visualizações

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Keywords: School; community; education; family.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1. DESENVOLVIMENTO

1.1 Escola e Comunidade

1.2 O Papel Social da Escola

1.3 Discrepância entre a escola e a comunidade, educação e família

1.4 Escola: pedra angular da comunidade...............................................................9

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INTRODUÇÃO

Segundo Durkheim a sociedade assemelha-se a um organismo vivo, que como tal é composto por partes, órgãos, que fazem com que este organismo possa sobreviver. Mas como assim, significa que a sociedade pode entrar em colapso, desaparecer ou morrer? Digamos que sim. Pois, conforme o nosso pensador quando um destes órgãos que compõe a sociedade entra em declínio ou digamos, adoece, o organismo vivo a qual se assemelha a sociedade entra em um estado de anomia, fazendo com que as coisas não funcionem muito bem para as pessoas que participam deste meio. Mas o que seriam estes órgãos que podem entrar em estado de anomia? É tudo o que estrutura a sociedade, por exemplo, a família, a religião, a escola, entre outras instituições. Ou seja, é tudo o que ajuda a sociedade a se manter como tal. Cada órgão tem a sua função e um necessita do outro. É um corpo vivo.

Muito se sabe da necessidade de cada um desses órgãos funcionar de forma satisfatória. Sabendo-se de tal importância este trabalho visou abordar a função social da escola dentro da comunidade a qual se encontra inserida. Instituição responsável por disseminar o conhecimento historicamente construído. Que por um longo tempo foi tida como a única e suprema organização detentora do conhecimento. Porém, sabe-se hoje em dia, que educação não é algo que somente se constrói ou se encontra na escola, pois em todo lugar onde ocorre algum tipo de socialização, conversação ou reflexão há a possibilidade de educação, ou seja, o desenvolvimento de competências e habilidade, disseminação de informações, que bem organizadas mentalmente resulta em conhecimento. A diferença é que na escola a educação é formal, já em outros ambientes ela é tida como informal ou não formal. Com isto, a organização escolar, através da educação que proporciona aos habitantes de uma determinada localidade, pode possibilitar grandes avanços nas relações entre seus pares, agindo de forma construtiva na vida das pessoas.

Se observarmos atentamente escritos antigos e até mesmo a história da humanidade, perceberemos que a educação sempre esteve envolvidano desenvolvimento da civilização. Ela sempre foi discutida. Alguns a viram para o bem da humanidade, outros nem tanto. Erasmo de Rotterdam em “Elogio da Loucura”, afirma que “Ótima coisa é nada saber”, já Francis Bacon nos diz que “conhecimento é poder”. Mas como adquirir tal conhecimento, se não houvesse educação formal, uma educação pensada, escrita para que todos tivessem acesso? Será que um homem, vivendo em estado de natureza, como discorre Rousseau em “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”, de maneira solitária, necessitaria de tais conhecimentos para sobreviver? Todos nós precisamos de um pouco de conhecimento para termos alguma chance no mundo. E o mundo, hoje, a cada dia está mais exigentequanto a isto, e a escola tem este papel importantíssimo dentro da comunidade, o de formar cidadãos pensantes, críticos, reflexivos, que conheçam seus direitos, mas também os seus deveres.

Lendo alguns clássicos da literatura mundial que retratam utopias, como a própria Utopia de Tomas Morus de 1516, palavra esta que vem do grego e significa “lugar que não existe”, notaremos a importância dada à educação, a um ensino de qualidade, para a formação de uma comunidade solidária, igualitária e respeitadora. Claro que o que é exposto no livro, é algo nos dias de hoje, assim como foi para a crítica da época, impensável, impraticável. Mas por que pensar assim? Será que algo deste clássico não poderia ser desenvolvido na escola e depois reproduzido na comunidade? Para muitos isto poderia ser loucura. Mas maior loucura ainda seria não transmitir ideias e pensamentos novos que ajudassem no alvorecer de uma comunidade mais justa e complacente.

Tommaso Campanella, em a Cidade do Sol, enfatiza a enorme importância de uma educação desde os primórdios da infância. Estes, entre outros autores abordavam os mais diversos assuntos em suas utopias, como política, ética, moral, justiça, liberdade e acima de tudo uma educação rigorosa que ajudava no fortalecimento dos laços da sociedade pensada como ideal. A intenção aqui, não é reproduzir o que estes grandes pensadores pensavam, mas assim como em tudo, retirar aquilo que se é proveitoso.

Muitas vezes, enxergamos só o presente na perspectiva de construir um futuro melhor, e nos esquecemos de rever o passado, onde conceitos e ideias surgiram. Nos detemos a pensar que a comunidade necessita daquilo que ela vivencia todos os dias, de que é isto que ela realmente precisa. Que devemos abordar somente aquilo que envolve a sua realidade, o seu contexto. Mas será que ela não precisa de um algo a mais? De um envolvimento maior da escola? De novos pensares? Novas ideias? Inúmeros autores enfatizam a ideia de trabalhar com os alunos aquilo que faz parte do ambiente que os cerca, da sua cultura. Com isto, não estaríamos negando a eles experiências fora do seu contexto? Em muitas comunidades carentes, os alunos veem a escola como um lugar de fugir da sua realidade, eles possuem a expectativa de vivenciar algo novo ao entrar pelos portões da escola. Entrando na sala de aula se deparam com aquilo que presenciam todos os dias. Isto para eles é decepcionante.

Pensando assim, com tudo até agora descrito, será que a escola estaria cumprindo com o seu papel social frente a sua clientela? Há a necessidade da escola e comunidade trabalharem juntas, pois quando isso não ocorre ambas sofrem perdas irreparáveis. Devendo haver um apoio recíproco. Para que benefícios em prol de todos sejam alcançados e dificuldades possam ser sanadas.

Como forma de responder aos inúmeros questionamentos que circundam o papel social da educação

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