Trabalho solicitado pela professora Cynthia Carla de Almeida Andrade
Por: Kleber.Oliveira • 14/5/2018 • 2.373 Palavras (10 Páginas) • 819 Visualizações
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Segue-se a fase do “realismo aventuroso” ou “da leitura não-psicológica orientada para o sensacionalismo” ( de 12 a 14 ou 15 anos). Nesse período, o pré-adolescente, pouco a pouco, toma consciência da própria personalidade (p.77).
A quinta fase e última fase corresponde aos anos da maturidade ou de “desenvolvimento da esfera estética-literária da leitura” ( de 14 a 17 anos). Nesse período, o leitor já é capaz de valorizar, além da trama, a forma e o conteúdo das histórias (p.77).
Essa e outras classificações propostas servem apenas como indicadores para as leituras das crianças, já que nelas o leitor é tratado coletivamente, desconsiderando-se as características e o desenvolvimento individuais, que poderão acarretar interesses diversificados (p.77-78).
Em uma boa seleção de livros não podem faltar os contos de fadas tradicionais. Por lidarem com o mágico, o maravilhoso, esses contos são ideais para a faixa etária em que a criança é essencialmente suscetível à fantasia. Entretanto, os contos de fadas também devem ser criteriosamente analisados. Por serem histórias de domínio público, diferentes versões são constantemente lançadas no mercado, muitas delas de qualidade sofrível. Deve-se considerar, ainda, que as histórias de fadas, ao longo de sua trajetória dentro da literatura infantil, têm sofrido severas críticas. Seus opositores alegam que elas levam a criança ao escapismo e consolidam comportamentos conservadores contra os quais se vem lutando ( Tais como a representação rígida dos papéis masculino e feminino, com a mocinha tendo como destino final o casamento com o príncipe...) dando ênfase a valores estereotipados de bem e mal, belo e feio, inteligente e estúpido. Por outro lado, seus adeptos afirmam que os contos de fada ajudam as crianças na elaboração do real, fornecendo-lhe modelos de estruturas sociais e comportamentais que facilitam o entendimento da complexidade do mundo adulto (p.78-79).
A análise dos livros de poemas deve receber a mesma atenção que a dos livros de narrativa. Ilustração, diagramação, qualidade dos textos poéticos, adequação dos temas ao universo infantil são aspectos a ser considerados. Ao escolher os poemas, o professor deve evitar, como no caso da narrativa, aqueles de cunho moralizador ou conteúdo pedagógico, comumente encontrados nos livros didáticos. A boa poesia infantil parte da experiência linguística da criança para criar jogos sonoros e semânticos. Enfim, a boa poesia infantil tenta recuperar a maneira lúdica e espontânea das primeiras experiências com parlendas, cantigas de roda, brincadeiras e jogos infantis, sem necessariamente resvalar pela obviedade das rimas fáceis e das frases feitas, abrindo entrelinhas instigantes à criação do leitor (p.79).
Por fim, é preciso lembrar que a boa literatura independe de rótulos: a boa literatura infantil é aquela capaz de encantar leitores de todas as idades (p.79).
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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
CRITÉRIOS UTILIZADOS NA ESCOLHA DE UM LIVRO LITERÁRIO INFANTIL E A IMPORTÂNCIA DA ILUSTRAÇÃO PARA A LEITURA INFANTIL
MONTE SANTO
2016
ELIZETE DO NASCIMENTO FERREIRA
PATRÍCIA DA SILVA NASCIMENTO
REGIANE FRANCISCA DA SILVA
REINALDO ALMEIDA DE PASSOS
CRITÉRIOS UTILIZADOS NA ESCOLHA DE UM LIVRO LITERÁRIO INFANTIL E A IMPORTÂNCIA DA ILUSTRAÇÃO PARA A LEITURA INFANTIL
Trabalho solicitado pela professora Cynthia Carla de Almeida Andrade para a obtenção de nota referente a disciplina Metodologia da Literatura.
MONTE SANTO
2016
INTRODUÇÃO
A literatura infantil é um gênero literário definido pelo público a que se destina. Ela proporciona as crianças diferentes experiências com a linguagem e com os sentidos, ou seja, possibilita o seu desenvolvimento linguístico e cognitivo.
Diante disto desenvolvemos este trabalho a partir da análise do livro infantil Um + Um + Um + todas, roteiro e ilustrações feita por Anna Gobel.
A partir da análise da obra, destacaremos a categoria em que ela se encontra de acordo com os estágios psicológicos da criança.
Evidenciaremos os critérios utilizados para se escolher um bom livro literário infantil, assim como também ressaltaremos a importância da ilustração para a leitura infantil.
Palavras chave: Literatura infantil. Seleção do livro infantil. Ilustração.
CRITÉRIOS UTILIZADOS NA ESCOLHA DE UM LIVRO LITERÁRIO INFANTIL E A IMPORTÂNCIA DA ILUSTRAÇÃO PARA A LEITURA INFANTIL
Os primeiros livros literários infantis, surgiram no século XVIII. Autores como La Fontaire e Charles Perrut escreviam suas obras, enfocando principalmente os contos de fadas. De lá para cá, a literatura infantil foi ocupando seu espaço e apresentando sua relevância. Com isto, muitos autores foram surgindo, como Hans Chistian Anderson, os irmãos Grimm e Monteiro Lobato, imortalizados pela grandiosidade de suas obras. Nesta época, a literatura infantil era tida como mercadoria, principalmente para a sociedade aristocrática. Com o passar do tempo a sociedade cresceu e modernizou-se por meio da industrialização, expandindo assim, a produção de livros.
A partir dessa expansão, houve-se a necessidade do desenvolvimento de critérios que devem ser utilizados no momento da escolha de um livro literário infantil. Dentre esses critérios estão os estágios psicológicos, em que a criança se encontra, estágios estes que segundo Coelho (2002) não dependem exclusivamente da idade, mas também do seu nível de amadurecimento psíquico, afetivo e intelectual e seu nível de conhecimento e domínio do mecanismo da leitura. Nesse sentido, ainda segundo Coelho, é necessária a adequação dos livros às diversas etapas pelas quais a criança normalmente passa. Etapas estas, que existem em cinco categorias: o pré-leitor, o leitor iniciante, o leitor-em-processo, o leitor fluente e o leitor crítico.
O pré-leitor abrange duas fases: 1ª infância (dos 15/17 meses aos 3 anos). Nesta fase a criança
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