DOSSIÊ DISCIPLINA PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO II – PROFESSORA CARLA GELATI
Por: Ednelso245 • 4/8/2018 • 2.033 Palavras (9 Páginas) • 417 Visualizações
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3. compreender que temos relevantes contribuições para fornecer á instituição educativa e que precisamos nos capacitar para de fato atuarmos de maneira eficiente como mediadores entre a psicologia e a educação. (CORREIA, 2004, p. 79-80).
No fazer a escola entender a sua implicação nos problemas escolares, vimos um filme interessante em sala de aula, Escritores da liberdade, onde escrevemos uma resenha crítica com perguntas disparadoras.
ESCRITORES DA LIBERDADE: UMA RESENHA CRÍTICA
ESCRITORES DA LIBERDADE: Gênero: Drama. Direção e Produção Richard Lavagranese. Roteiro: Richard Lavagranese e Erin Gruwell. EUA/Alemanha, 2007.
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Baseado em fatos reais, o filme Escritores da Liberdade retrata o desafiante drama de “Erin Gruwell”, uma professora do 1º ano do Ensino Médio, que leciona as disciplinas de Inglês e Literatura numa escola da periferia de Los Angeles/EUA. Sua turma composta por adolescentes que possuem em seu contexto histórico, social, cultural, uma infância frustrada, marcada pelo medo e que cresceram totalmente desacreditados na vida, devido a situações de conflitos entre raças nos bairros pobres de Los Angeles.
Estruturalmente, o filme Escritores da Liberdade se divide em três momentos básicos: o primeiro momento mostra a alegria de Erin Gruwell em, finalmente, poder se dedicar a atividade de docência, que era um de seus sonhos. O segundo momento destaca todas as frustrações e desafios nos quais ela passa na tentativa de realizar um trabalho docente significativo. O terceiro momento enfatiza as conquistas alcançadas com a turma, os frutos colhidos, diante do seu esforço.
Reportando-se ao conteúdo do filme, a professora Erin Gruwell assume a turma do 1º ano do Ensino Médio, para lecionar as disciplinas de Inglês e Literatura cheia de sonhos e ideais. No entanto, depara-se com uma série de problemas: violência, desmotivação, indisciplina e discriminação. A maioria dos alunos vinha de uma realidade social violenta, boa parte pertencia a gangues, advinham de famílias desestruturadas e, eram estigmatizados e excluídos dentro e fora da escola.
Entretanto, esses alunos sem uma boa perspectiva de vida, tiveram a grande oportunidade de encontrar em sua trajetória escolar uma educadora que embora com pouca experiência prática, mas com bons fundamentos teóricos e, com muita motivação para enfrentar os desafios, buscou transformar aquela triste realidade.
Inicialmente, Erin Gruwell enfrenta problemas de ordem metodológica, visto que o que ela planejava desenvolver não era significativo para a turma, o que levava à desmotivação dos alunos e esses apresentavam sérios problemas de indisciplina. Contudo, ela consegue reverter àquela penosa realidade buscando novas alternativas, pois era flexível e consciente do seu compromisso com a educação. Assim, na tentativa de desenvolver um trabalho que se aproximasse da realidade dos alunos, elabora aulas dinâmicas utilizando à música, jogos, a fala dos alunos e a literatura como recursos metodológicos, objetivando elevar a autoestima e fazê-los perceber a si próprios, a vida e o mundo de maneira diferente.
Após ter conseguido avanços e despertar à atenção da turma ela decide conhecer a história de vida de cada um de seus alunos. A partir daí passa a trabalhar valores e sentimentos, objetivando sensibilizá-los para uma série de questões como: discriminação, preconceitos e tolerância, o que veio a diminuir significativamente a violência na sala de aula, possibilitando uma maior integração dos alunos nas aulas e um olhar diferenciado diante da realidade vivida.
Embora diante da falta de apoio por parte da direção e coordenação pedagógica da escola, Erin, não se deixa abater e desenvolve propostas pedagógicas inovadoras com a turma, investe em leituras significativas, através do projeto literário com o livro “Diário de Anne Frank”. Esse projeto envolvia atividades como a construção de um diário, no qual os alunos escreveriam sobre as coisas boas ou ruins vivenciadas; aulas passeios a espaços culturais; escrita de cartas para a Miep Gies, “a senhora que deu abrigo a Anne Frank”, culminando com uma visita da mesma à instituição de ensino.
Através desse projeto os alunos deram um salto qualitativo no processo de ensino/aprendizagem, passaram a ser construtores de conhecimento e de sua própria história. As produções literárias dos alunos resultaram em um livro intitulado “O Diário dos Escritores da Liberdade”, e foi lançado em 1999 nos Estados Unidos.
Através desse filme, pode-se refletir criticamente sobre os fatores que contribuem para indisciplina e a violência na escola; discutir sobre as atitudes dos professores que venham a contribuir para a melhoria da relação professor-aluno e analisar o papel da escola frente aos problemas de convivência dos alunos no âmbito escolar.
Nesse sentido, no tocante aos fatores que contribuem para a indisciplina e a violência na escola, o filme aponta as condições sociais e culturais como fatores determinantes, o que ao nosso vê foi muito bem destacado, visto que conforme os estudos sobre essas temáticas, esses são, certamente, pontos importantes quando se relaciona indisciplina, violência e escola.
No que se refere às atitudes dos professores que venham a contribuir para a melhoria da relação professor-aluno, o filme destaca bem o que muitos estudos já nos indicam: que um dos caminhos para que a escola avance pedagogicamente é justamente procurar criar maior possibilidade de discussão e diálogo com os jovens, em prol do desenvolvimento e resgate de valores, em que o respeito à diversidade e a tolerância, sejam vistos como condições fundamentais para se viver harmonicamente em sociedade. O que foi muito bem enfatizado no contexto das relações entre professor e aluno em Escritores da Liberdade.
Contudo, ao examinarmos as relações sociais do contexto escolar mostrado no filme, poderemos constatar a existência de violências que também eram produzidas por funcionários da escola, visto que reforçavam estereótipos e discursos que vitimizavam os alunos por meio da violência simbólica. Nessa perspectiva, a escola não apresentava um ambiente acolhedor, onde todos se sentissem comprometidos e valorizados. O que deve ser um dos papéis fundamentais da escola para que ela venha a ter boas relações de convivência.
Por fim, a relevância do conteúdo pedagógico retratado em Escritores da Liberdade possibilita criar, também, condições subjetivas necessárias para uma série
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