Tcc educação fisica
Por: Sara • 3/4/2018 • 3.089 Palavras (13 Páginas) • 332 Visualizações
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Atualmente, a literatura é convergente de que somente através da prática sistemática de atividade física, é que se pode obter melhorias quanto aos níveis de aptidão física ou pelo menos mantê-los.
No âmbito prático, a agilidade necessário no esporte relaciona-se com a capacidade do atleta de mudar de direção de forma veloz e efetiva. É a manifestação da velocidade de forma acíclica (BOMPA, 2002).
Barbanti (2003) define agilidade como sendo a "capacidade de executar movimentos rápidos e ligeiros com mudanças de direção”. A agilidade do atleta conjuntamente com a velocidade faz com que o mesmo tenha uma capacidade de se esquivar do golpe e instantaneamente aplicar o contra-ataque.
Desse modo, pretendemos através deste projeto, identificar os prováveis efeitos da prática regular do judô sobre variáveis de aptidão física relacionada com a força e com a agilidade, que devido ao número limitado de estudos nessa área, sentimos a necessidade, enquanto profissional de Educação Física, de buscar conhecimentos sobre a modalidade esportiva de judô que atualmente tem um número expressivo de praticantes, principalmente de crianças e adolescentes, procurando conhecer as influências de sua prática regular.
1.4 HIPÓTESES
H0: o judô não proporciona uma melhora na forca e agilidade.
H1: o judô sim proporciona uma melhora na forca e agilidade.
1.5 DEFINIÇÃO DE VARIÁVEIS
Força ,agilidade, sexo e idade.
1.6 DELIMITAÇÃO DO TEMA
O estudo será feito com indivíduos do gênero masculino e feminino com idade entre 6 e 17 anos que participam do projeto a mais de 1 ano na cidade de Coxim - MS.
1.7 DEFINIÇÕES DE TERMOS:
Judô: De acordo com as palavras de Jigoro Kano, fundador do judô de kodokan: “o judô e o caminho para a utilização eficaz das forças físicas e espiritual. Treinando os ataques e as defesas, o corpo e alma se tornam apurados e a essência do judô torna - se parte do próprio ser.” Correa (2007).
Força: Para knuttgen (1987) e kraemer (2009) força é a quantidade máxima de tensão que um músculo ou grupamento muscular pode produzir em um padrão específico de movimento realizado em determinada velocidade.
Principais manifestações de força :
- Força máxima: É a maior força que o sistema neuromuscular é capaz de produzir numa contração muscular. Um desporto característico do desenvolvimento da força Máxima é o halterofilismo.
- Resistencia de força: É a capacidade que o nosso organismo possui de resistir a fadiga na realização de esforços submáxima e de longa duração. O judô, a luta, greco-romano ou a realização de subidas em bicicletas são modalidade que se caracterizam pela solicitação da resistência da força.
- Força explosiva (ou rápida): representa a relação entre a força expressada e o tempo necessário para a alcançar dita expressão (Badillo, 2000a). A manifestação da força por unidade de tempo, vem perfeitamente traduzida pelos incrementos de força na curva força-tempo (Bosco 1985, 1988, 2000). Assim, podemos medir a taxa de produção de força desde o início e em qualquer ponto desta curva, permitindo-nos ter tantos valores de força explosiva como o número de medições que se façam. Contrariamente ao que muitos possam pensar, durante o trabalho isométrico também podemos encontrar manifestações explosivas da força; porque ao nível interno constata-se que ocorrem velocidades elevadas na ativação das unidades motoras (Badillo, 2000a). Por conseguinte, podemos dizer que a força explosiva pode ser máxima quando se obtém a máxima manifestação de força por unidade de tempo contra qualquer resistência. Neste caso, existe um ponto da curva-força-tempo onde a produção de força por unidade de tempo é máxima.
Segundo Weineck (1999), a força máxima representa a maior força disponível, que o sistema neuromuscular pode mobilizar por meio de uma contração máxima voluntária.
Agilidade: A agilidade está relacionada diretamente com a capacidade que indivíduo tem de se locomover rapidamente em pequenas distâncias.
Para Matsudo (1995, p. 46-55) a agilidade é um componente neuromuscular caracterizado pela troca rápida de direção, sentido e deslocamento da altura do centro de gravidade e de todo corpo ou parte dele.
O desenvolvimento da agilidade se dá através de quatro fatores:
- Manejo do centro de gravidade em relação a altura;
- Manejo do centro de gravidade em relação a distância;
- Troca na direção do movimento do corpo;
- Troca de ritmo. As duas primeiras variáveis são de força e as duas últimas são de coordenação.
2. REFERENCIAL TEÓRICO:
2.1 História do judô
O judô é uma arte marcial esportiva. Foi criado no Japão, em 1882, pelo professor de Educação Física Jigoro Kano. Ao criar esta arte marcial, Kano tinha como objetivo criar uma técnica de defesa pessoal, além de desenvolver o físico, espírito e mente.
Jigoro Kano idealizou a criação de uma arte com um método de ensino que estimulasse estes valores, além de torná-la mais acessível e menos violenta. Para isso, se retirou com alguns alunos para o templo budista de Eishosi, onde reviu os ensinamentos de Ju-Jutsu que recebera (Guedes, 2001).
Procurando encontrar explicações científicas aos golpes, selecionou e classificou as melhores técnicas dos vários sistemas de Ju-Jutsu. Estabeleceu normas a fim de tornar o aprendizado mais fácil e racional. Idealizou regras para um confronto esportivo, baseado no espírito do ipom-shobu (luta pelo ponto completo). Procurou demonstrar que o Ju-Jutsu aprimorado, além de sua utilidade para a defesa pessoal, poderia oferecer aos praticantes extraordinárias oportunidades no sentido de serem superadas as próprias limitações do ser humano.
Num combate, o praticante tinha como único objetivo a vitória. No entender de Jigoro Kano, isto era totalmente errado. Uma atividade física deveria servir, em primeiro lugar, para a educação global dos praticantes (Calleja, 1982).
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