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Por:   •  19/11/2017  •  3.511 Palavras (15 Páginas)  •  521 Visualizações

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Vive-se, hoje, um novo paradigma social em que as famílias não têm mais tempo para ensinar e observar as crianças em suas construções infantis tão importantes para o pleno desenvolvimento social, cognitivo, funcional e cultural. Cabe, portanto, à escola o papel de brincar de ser com as crianças para que aprendam a ser, mas como instituição responsável pelo saber acadêmico não pode fazê-lo despropositadamente como acontecia nas famílias tradicionais onde cada membro cumpria seu papel.

Os jogos e brincadeiras podem desempenhar as mais diversas funções podendo ser usados como terapia em quadros psicossomáticos como neurose, psicose e perversão, segundo a classificação psicanalítica. Dentro das estruturas clínicas o tratamento psicopedagógico, paralelamente a outros tem se mostrado de muita valia no que diz respeito á incursão da criança num meio sociocultural.

Este artigo apresenta uma visão de como é importante à compreensão da utilidade do lúdico na Educação Infantil, especialmente nas series de Ensino Fundamental, visto que a criança está em desenvolvimento cognitivo. Para tanto, espera-se desenvolver o tema da seguinte forma: correlacionar a necessidade de atividades lúdicas às fases do desenvolvimento motor do ser humano; destacar os preparativos, do planejamento a execução das brincadeiras, delineando desde o espaço físico até o que se espera com o emprego dessas atividades no ensino aprendizagem do aluno.

- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A ludicidade e a aprendizagem não podem ser consideradas como ações com objetivos distintos. O jogo e a brincadeira são por si só, uma situação de aprendizagem. As regras e a imaginação favorecem a criança comportamentos além dos habituais. Nos jogos ou brincadeiras a criança age como se fosse maior do que a realidade e isto, inegavelmente, contribui de forma intensa e especial para os eu desenvolvimento (QUEIROZ; JORDANO, 2002).

O lúdico pode ser elucidado através de jogos e brincadeiras que permitem ao educando criar, imaginar, fazer de conta, funciona como laboratório de aprendizagem, permite ao educando experimentar, medir, utilizar, equivocar-se e fundamentalmente aprender através do movimento.

Outros autores também fazem a relação entre o brincar e a aprendizagem, como por exemplo, Vital (2003). Para a autora o brincar envolve a utilização do jogo, da brincadeira e do brinquedo e é o modo mais eficiente para a aprendizagem porque ao brincarmos desenvolvemos a habilidade de aprender a pensar. Assim como Vital, Volpato (2015) também reconhece que ao brincar a criança realiza uma remodelagem da sua realidade, construindo e reconstruindo-a e isso auxilia o seu desenvolvimento.

- As etapas do desenvolvimento sensório-motor

Leite (2015) nos traz a ideia de Friedmann de atividade lúdica dirigida no qual o professor ajuda no desenvolvimento da criança e escolhe atividades (jogos e brincadeiras) que tragam algum conteúdo importante para as crianças. A autora ainda comenta que o professor tem que orientar a criança para que ela possa ter independência ao realizar a atividade; não somente orientar, mas também deve observar como as crianças realizam as atividades, por meio da utilização do lúdico.

Em cada jogo ou brincadeira não se pode esquecer de respeitar as faixas etárias para facilitar o desenvolvimento de atividade, cada fase possui suas próprias características. Com base bibliográfica nos estudos de Bossa (2007, p. 28-33) será descrito a seguir algumas características importantes da faixa etária para facilitar o processo de adaptação e desenvolvimento das brincadeiras e jogos.

Tabela I- Quadro Sistemático das etapas do desenvolvimento sensorio motor

Idade aproximada

Características

Atividades adequadas

0 a 2 anos

Entende-se que as características desta fase podem ser: descoberta do tato, movimento, formas, pesos, texturas, sons. Começa a engatinhar e andar, melhoria da coordenação motora com movimentos exploratórios de abrir, fechar, empilhar, encaixar, puxar, empurrar, comunicação.

brincadeiras referentes à educação sensório- motora (sentir/executar), exploração motora, canto, brincar de esconder e achar

2 a 4 anos

É a época da fantasia e da invenção

Brincadeiras sem regras ou com poucas regras, bem simples, imitações de situações conhecidas, formas básicas de movimento, gosta de representar e de ser estimulada (conteste).

4 a 6 anos

Esta fase é compreendida quando a criança começa a aceitar regras e compreendê-las, apresenta maior atenção e concentração, interesse por números, letras, palavras e seus significados, o grupo começa a ter importância.

Brincadeiras com ou sem regras, atividades de muita movimentação, como, por exemplo: barra-manteiga, toca do coelho e outras.

FONTE: BOSSA (2007).

- A importância do lúdico no desenvolvimento da aprendizagem na criança

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/96), a Educação Infantil faz parte da Educação Básica e tem por objetivo o desenvolvimento integral da criança. Os locais encarregados da Educação Infantil são as creches e as pré-escolas, sendo que nas creches serão atendidas crianças de até 3 anos e nas pré-escolas crianças de até 6 anos.

Dessa forma, o espaço escolar é valorizado como lugar que propicia experiências, vivências, integração, investigação pessoal e grupal, fomentando novos ideais e comportamentos. Assim faz-se necessário que na escola seja desenvolvido o lúdico na formação da criança nas suas mais variadas formas.

Com base nesses aspectos, percebe-se que o jogo educativo nada mais é do que o jogo utilizado para ensinar fornecendo um suporte para o trabalho pedagógico. É por meio das brincadeiras realizadas ao longo da infância que as crianças aprendem, se expressam e constroem sua “identidade tanto pessoal quanto social” (FARIA; SALLES, 2007).

Piaget (1980, p. 188) relata sobre o assunto que por meio das atividades lúdicas os educandos exercitam a autonomia e a cidadania, pois aprendem a julgar, a argumentar,

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